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Traços - Novel - Capítulo 18

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Jiheon olhou para Jaekyoung como se dissesse: “O quê?”

Quando seus olhares se cruzaram, Jaekyoung acenou com a cabeça, sinalizando para que Jiheon o seguisse. Ele se virou e abriu caminho.

— …….

De repente, um mau pressentimento ameaçador tomou conta de Jiheon. Só de pensar que os dois deveriam conversar nesse momento.

Ele queria dizer, “Basta dizer aqui”, mas se conteve. Se Jaekyoung, especialmente ele e não qualquer outra pessoa, solicitasse uma conversa particular, isso significava que o assunto era delicado e não era adequado para ouvidos públicos.

— Desculpe, me dê licença por um minuto.

No final, Jiheon buscou a compreensão do CEO Kang, se desculpando e se levantou.

Jaekyoung estava esperando por Jiheon no quarto mais interno do apartamento. Era o mesmo quarto de onde ele tinha saído naquele dia. Quando Jiheon abriu a porta e entrou, Jaekyoung estava sentado em uma mesa perto da janela.

— Qual é o problema?

Jiheon perguntou ao se aproximar da mesa onde havia arquivos e blocos espalhados. Jaekyoung olhou para Jiheon e imediatamente falou sem rodeios em vez de pedir que ele se sentasse.

— O CEO da Kavva veio à piscina mais cedo.

— Sério? Por quê?

— Ele ficou sabendo que vou assinar com a Spoin. Ele me pediu para assinar com eles e eu não precisaria participar das Olimpíadas.

‘Como eu esperava.’

Jiheon suspirou. Seus maus pressentimentos estavam sempre certos.

— Ele disse que o pagamento inicial seria o mesmo da primeira oferta, mas, desta vez, não haveria limite para o número de comerciais que eu fizesse.

No entanto, Jiheon nunca poderia ter previsto que a Kavva sacrificaria todo o seu orgulho e se esforçaria tanto para manter Jaekyoung.

‘Em outras palavras, eles estão dispostos a desistir das Olimpíadas e a fazer com que ele grave vários comerciais, enquanto ainda oferecem o mesmo pagamento inicial que sugeriram…’

— Ele usou as mesmas palavras que você disse, hyung.

— Certo. A única diferença é o primeiro dígito do pagamento inicial, não é?

— Ele até se propôs a aumentar os valores se eu quisesse.

‘…eles estão loucos?’

Jiheon pensou consigo mesmo, resistindo ao impulso de dizer em voz alta.

Como Jaekyoung não estava sujeito ao limite salarial, pois não era um atleta da liga, eles poderiam dar a ele o valor que a empresa quisesse, fosse um adiantamento ou um salário anual.

Mas não importava o valor, havia uma questão de nível. Eles estavam realmente dispostos a dar até mesmo 10 bilhões de won a um atleta que estava prestes a se aposentar?

Claro que era apenas uma afirmação e, quando chegasse a hora de assinar o contrato, eles poderiam reduzir o valor pela metade. No entanto, ainda era surpreendente apostar essa quantia logo de cara. Eles não conseguiriam levantar essa quantia nem mesmo se usassem todas as casas dos funcionários como garantia, sem mencionar o prédio da empresa.

Parecia que a Kavva tinha uma grande quantidade de dinheiro à sua disposição.

Enquanto Jiheon suspirava, se sentindo um pouco desanimado, Jaekyoung se recostou em sua cadeira, apoiando o cotovelo na mesa, e perguntou:

— O que você faria no meu lugar, hyung?

— Não sei… não consigo imaginar uma situação dessas porque é impossível para mim.

Jiheon respondeu com um sorriso. Usar a humildade como uma arma para se humilhar e elevar os outros era uma habilidade básica em vendas, isso permitia que ele saísse facilmente de situações difíceis.

— Como você conseguiu entrar para a equipe de marketing com uma imaginação tão fraca, hyung? Sempre que leio os artigos que as agências escrevem, são quase como romances.

‘É claro que isso depende da pessoa. Uma linguagem tão açucarada não funcionaria com alguém tão astuto e indiferente às circunstâncias alheias como Jaekyoung.’

— Então, deixe-me refazer a pergunta. O que diria se um atleta que você conhecesse viesse consultar sobre esse assunto, pessoalmente?

Jaekyoung perguntou novamente, com sua pergunta sutilmente penetrante. Jiheon não teve escolha a não ser responder honestamente.

— Eu diria a você para assinar com  a Kavva.

— Como eu esperava.

Jaekyoung respondeu casualmente, apoiando o queixo nas costas da mão.

— A minha mãe diria o mesmo, e é por isso que ainda não falei sobre isso com ela.

À primeira vista, as palavras de Jaekyoung pareciam atenciosas com a situação de Jiheon, mas, olhando apenas para o contexto, na verdade, estavam próximas de uma ameaça.

Jaekyoung estava insinuando que, se sua mãe ficasse sabendo da situação, o contrato com a Spoin poderia não acontecer tão facilmente.

Jiheon ficou surpreso.

‘Esse cara… ele é do tipo que fala desse jeito? Ele sempre foi hábil em conduzir as pessoas dessa forma? Eu sempre pensei que ele só sabia falar francamente.’

No entanto, naquele momento, o modo de falar de Jaekyoung não era a principal preocupação.

Várias pessoas estavam esperando do lado de fora, e Jiheon precisava tomar uma decisão rapidamente, de uma forma ou de outra.

— O que você quer fazer?

Finalmente, Jiheon decidiu perguntar abertamente. Se Jaekyoung fugisse da pergunta, ele não teria escolha a não ser recorrer à abordagem normal.

— O que quer que eu faça, hyung?

Jaekyoung perguntou novamente.

— É claro, quero que você assine com a Spoin.

— Por quê?

— Porque é a empresa para a qual eu trabalho.

Jiheon respondeu com um olhar que dizia: “Isso não é óbvio?” Jaekyoung olhou para ele e respondeu imediatamente:

— Tudo bem. Vou assinar com a Spoin.

— O quê…?

Antes que Jiheon pudesse dizer: “Você está falando sério?” 

Jaekyoung falou primeiro. 

— Mas com uma condição. 

— Uma condição? Que condição?

 Jiheon perguntou com urgência.

— Não é nada demais. Você só precisa realizar um pedido meu sempre que eu filmar um comercial.

Jaekyoung disse de maneira casual, e Jiheon quase sorriu dizendo: “Ah, é isso? Realmente não é nada demais.”

No entanto, ele mal conseguiu se controlar e respondeu sinceramente.

— Você vai pedir um bônus adicional para cada contrato? Se você espera que eu compre um carro ou uma casa para cada publicidade…

— Não quero nada disso.

Jaekyoung disse claramente.

— Não tenho intenção de pedir dinheiro. A condição não é para a empresa. É para você pessoalmente, hyung.

— …eu??

Jiheon perguntou, arregalando os olhos surpresos.

— Você… pode me dizer o que quer?

— Sim.

— Ei…

Jiheon queria dizer algo, mas ficou sem palavras. Ele estava tão surpreso que não pôde deixar de rir.

— Não, isso não faz o menor sentido… 

— Por que não faz sentido? 

Jaekyoung interrompeu, perguntando.

— Estou abrindo mão do pagamento inicial e assinando com a Spoin, mas esse nível de mérito deve ser suficiente. Posso pedir à empresa, mas eles vão ter que refazer o contrato e as coisas vão ficar mais complicadas.

Ele explicou, ainda apoiando o queixo na mão enquanto olhava para Jiheon.

Sentado em uma cadeira, Jaekyoung olhava para Jiheon, deixando seus olhos castanhos especialmente visíveis. Até mesmo os cílios que caíam sempre que ele piscava eram perceptíveis.

A situação parecia um déjà vu, igual à que Jiheon havia vivenciado há dez anos. Naquela época, ele era muito mais alto, então Jaekyoung sempre tinha que olhar para ele. Graças a isso, Jiheon podia ver vividamente os olhos castanhos claros de Jaekyoung. Mesmo agora, os olhos de Jaekyoung permaneciam notavelmente claros e transparentes.

Entretanto, a única coisa que permaneceu inalterada foi a cor dos olhos.

Todo o resto parecia desconhecido. Era diferente de dez anos atrás. Tudo era.

— O que é, para me ter à sua disposição? 

Jiheon perguntou, com um leve sorriso.

— É um grande mérito pra mim.

Jaekyoung respondeu, sem demonstrar nenhuma emoção. Sua atitude indiferente deixou Jiheon ainda mais desconfiado se aquilo era uma piada ou não.

— Você está me deixando louco… 

Jiheon murmurou, afastando a franja. Seu cabelo bem arrumado estava um pouco bagunçado, mas ele realmente não se importava.

No final, Jiheon disse, puxando para baixo sua gravata bem passada.

— O que diabos você quer?

— Vou avisar quando pensar em alguma coisa no futuro.

— Não, você precisa me dar uma ideia aproximada do nível do seu pedido. Não quero que isso seja legal e moral.

— Não é nada disso.

Jaekyoung respondeu, estalando a língua.

Ao ver essa reação, Jiheon também percebeu que poderia ter sido muito duro. Considerando a sua personalidade, ele não achava que Jaekyoung faria uma exigência tão ultrajante…

‘Naõ.’

Jiheon balançou a cabeça rapidamente.

‘Essa é sua personalidade? Realmente não sei nada sobre ele.’

Jaekyoung que Jiheon conhecia não teria imposto condições tão ridículas. Ele teria assinado o contrato imediatamente quando o CEO da Kavva o abordou. Depois, ele teria confiado tudo à Kavva e se concentrado em seu treinamento, dizendo: “Agora sou preguiçoso. Já que assinei o contrato formal, vocês podem cuidar do resto”. O Jaekyoung que Jiheon conhecia era esse tipo de pessoa.

— O que acha, hyung?

Jaekyoung perguntou, e Jiheon não conseguiu encontrar uma resposta. Ele não conseguia nem mesmo pensar no que fazer em seguida.

Se o CEO Kang descobrisse, ele provavelmente anularia o contrato imediatamente e iria embora.

Não, seria bom se ele simplesmente anulasse o contrato e fosse embora. Com três advogados, ele poderia dar um passo adiante e processar Jaekyoung, usando qualquer acusação inocente que pudesse encontrar, fosse insulto ou engano.

Jiheon queria evitar que isso acontecesse. Esse resultado seria prejudicial para todos os envolvidos, independentemente de as acusações serem realmente comprovadas. Seria uma situação de perda para todos.

Por outro lado, havia uma solução simples que poderia beneficiar a todos. Jiheon só precisava aceitar essa condição. Dessa forma, o CEO Kang ficaria feliz, a empresa ficaria feliz e Jaekyoung ficaria feliz. Já que ele conseguiria os termos que queria de qualquer forma. O único que enfrentaria problemas seria o próprio Jiheon.

No entanto, se a empresa saísse bem, Jiheon receberia um aumento e um bônus, portanto, ele não estava perdendo dinheiro com isso. Em vez disso, poderia ter sido uma perda maior se a empresa não conseguisse evitar perdas contínuas e acabasse falindo.

Não seria fácil encontrar um emprego novamente agora e, como havia muitos alfas entre os atletas, a indústria estava ainda mais relutante em contratar funcionários ômega. Querendo ou não, essa era a realidade.

Com isso em mente, não havia motivo para hesitar mais.

 — Eu aceito.

Jiheon falou com determinação.

— Sério?

Jaekyoung perguntou, levantando as sobrancelhas.

Jiheon olhou para ele como se dissesse: “Não foi você quem fez a proposta primeiro?”

Ele cruzou os braços e respondeu.

— Eu tenho alguma outra opção? Honestamente, nessa situação, não tenho escolha a não ser aceitar, mesmo que isso signifique arrancar um dente para cada comercial.

—  Mesmo sem anestesia?

— …você está curioso sobre isso agora?

— Estou.

Jaekyoung respondeu seriamente, demonstrando interesse genuíno, já que falou sem hesitação.

— Certamente, sob anestesia. Os implantes também são necessários.

Jiheon então disse seriamente com uma expressão distorcida.

— Arrancar um dente sem anestesia é uma forma de tortura, não é? Uma tortura cruel que era usada em lugares como manocômios no passado.

 Jaekyoung, no entanto, não parecia interessado em tais detalhes.

— Então só posso filmar 28 comerciais. 32 se você ainda tiver os quatro dentes do siso.

— Você… está realmente pensando em arrancar todos os meus dentes?

 Jiheon perguntou incrédulo.

— Claro que não. Jamais farei isso. Nunca vou machucar você.

Jaekyoung disse, como se quisesse enfatizar o fato.

Mas Jiheon achou a estranha nuance perturbadora, deixando-o ainda mais assustado.

— De qualquer forma, se você for fazer isso, escreva um memorando primeiro.

(N/T: Um memorando é um documento formal utilizado para comunicação interna em organizações, tanto públicas quanto privadas, para transmitir informações, solicitar providências ou encaminhar decisões.)

Jaekyoung encontrou um papel branco em cima da mesa e o entregou para Jiheon. Quando Jiheon aceitou o papel e se sentou, Jaekyoung gentilmente entregou uma caneta .

— Eu concordei que escreveria, mas você sabe que esse documento não é válido legalmente sem reconhecimento do cartório, certo?

— Eu sei. É apenas um documento. Ter isso vai colocar mais pressão psicológica sobre você do que não ter.

A capacidade de Jaekyoung de revelar todas as suas intenções obscuras com calma também era uma habilidade e tanto.

— …….

Jiheon hesitou em escrever o memorando, mesmo decidido. Ele se perguntava se era realmente correto fazer isso.

Bem, não há nada de errado com isso. É literalmente… apenas um documento, certo? Não tem efeito legal, mas pode ser usado como prova, o que é melhor.

‘Se a gente acabar brigando verbalmente, posso apresentar esse documento como prova de que fui ameaçado.’

Convencido, Jiheon escreveu rapidamente antes que sua decisão vacilasse. Quando terminou, ele entregou o papel sem hesitar para Jaekyoung.

Jaekyoung pegou, e começou a ler em voz alta.

— Eu, Jeong Jiheon, funcionário da Spoin, prometo que vou cumprir todos os pedidos de Kwon Jaekyoung, para cada comercial que ele filmar. No entanto, está claramente declarado que ele não é obrigado a seguir nada que seja legal, financeiro ou moral.

Mesmo depois de ler o papel, Jaekyoung permaneceu em silêncio, olhando fixamente para ele. Jiheon se sentiu desconfortável, imaginando se havia algo errado.

‘Talvez soe um pouco estranho porque escrevi de forma tão grosseira… não, é apenas uma formalidade mesmo, será que preciso corrigir a gramática? Bem, existe uma certa formalidade para escrever esse documento?’

— A propósito, hyung.

Jiheon estava nervoso e, de repente, Jaekyoung o chamou. Ele levantou a cabeça, surpreso.

— Uh, o que é?

Com os dois sentados em cadeiras, seus olhos se encontraram no mesmo nível, fazendo com que Jiheon se sentisse oprimido pelo olhar.

— Esta parte.

Jaekyoung disse, batendo no papel.

— Não deveria estar escrito ‘desde que não seja legalmente’, em vez de ‘moralmente’?

— O quê…?

— Desde que isso não seja legalmente, vai haver nada contra mim se você apresentar uma queixa, não é hyung?

Jaekyoung piscou e perguntou, mas Jiheon ficou sem saber o que dizer.

Jaekyoung sorriu e dobrou o papel ao meio.

Jiheon estava tão chocado que nem percebeu que Jaekyoung tinha acabado de sorrir pela primeira vez para ele.

Jaekyoung dobrou o papel mais uma vez, o guardou no bolso de trás da calça. Ele falou com Jiheon, que ainda estava sentado.

— Vamos? Temos que assinar um contrato.

Sem esperar pela resposta de Jiheon, Jaekyoung saiu do quarto sozinho.

Observando a grande figura de Jaekyoung se afastar pela porta aberta, Jiheon começou a questionar tardiamente sua decisão. 

‘Será que eu cometi um grande erro?’

.

.

.

LILITH TRADUZ (@lilithtraduz)

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