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Lua de Sangue - Novel - Capítulo 7 - Suspiro Das Estrelas

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— … 

A penugem de pêssego na pele de Radan se arrepiou com a sensação desconhecida de seda que cobria seu corpo. Era um terno novo, leve e macio, exatamente como Leshak havia ordenado. Havia apenas um pequeno problema: era uma camisa que combinava com roupas cerimoniais e tinha muitos babados ornamentados presos a ela. Radan, que usava a camisa estranhamente grande de Leshek, parecia ainda mais ridículo do que quando estava nu. 

— Não é bom.

— Sim, Meu Senhor. Mas hum… fora isso, não havia roupas novas.

Não havia necessidade de roupas cerimoniais no campo de batalha, então a roupa ainda era nova. Não foi tão ruim porque a camisa estava amarrada na cintura com um barbante, para evitar que caísse. O problema era que as calças eram lamentavelmente largas. Não importa o quão apertado fosse o cinto, a seda macia escorria por seu pequeno corpo como água. 

— Se for assim, ele vai cair enquanto caminha.

— Eu penso a mesma coisa, meu senhor. 

Abadd e Sidris também concordaram que as roupas não eram apropriadas. Mas o motivo pelo qual Leshak achou que as roupas não eram apropriadas foi um pouco diferente de todos os outros. Leshak estava começando a se sentir estranho, sua camisa de seda branca com babados lembrava um jardim de flores. Ele ouviu dizer que há povos que não fazem nada além de arrancar pétalas dos canteiros para fazer linhas de cores diferentes para bordar. Agora ele pensava: ‘Isso também não seria uma má ideia’. 

— Vermelho seria melhor. — Leshak murmurou involuntariamente. 

Essas palavras foram suficientes para surpreender os dois Cavaleiros Guardiões. 

— … como? 

— A cor não parece ser o problema, mas… . 

Um estranho silêncio se seguiu depois disso. Leshak sabia que era um erro expressar os pensamentos que passavam por sua cabeça. 

— Temos que fazer algumas roupas novas para ele. Algum alfaiate pode vir até aqui? 

— O que quer dizer com fazer algo em vermelho? — Abadd perguntou, e Leshak balançou a cabeça. 

— Vou perguntar ao alfaiate sobre isso. 

— Ah, tudo bem então.

Ele perguntou se Sua Alteza havia perdido completamente a perspectiva ao rolar violentamente nos campos de batalha. Abadd queria transmitir as palavras, “que ele não suportaria assistir tudo isso com seus próprios olhos”. 

— Então todo mundo sai. Esta tarde, você pode  trazer o alfaiate amanhã. 

Leshak disse enquanto mantinha o olhar fixo em Radan, que tentava consertar a camisa que deslizava constantemente de seu ombro. 

— …sim, Meu Senhor.

Uma resposta um tanto relutante foi dada enquanto os dois cavaleiros recuaram, desejando uma noite tranquila. Então, havia apenas dois novamente. 

O vento noturno que chegou junto com a escuridão atingiu a tenda e sacudiu as velas. Para Radan, o som do vento fraco era como o suspiro de uma estrela.

— Radan. Venha aqui.

— …  

Não, o som do suspiro não era uma estrela, era ele exalando. 

— Ah, as roupas são estranhas… parece que fiquei estranho… . 

Tirando a adição de mangas, não foi muito diferente de quando ele estava enrolado em um lençol. Radan seguiu a voz que o chamava até chegar ao lado da cama. A textura das roupas que Leshak colocou nele era muito desconhecida. Pela primeira vez em sua vida, Radan estava preocupado em como ele apareceria aos olhos dos outros. Era tão estranho e estranho quanto desconhecido. 

— Não é estranho. 

Uma voz soou como se nada estivesse errado. Radan não sabia que Leshak estava sentado na cama com o queixo apoiado na mão, olhando para ele como se o admirasse. Ele tinha vergonha de quão estranho era, só queria colocar a máscara de ferro, rastejar até um canto e enrolar o corpo em posição fetal. 

— Este, humilde servo, não tenho certeza, agora…… o que, o que fazer…. .

— Venha aqui. 

Radan se inclinou e tateou o chão. Leshak reconheceu o significado do movimento. 

— Não rasteje, ande. 

— Ah… sim, Majestade.

Radan avançou com cautela, menos de três passos depois, Leshak de repente o agarrou e puxou-o em sua direção. 

— Ahhh… … 

Sem um momento para registrar sua surpresa, seu corpo ficou preso no abraço quente de Leshak. Radan se sentou com os joelhos dobrados entre as pernas de Leshak. Se um olhar pudesse emitir calor, a pele de Radan já estaria queimada.

Leshak estendeu a mão e agarrou seu queixo, e o corpo de Radan automaticamente se inclinou em direção a ele. Leshak interrompeu o impulso de Radan, deixando apenas um espaço minúsculo entre seus corpos, antes que eles se tocassem. 

— Nunca mais rasteja no chão. Você entende? 

— … sim. 

— Bom. 

Ele começou a puxar Radan em sua direção novamente com impulso. Radan sentiu o corpo de Leshak tocando-o, seu corpo estava quente e duro. As sensações do corpo de Leshak contra o seu confundiram Radan. 

Pelo que Radan sabia, tudo que era sólido também era frio. Como uma parede, um chão ou um portão de ferro, o calor não tinha forma. Mas Leshak tinha ambos. Radan de repente sentiu vontade de tocar seu corpo. Se a porta de ferro, que está sempre bem fechada, fosse tão quente quanto Leshak, ele poderia ficar sentado perto dela o dia todo e esperar, caso Laud aparecesse. Se fosse, seria muito bom. Mesmo que ele ficasse sentado em silêncio em frente ao portão de ferro o dia todo, seu estômago não iria enjoar. 

— Radan. 

Leshak ergueu o queixo com a mão. Radan sentiu o movimento das pontas dos dedos de Leshak em seus lábios. Seus dedos também estavam quentes, não conseguia ver o que Leshak estava fazendo, mas de alguma forma Radan parecia saber o que ele estava tentando fazer, ia beijá-lo, assim como fez antes de vesti-lo, seu coração começou a bater forte. 

Ele se lembrava claramente da sensação de quando seus lábios se sobrepunham. Quando a pele macia e quente o tocou, algo que nunca poderia ter imaginado aconteceu. Sua boca se abriu e uma parte do corpo de outra pessoa entrou nele. Tocou, provou e explorou o interior de sua boca, parecia que o que ele lambia não era a sua carne, mas a sua mente nua. 

Sua mente ficou vazia. Seus braços e pernas relaxaram e seu coração começou a disparar, a pele parecia ter ficado vermelha com o calor e seu corpo vibrava suavemente, cada vez que seus lábios eram engolidos, a temperatura de seu corpo esquentava, e as lágrimas atrás da venda também esquentavam. 

Os lábios de Leshak o tocavam. Os lábios, a carne macia dentro de sua boca, seu coração batendo e sua mente única. Foi um momento em que ele entendeu o significado de ser tocado e isso ficou gravado no fundo do seu coração. 

— Radan. 

A voz de Leshak chamando-o se tornou baixa e áspera, os dedos que seguravam seu queixo enrijeceram, foi como se um cheiro agradável o alcançasse quando seus lábios se tocaram.

— Não …! 

Radan inclinou a cabeça para trás, mas Leshak foi mais rápido, agarrou seu braço que lutava enquanto engolia os lábios, seu corpo foi pressionado completamente, sentiu o impulso do peso de Leshak em seu peito, antes que suas costas tocassem na cama.

O calor escaldante paralisou primeiro seus membros. Enquanto Radan estava em silêncio, a frente de suas roupas estava rasgada. O nó de fechamento de sua camisa foi completamente arrancado. A parte superior de seu corpo ficou exposta enquanto as mãos de Leshak cobriam seu corpo, ele esfregou e tateou toda a sua pele nua. 

Radan estava sem fôlego, todo o ar que Radan mal conseguia exalar, Leshak engoliu. O movimento da língua dentro da boca tornou-se áspero, Radan puxou as mangas, pensando que não aguentaria mais. 

— … … 

Leshak removeu os lábios com relutância. O rosto de Radan estava enrugado como se ele estivesse prestes a desmoronar. Leshak colocou a mão sob a cabeça de Radan e a segurou com firmeza. Seus lábios se entrelaçaram novamente e a temperatura de seus corpos se misturou. Leshak tirou as calças de Radan, que já estava seminu, quando Radan ficou nu, Leshak mal levantou a cabeça. 

— Fala… 

… ele também não poderia.

Foi aí que ele mudou? 

O corpo nu de um prostituto que era igualmente patético agora é completamente diferente. A única coisa que cobria seu corpo era a carne branca e uma venda preta, era terrivelmente irritante para Leshak que se sentia assim. 

— Porra!

Leshak soltou um som áspero e tirou as roupas. Ao ouvir o pequeno som de pedaços de pano caindo, Radan levantou-se com uma expressão ansiosa no rosto. 

— Fica parado.

Leshak pressionou o ombro de Radan com a mão. No entanto, Radan não concordou tão facilmente como antes. 

— Não quero… conversar.

— Radan. 

Radan resistiu, enquanto segurava o braço que pressionava seu ombro. 

— Não… n, não está bem… … .

— O que está errado? 

Atrás da venda, suas pálpebras tremeram. 

— Eu não gosto disso. 

— …  

Ele sentiu Leshak enrijecer. A mão que pressionava Radan também ficou rígida, Radan, que estava preso, também endureceu com ele. 

— Radan. 

Leshak o chamou. 

— Você disse que gostava.

— … … . 

Leshak não sabia e nunca deveria notar. Se há uma pessoa de quem Radan não deveria gostar até o fim, era o Príncipe Leshak. 

— Está assustado? Está preocupado com o que vou fazer com você agora?

Radan engoliu um caroço duro. 

É verdade que estava com medo. Ele ficou apavorado com sua reação ao descobrir que é o assassino desconhecido, estava com medo de continuar sendo tratando bem, estava com medo de não poder matá-lo. 

— … sim.

A mão que segurava seu ombro tremia.  

— Eu não vou machucar você. Não sei o que passou como prostituto, mas prometo que isso não vai acontecer comigo.  

Radan usava a máscara de prostituto, mas era hora de ser um assassino. O trabalho de um prostituto era semelhante ao de um assassino.  

— Ainda assim… eu sou um prostituto… não gosto disso… tudo.

Os lábios de Radan vomitaram meias verdades… mas também eram meias mentiras. 

Não havia como ele odiar Leshak, que o beijou daquele jeito. Se ele não fosse o Príncipe Herdeiro do Império Ibeden, teria gostado de tudo nele. Teria sido bom, mas era ele quem iria matar Laud. Teria sido melhor se não pertencesse ao Reino Kemened ou não tivesse nascido com olhos de basilisco, seria melhor não ter que matá-lo. 

— Eu não… ha, odiei tudo isso.  

Radan não queria matar o Príncipe Leshak. A promessa de Laud de reconhecê-lo como o terceiro Príncipe de Kemened se ele o matasse era como outro pedaço de doce, mas sua aversão em matar Leshak era ainda maior. Seus olhos, que tremiam em conflito, ficaram úmidos. Lágrimas brotaram nas bochechas de Radan. Após um breve silêncio, Leshak abriu a boca. 

— Eu fui idiota.

Ele agarrou Radan e o fez sentar direito. Então uma mão agarrou seu queixo e inclinou seu rosto em direção ao rosto de Leshak. A mão que segurava o queixo era firme, mas de alguma forma a urgência desapareceu. 

— Achei que qualquer coisa que eu desse seria melhor do que qualquer coisa que você passou.

— … 

Radan não sabia o que dizer. Não havia nada com que ele pudesse sonhar agora, a não ser esperar que a espera sem fôlego atrás do portão de ferro parasse. 

— Mas não foi. É você quem julga, não eu. Fui arrogante. 

Os lábios de Leshak se torceram ligeiramente. Ele ainda não entendia muito bem porque Radan, que agora estava livre de sua família, não o queria. Ele nunca pensou que haveria alguém que o rejeitaria, mas mesmo que tivesse pensado isso, não teria acreditado que tal pessoa realmente existisse.

No entanto, vendo Radan que recusou sinceramente, parecia que ele tinha que aceitar. 

— Não chore. Não vou forçar você a fazer algo que não quer. 

As mãos secas de Leshak enxugaram suas bochechas molhadas, agora suas mãos também estavam molhadas. Leshak puxou Radan com as mãos molhadas e o abraçou. Ele tinha ombros pequenos e magros que podiam ser segurados com um braço. Leshak enterrou os lábios na clavícula de Radan. O cheiro de pele macia perfurou suas narinas. O cheiro era tão irritante quanto sua aparência, e queria o estímulo que vinha dele. 

— Vou esperar até você querer. 

— Ah… . 

Era como se Radan estivesse murmurando alguma coisa. Leshak deu força ao braço que segurava ele e repetiu as mesmas palavras novamente. 

— Até você querer. 

Então esse perfume será dele… .

— Sniff, fique… aqui?

Radan sabia o que aconteceria com uma prostituta que se recusasse a atender o cliente. Foi uma das coisas que mais se ouviu ao entrar e sair do bordel. Houve muitos clientes que forçaram a prostituta a fazer coisas horríveis que não podiam ser expressas em palavras.

Quando uma prostituta que se sentia ameaçada recusava, muitas vezes era espancada e expulsa nua, sem qualquer compensação, por causa da recusa. Era meio difícil imaginar que Leshak iria bater nele, mas ele pelo menos o expulsaria. De qualquer forma, pensou que sim. A cortesã que se recusou a servir o Príncipe não tinha motivos para ficar na cama dele. 

— Sim.

Mas Leshak disse como se fosse a coisa mais natural do mundo. 

— Mas, mas… 

— Agora é tarde demais. Mesmo que você queira ir para outro lugar, os homens que irão te seguir já estão dormindo. Não quero incomodar meus soldados com algo assim. 

— Ah… 

Radan concordou relutantemente. O Príncipe Leshak disse que valoriza os doze Cavaleiros Guardiões como um só corpo. Talvez os outros subordinados também parecessem gostar disso. 

— Ok. Então eu, eu… aqui estou no lugar certo….  

Radan se atrapalhou embaixo da cama. Leshak esticou o braço e puxou Radan. 

— O chão está frio.

O corpo de Radan foi enterrado sob o braço de Leshak. A cama era macia e o edredom quente. 

— Mas… 

— Não tenha medo. Eu não farei nada. 

— Não é isso…  

— Você não acredita em mim? Acha que sou uma pessoa que contradiz as palavras que saíram da minha boca?

Radan balançou a cabeça apressadamente. 

— Não. Não é nada disso.

— Apenas durma aqui. Se você dormir no chão, terei que entregar um cobertor, e não quero isso. 

Leshak, que estava vestido apenas de cueca, abraçou Radan gentilmente. A única coisa que ele vestia era uma camisa de seda com o nó de fechamento rasgado, amarrada grosseiramente na cintura.

A sensação da camisa não era familiar, era fina e macia contra a pele. O que era mais estranho do que isso era o calor da outra pessoa o segurando com força. 

— Vá dormir. Eu preciso dormir também. 

Leshak pressionou a outra mão na cabeça de Radan e a enterrou em seus braços. 

— Está bem então… … 

‘Não posso’, ele pensou, ‘Tenho que matar o Príncipe Leshak e voltar para Laud’. A pele nua de Leshak engoliu o conflito de Radan. Os olhos de Radan continuam piscando até o amanhecer, enquanto o som do sono profundo de Leshak enchia seus ouvidos.

——–

LILITH TRADUZ (@lilithtraduz)

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