Lua de Sangue - Novel - Capítulo 15 - Diferença De Um Pé
— Eu, eu… .
— Eu sei que este não é o momento certo… Porra! O que há de errado com minha cabeça?
‘Juro que só ia ganhar um beijo.’
Estar ausente por alguns dias parecia ter acendido um incêndio.
Ele suportou bem, mesmo enquanto dormia com ele nos braços, debaixo do cobertor. Os ‘pesadelos do dia’ pareciam jogar água fria em seu desejo fervente.
Leshak estava preparado para perseverar até que Radan aceitasse seu namoro e até que pudesse resistir.
Até agora…
Até agora, quando houve algo assim, quando Radan gemeu enquanto lambia e raspava suas protuberâncias de cor clara com os dentes.
Isso significa que ele está pronto para isso.
‘…merda, no meu coração tudo isso não importa agora.’
Ele deu uma pequena desculpa para que o caso de amor pudesse ser tão espontâneo como é agora.
— Não coloque os joelhos para cima.
Leshak pressionou a parte inferior do corpo de Radan, que continuou se retirando.
— Relaxe, ou vai difícil.
Radan não pareceu entender o que ele quis dizer com relaxar. Leshak agarrou suas coxas e mudou de postura.
— Ah, uh…. M-Meu Senhor.
Suas roupas esvoaçantes estavam presas em seu corpo.
Leshak estalou a língua.
— Eu disse para você relaxar.
— Isso, isso…
Leshak abaixou as calças e abraçou a cintura de Radan em troca. Sem permitir um momento para Radan se surpreender, ele continuou a unir os lábios.
— …hmm.
O corpo de Radan se movia com entusiasmo. Leshak não sabia dizer se era resistência ou excitação. Seus lábios aquecidos fizeram um barulho alto.
Radan estava vestido com uma camisa aberta na frente e mal pendurada nos braços.
— Bom.
O estímulo que ele desejava estava lá.
Leshak empurrou Radan, fazendo-o deitar na cama. Radan mexeu com os braços tentando se cobrir.
— Não faça isso…
Leshak rapidamente agarrou sua mão e beijou a parte interna de seu pulso.
— Isso só está me encorajando mais.
Se o que ele estava fazendo já o estava provocando, seria melhor parar agora. Leshak já havia ultrapassado um certo limite. As duas virtudes do namoro e da paciência foram completamente apagadas de sua mente.
— M-Meu Senhor…
Leshak desconsiderou o chamado implorante de Radan.
Leshak agarrou seus tornozelos e levantou uma das pernas enquanto mastigava a parte de trás do tornozelo.
— UGH ……!
O corpo nu de Radan deu um pulo. Os olhos de Leshak estavam fixos no rosto de Radan enquanto ele dava um beijo pegajoso em sua boca. Ele observou sua expressão, o quanto seu rubor se espalhava e quantas vezes ele piscava os olhos sob a venda.
— Ah, uh…
A saliva se acumulou no canto da boca de Radan enquanto exalava. Seus lábios, que Leshak sempre achou macios demais, eram inchados o suficiente para parecerem promíscuos.
Caramba! Não, foi ele mesmo quem considerou isso promíscuo. Sua cabeça estava cheia de todos os tipos de desejos.
— Radan.
Leshak soltou as pernas e cobriu Radan com o corpo. Ele engoliu os lábios vermelhos e inchados repetidas vezes e estendeu a mão para o nó da cueca.
— Radan.
A voz áspera tornou-se baixa e suave antes de pedir a última permissão. Radan balançou a cabeça e enterrou a bochecha no ombro. Leshak ainda não sabia se era resistência ou rendição. Mas uma coisa era certa, de qualquer forma era fato que era estimulante para ele.
— Posso tirar isso?
— Eu…
— Então eu vou tirar.
Leshak se afastou dos lábios que cobiçava e beijou brevemente a ponta do nariz. Ao mesmo tempo, a cueca sem nó deslizou por sua pele.
Radan estava agora completamente nu. Bem naquele momento, quando Leshak finalmente viu seu corpo nu.
— Vossa Alteza, você está aqui, estou entrando agora…
Foi Abadd.
Ao entrar na tenda, ele fechou os olhos apressadamente e se virou.
Leshak gemeu.
— O quê!?
— Ah, isso…
— Porra! O que você está fazendo senão sair?
Abadd continuou com os olhos bem fechados.
— Este é um relatório urgente. Se você estiver disposto, continue ouvindo!
Linhas pretas* apareceram no rosto de Leshak.
(T/N: *Significa agravado, NÃO literal linhas pretas (pense em anime ou manhwa/manhua/manga)
— O quê?
— O alfaiate que trouxemos outro dia enviou alguém. Ele trouxe algumas roupas, então pedi ao segurança que o trouxesse, mas enquanto isso ele parece ter desaparecido. Eu não acho que ele voltou porque ainda não foi pago…
— Droga.
Leshak finalmente se levantou.
— Você quer dizer que ele era um espião?
— Estou caçando ele como um rato agora. No entanto, não podemos saber exatamente qual é o seu propósito, então você deve primeiro ter cuidado com sua segurança, ele não é um alfaiate de verdade.
— ….eu deveria ter pensado nisso.
— Bem, não acho que seja uma coisa ruim. De qualquer forma, ele não se expôs primeiro? Mas posso abrir os olhos?
— Ainda não. Cale-se.
— Isso é… é um pouco frustrante.
— Radan precisa se vestir.
— Então vou ser mais paciente.
Leshak vestiu a cueca e as calças que havia puxado para baixo com uma expressão de arrependimento. Radan se atrapalhou desesperadamente com seu corpo para fechar a camisa. Metade do nó foi arrancado, então não era possível parecer limpo, não importa o que ele fizesse.
— Que desperdício!
Leshak murmurou.
Antes que Abadd ou Radan perguntassem o que isso significava, Leshak se inclinou e beijou os lábios de Radan. Foi curto, mas muito intenso.
— Espere um pouco. Voltarei em breve.
— …
Radan murmurou algo.
Leshak, que planejava retornar assim que terminasse seu trabalho, não esperou para entender sua resposta.
— Vamos.
Abadd abriu os olhos com uma carranca.
— Sim, Meu Senhor. Nós assumimos a liderança.
Leshak desapareceu, deixando um calor estranho que parecia não esfriar. Sozinho na tenda, Radan ainda acariciou seu coração quente por um tempo, imerso em pensamentos.
‘Talvez agora eu possa fugir. Agora a atenção das pessoas está voltada para outro lugar.’
— Suspira…
Radan soltou um suspiro. Se esse coração esfriar um pouco. Então ele realmente fugirá.
Antes, queria segurá-lo independentemente do que acontecesse. Antes, ele queria fazer tudo o que mandasse. Antes, ele esqueceu completamente que a maldição em seus olhos deveria ser dirigida a Leshak.
***
Foi uma aposta muito grande.
Ele pensou que o povo de Mjab pode ter tomado uma decisão precipitada. Porém, já havia entrado no acampamento militar de Leshak e precisava completar sua missão; ele não poderia voltar sem saber do destino de Leshak.
A segurança na entrada era muito rigorosa. Eles estavam determinados a negar a entrada a qualquer pessoa cuja identidade fosse incerta.
Ele tentou descobrir a situação atual da Cobra Azul e do Leshak Caliph usando as roupas como desculpa, mas não conseguiu descobrir nada.
Portanto ele entrou no acampamento militar.
O mais urgente era verificar se o Leshak estava realmente morto.
Como se a ordem de silêncio já tivesse caído, ninguém falou da morte do Príncipe Herdeiro. Havia bandeiras pretas penduradas por toda parte, mas não era certo se estavam de luto pelo Conde Custer ou pelo Príncipe Herdeiro Leshak.
Ele precisava de alguém com quem conversar.
O Homem de Mjab rapidamente balançou a cabeça. Houve apenas um caixão encomendado pelo Leshak. Então é lógico que havia apenas um corpo.
A Cobra Azul estava viva?
Ele também não sabia disso. Mas se a Cobra Azul foi capturada viva, havia um motivo. O objetivo era obter informações sobre quem o enviou, através dele, então ele teria que encontrar a prisão primeiro.
Pensando assim, o homem de Mjab desapareceu o máximo possível e se escondeu enquanto ia para a prisão.
Ele era um assassino bastante capaz. O número de pessoas que ele assassinou para Kennemed era superior a dez.
A prisão da base militar de Leshak era subterrânea. Era um buraco cavado no subsolo onde era colocada uma jaula quadrada de madeira, aprisionando o prisioneiro.
O Homem de Mjab encontrou a entrada da prisão e entrou em alerta máximo.
Só havia uma pessoa na prisão, e não era a Cobra Azul, era o Guia do Esquadrão.
— …que, quem… está aí?
— …
O Homem de Mjab colocou a mão nos lábios em vez de responder. O Guia, que tinha apenas um braço e uma perna, acenou desesperadamente.
— Por que você está aqui agora, por quê?
O último pavio queimou nos olhos do Guia, que partiu sem qualquer esperança ou desespero.
O Guia estava convencido de que o Povo de Mjab tinha vindo resgatá-lo. O Guia não sabia que já havia nascido um novo Guia e que ele havia dito que não valia a pena verificar se ele estava vivo ou morto.
— Oh, vamos lá, me salve. Rápido!
— …
O Homem de Mjab olhou para o Guia sem dizer uma palavra. O novo Guia estava certo. Ele agora não tem utilidade. Um assassino que não conseguia andar sozinho não merecia o nome de Mjab.
— A Cobra Azul teve sucesso?
Perguntou o Homem de Mjab.
O Guia balançou a cabeça.
— O que você quer dizer com isso? A Cobra Azul falhou, é por isso que estou preso aqui.
— Então o Leshak Caliph ainda está vivo?
— Vivo! Eu não pude matá-lo, então estou aqui… você não veio de Merv para me buscar?
— …
O Homem de Mjab fechou a boca.
Em vez disso, sua mente estava girando. Ficou claro que o Guia do Esquadrão não sabia de nada. Ficou claro que o fracasso de que ele falava não era o fracasso de ontem, mas algo que já havia acontecido há muito tempo.
— Hum.
Ele olhou para o Guia do Esquadrão. Já era um corpo que não poderia ser chamado de Guia.
Um assassino sem braços e pernas não adiantava nada, o julgamento do novo Guia estava correto, o Guia do Esquadrão deveria ir para os braços de Al Riksha assim.
— Ei, me tire daqui. Rápido! Antes que os Yveden chegam!
— …eu vou fazer isso. Por favor, espere.
Tendo chegado à conclusão, o Homem de Mjab destrancou a barra e abriu a grossa porta da treliça.
— Ah, ah!
O Guia estendeu a mão restante com toda a força.
— Uh, venha me pegar…!
No entanto!
— Ei!
O Homem de Mjab sacou a faca que tinha escondida na manga e cortou a garganta do Guia.
— Ugh… Huh…!
O Guia virou cadáver pelas mãos de seu próprio povo.
Foi inevitável. Se ele tivesse deixado o Guia assim, nunca saberia quando seria incapaz de resistir à tortura e trair a organização.
O Homem de Mjab, que deu um passo para trás para evitar respingos de sangue, examinou calmamente o cadáver. Ele estava se perguntando se havia alguma evidência que tivesse algo a ver com a organização.
— …como esperado.
Depois de um tempo, o Homem de Mjab encontrou um pedaço de pano esfarrapado. Estava cheio de manchas marrons escuras.
Se você olhasse com atenção, perceberia que é uma carta, não uma mancha. Era o texto cifrado da organização que o Guia havia escrito com o sangue espremido pelo ferimento. O próprio conteúdo dizia que ele queria que a organização viesse salvá-lo porque estava preso, mas era importante que o método da organização fosse utilizado.
O Homem de Mjab pegou um pedaço de pano e enfiou no peito.
SWOOSH!
E ele desapareceu da prisão.
Ele não podia sair ainda, tinha que ver com seus próprios olhos.
O Homem de Mjab deu um passo adiante no campo de Leshak. Os limites tornaram-se mais rígidos, o corpo deve ter sido encontrado na prisão.
Mas ele já havia terminado com seu disfarce. Mesmo os mais experientes não o reconheceram como o mensageiro do alfaiate de Motilla.
Eles sempre ficam feridos em um acampamento militar. Ele envolveu um pé em um pano e borrifou pigmento vermelho. Ninguém se importava com os feridos que se moviam lenta e laboriosamente com muletas.
Se ele não chegasse muito perto, o suficiente para que ele e o povo de Ibeden pudessem ver o rosto um do outro, então poderia ganhar algum tempo. Aos poucos, o Homem de Mjab moveu-se com muito cuidado e encontrou o quartel do Príncipe Leshak. Dois guardas guardavam a tenda do Príncipe.
Dentro do quartel, as sentinelas que cobriam a entrada não podiam ser vistas. Não houve sinal de condolências ao Príncipe Herdeiro Leshak.
O Homem de Mjab dava voltas e voltas pelo quartel com passos silenciosos, como um ladrão durante a noite. Ele parou onde não podia ser visto, sacou uma faca e a esfaqueou na tenda. A faca que era afiada o suficiente para cortar até mesmo um único fio de cabelo cortou a tenda.
RASGA!
O Homem de Mjab dentrou através do rasgo. A tenda do Príncipe Herdeiro Leshak não estava vazia, havia alguém sentado em uma cadeira ao lado da cama.
Era a Cobra Azul vendada com um pano preto.
— Quem…? Quem está aí?
— Shhh!
A Cobra Azul tinha boa audição! Ele ouviu os passos do assassino que ninguém mais conseguia ouvir.
— Quem, quem?
O Homem de Mjab rapidamente correu e cobriu a boca da Cobra Azul, mas já era tarde demais!
Os guardas ouviram a voz de Radan.
— O que você está fazendo?
Eles entraram na tenda, o Homem de Mjab fechou a boca da Cobra Azul e escapou pela abertura que ele havia feito.
— Mjab se foi!
— Há um intruso!
Logo houve uma comoção.
— Ele está aqui! Ele se infiltrou aqui!
Os guardas também passaram pelo rasgo da tenda e o seguiram.
Não havia outra maneira.
O Homem de Mjab agarrou a Cobra Azul e começou a correr.
— Pegue-o!
— É um intruso!
A rota de fuga logo foi interrompida.
O exército Ibeden veio de todas as direções. O Homem de Mjab reconheceu o Príncipe Leshak que estava à sua frente, correndo.
‘Droga, você não está morto!’
Quais foram as circunstâncias daquela noite…
Milhares de pensamentos passaram por sua mente naquele breve momento. No meio do caos crescente, uma coisa estava clara: a Cobra Azul não era prisioneira nem refém.
Ele não estava amarrado e não estava trancado. Os guardas estavam lá para proteger a Cobra Azul, não para encarcerá-lo! A identidade da Cobra Azul não foi revelada.
Quaisquer que fossem as circunstâncias daquele dia, a Cobra Azul ainda era considerada um prostituto. Parece que o Leshak, o Senhor da Castidade, estava dormindo com seu amante no quartel.
O homem de Mjab tinha certeza de que havia encontrado uma maneira de sair dali. Ele apontou a espada para a nuca da Cobra Azul e gritou.
— Não se aproxime! Caso contrário, o amante do Príncipe Leshak morrerá!
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LILITH TRADUZ (@lilithtraduz)