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Traços - Novel - Capítulo 40

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Jiheon não estava tentando se intrometer, mas não conseguia conter sua curiosidade. Sério, afinal, o que diabos Jaekyung devia para aquele cara? Ele não entendia por que justamente Jaekyung, de todas as pessoas, suportaria tanto incômodo e se deixaria enredar naquela situação. Não havia a menor chance de ele ter pegado dinheiro emprestado.

Não, não se tratava de dinheiro. Considerando a personalidade de Jaekyung, era impossível que ele se esforçasse tanto por alguém a ponto de acabar devendo algo. Ele não era emocional ou sociável o suficiente para reconhecer isso como uma dívida, mesmo que, sem querer, acabasse devendo a alguém.

Jaekyung ajudava porque realmente gostava do cara, mas por que isso tinha que se transformar em uma dívida? Se não tivesse esses sentimentos, provavelmente não teria se importado em nada. Ele era exatamente o tipo de pessoa que diria algo assim. Esse era Jaekyung.

‘Será que ele está mesmo… em dívida com aquele cara? Ele não está só arrumando uma desculpa porque quer ficar perto dele, certo?’

— No que está pensando agora, hyung?

Jaekyung se intrometeu como um fantasma quando Jiheon estava perdido em seus pensamentos.

— Nada.

— Não minta. Está estampado no seu rosto, hyung.

— É sério, não estou pensando em nada.

Jiheon respondeu calmamente, espiando de relance seu rosto pelo retrovisor. Pegou Jaekyung soltando um suspiro.

— Não fique suspirando. Sua sorte vai apagar.

Jiheon sorriu, confuso.

Em vez de responder, Jaekyung apoiou o cotovelo da janela. Tocou a testa, como se mergulhasse em pensamentos por um instante, e soltou outro suspiro curto.

— Quando eu estava na Austrália,  Seonghyeon hyung esteve na lá uma vez para filmar.

— Ei, você não precisa me contar.

Jiheon o interrompeu, um pouco pego de surpresa.

— Não quero saber, não precisa explicar se não quiser. É totalmente desnecessário.

— Não, vou explicar. Não quero que você tenha uma ideia errada sobre ele e eu.

— Juro que não estou.

‘Ah, por favor, Jaekyung…’, Jiheon implorou em pensamento.

— Eu realmente não quero ouvir.

Ele falava sério. Tirando a curiosidade, não queria saber. Não queria ouvir essa história diretamente de Jaekyung.

— Presta atenção, hyung.

Mas Jaekyung era insistente. Jiheon suspirou.

— Okay, tá bom. Vamos falar sobre isso depois. Depois da competição.

— Não, vou contar agora. Escuta.

O tom de Jaekyung ficou levemente irritado, ficou claro que ele não queria adiar aquilo.

— Se não quiser que eu perca o foco, então ouça o que tenho a dizer.

Era quase uma ameaça. Claro que ele não iria arruinar a competição se Jiheon não ouvisse, mas ainda assim Jiheon achou difícil recusar naquele ponto.

— Certo. Conta então.

Jiheon finalmente cedeu. Jaekyung lançou um olhar de soslaio, depois voltou os olhos para a estrada à frente.

— Foi em dezembro, logo antes do Natal. O guia da equipe de filmagem é um conhecido meu, e ele mencionou que Seonghyeon hyung queria me conhecer.. disse que marcaria um encontro se eu estivesse interessado. Respondi que não estava…

‘Nossa… que primeiro encontro inesperado.’

Jiheon ficou surpreso. Não esperava algo tão cinematográfico, mas o fato de ter acontecido assim, tão espontaneamente, foi um choque. A ideia de Jaekyung ter conhecido um homem daquele jeito. Aquele jovem que parecia não se interessar por nada além da natação.

— Disse que não precisava, mas ele insistiu que eu deveria pelo menos ver uma foto dele, alegando que fazia o meu tipo. “Estou te falando, ele é o seu tipo”. Então eu olhei a foto, e tive que admitir, ele realmente era meu tipo. Me lembravam de alguém que eu conheço. Tinha altura e físico parecidos, principalmente os olhos.

‘Parecido com quem, afinal…?’

A mente de Jiheon disparou novamente. Se conteve para não perguntar, sentindo que descobriria sozinho ouvindo o resto. Achou que Jaekyung tivesse simplesmente esquecido de mencionar com quem Seonghyeon se parecia, de tão imerso que estava em suas palavras. Então, deixou-o seguir na lembrança sem interromper. Já tinha uma boa ideia de quem Jaekyung estava falando.

— Mas ele se mostrou completamente diferente quando o conheci pessoalmente. Na foto eu achei que sim, mas pessoalmente não tinha nada a ver com essa pessoa. Principalmente sua personalidade, era totalmente diferente.

Àquela altura, Jiheon já tinha quase certeza do que Jaekyung estava falando. Se estivesse certo, Jaekyung havia cometido um grande erro… tinha sido tão desrespeitoso que, se Seonghyeon desse um tapa na cara, não haveria do que reclamar.

— No começo, achei que talvez fosse a cor do cabelo. Aquele hyung tinha cabelo castanho na época. Quando falei, ele apareceu com cabelo preto no  no dia seguinte. Mas mesmo pintar o cabelo não era suficiente. Disse a ele que não estava interessado.

Ding, ding. Agora Jiheon entendia até se Seonghyeon mordesse a “isca” de Jaekyung. O homem tinha ido tão longe a ponto de mudar a cor do cabelo só para dormir com Jaekyung. Mesmo estando na Austrália, ainda visitou um salão de beleza para isso. O famoso ator Seonghyeon se submeteu a tudo aquilo. E mesmo assim, acabou rejeitado.

— Depois disso, acho que ele percebeu que não valia mais a pena correr atrás de mim, já que ele só queria que fôssemos amigos enquanto estivesse na Austrália.

‘Provavelmente foi nessa época que tiraram aquela foto.’ Jiheon suspirou em silêncio.

— O hyung disse que estava tudo bem e que não precisava me sentir culpado. Mas também sou humano. Não tinha como não me sentir assim. Então, quando o encontrei pouco depois de voltar para a Coreia, ele me pediu um favor, e eu aceitei. Só isso.

Ao ouvir a história, Jiheon finalmente compreendeu toda a situação. O motivo de Jaekyung ter passado tempo com Seonghyeon é porque se sentia em dívida com ele. Devia ser algo parecido com quando Jaekyung pediu a outro cara que o chamasse, caso precisasse de ajuda.

Sim, o relacionamento entre eles fazia sentido agora. Porém, isso levantava inevitavelmente questões sobre a relação de Jaekyung com outra pessoa.

— Mas se você vai tão longe por causa de alguém que se parece com a pessoa, por que não falar com ela diretamente?

Jaekyung hesitou diante das palavras de Jiheon e então perguntou:

— …de quem você está falando?

— Estou falando do Lin Han.

— Quem é esse?

A resposta de Jaekyung deixou Jiheon completamente surpreso, a ponto de gritar:

— O quê?!

— Espera aí. Esse é o nome dele?

— De quem você está falando?

— Do primeiro cara com quem você teve um escândalo. O jogador de polo aquático de Taiwan. Não era Lin Han? Ou é outro nome?

Só então Jaekyung murmurou:

— Ah.

Ele esfregou o queixo e lançou um olhar para o lado. Sua expressão parecia dizer: “Certo, quase esqueci disso.”

Num instante, Jiheon entendeu. Não teve como não entender. Não tinha nada a ver com Lin Han. Jaekyung nem pensava nele desde o início.

E descobriu outra coisa ao mesmo tempo. Antes, Jaekyung não havia esquecido de mencionar outra pessoa por estar imerso na história. Ele tinha deixado de fora de propósito.

— Bem, ele também se parecia com essa pessoa.

Jaekyung explicou depois, com um leve sorriso nos lábios, cobrindo-os com os dedos longos. Era o mesmo sorriso que Jiheon tinha visto…

— No começo, comecei a falar com ele porque o confundi com outra pessoa. Eu estava muito bêbado. Mas ele realmente se parecia tanto fisicamente e na altura, porque também era atleta.

Mais uma vez, Jaekyung não revelou quem era essa outra pessoa a quem se referia. Quase como se quisesse provocar Jiheon a perguntar: — Afinal, com quem ele se parece? De quem você está falando?

Ele esperava que Jiheon fizesse essa pergunta.

Se Jaekyung queria que ele perguntasse, Jiheon achou melhor fazer isso. Afinal, se o atleta queria, era seu papel corresponder. Não era tão difícil.

Mas, por algum motivo, as palavras não saíam. Ele não sabia o que dizer ou como perguntar. Sua mente estava tão confusa que nem conseguia pensar direito.

No fim, Jaekyung quebrou o silêncio.

— Não vai me perguntar, hyung?

— O quê?

— Com quem ele se parece.

Jaekyung parecia não se abalar mais com a hesitação.

— Você não quer saber quem é?

— Por que preciso perguntar?

Jiheon respondeu com calma.

— Antes, você sempre me perguntava imediatamente quando estava curioso sobre algo.

— Sério?

Jiheon murmurou, como se fosse assunto de outra pessoa. Apesar do tom tranquilo, suas mãos no volante estavam suadas. O ar-condicionado do carro soprava frio, deixando o ambiente gelado, mas mesmo assim ele suava.

— Não estou realmente curioso.

Jiheon afirmou, fixando o olhar no carro branco à frente.

Vendo que Jiheon nem olhava para ele, Jaekyung sorriu.

— Hyung.

O aperto de Jiheon no volante se intensificou.

—  Do que você tem tanto medo?

Jiheon manteve os olhos na estrada, sem responder. Jaekyung não insistiu, como se suas palavras não esperassem resposta.

Quando perceberam, já tinham chegado em frente ao hotel.

— Te vejo amanhã, hyung.

Jaekyung soltou o cinto e saiu do carro sem esperar pela resposta de Jiheon.

Assim que a porta se fechou, Jiheon pisou no acelerador. Abriu os dois vidros e deixou o ar quente se misturar ao ar gelado do ar-condicionado.

Um cheiro forte de grama, que nunca tinha sentido antes, pareceu vibrar na ponta do nariz.

Ele sabia. Isso não era real. Uma ilusão criada pela mente, uma obsessão exagerada. Tudo fruto de sua imaginação.

Ele estava ciente, mas odiava isso. Acima de tudo, ele estava preocupado. Não apenas preocupado… estava assustado.

De novo, suas mãos apertaram o volante com força. As veias saltaram, parecendo querer romper a pele. Só relaxou quando uma dor formigante atravessou sua mão.

Mantenha a calma… Apenas fique calmo…

Jiheon sussurrou para si mesmo, alternando entre apertar e soltar o volante. Aos poucos, a agitação foi passando. Quando o prédio da empresa surgiu à vista, já havia recuperado a calma por completo.

Com a mente mais serena, Jiheon começou a pensar em quando conseguiria tirar uma folga.

Parecia que precisaria ir ao hospital o mais rápido possível.

Continua do Volume 2

Lilith Traduz (@lilithtraduz)

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