Love Sky - Capítulo 09
Nota: Aviso de gatilho! Há uma cena de assédio sexual no final desse capítulo, caso você não se sinta confortável, terá um aviso meu antes e após a situação, para quem quiser pular essa parte.
— Como você chegou aqui?
— Oh! Nós dormimos juntos por uma hora e quando você acorda não consegue se lembrar.
Ele estaria mentindo se dissesse que se lembrava.
“Eu não me sentia bem mais cedo. Não importa o que eu tenha feito, eu só fiz porque estava com febre!”
Após tomar o remédio, a febre de Sky abaixou e ele tirou uma soneca de uma hora. Quando acordou, ele sentia que tinha vários pares de olhos o encarando. Então ele se afastou imediatamente do seu “travesseiro”, perguntando em um tom confuso. Ele fez um rosto inexpressivo para esconder os seus sentimentos estranhos que se espalhavam dentro do seu peito.
“Quando o seu corpo está fraco é fácil ser influenciado.”
Quanto a Pai, ele gemeu com uma expressão deplorável no rosto.
— Você sabe o quão preocupado eu fiquei pensando em como você iria se sentir quando acordasse nesta manhã? Eu estava tão preocupado que Payu me trouxe até aqui. Então eu te dei o remédio e agi como um travesseiro para te dar um apoio. Mas isso não melhorou a minha imagem, porque aparentemente algumas pessoas não conseguem ver a virtude de alguém que não fez nada de ruim. Se eu fizesse algo, você ainda pensaria nisso de uma forma ruim. Se eu ficasse preocupado, você iria pensar que era fingimento. Huh, talvez não tenha nada de bom em mim.
“No começo eu me senti culpado, mas agora estou irritado.”
— Na verdade ele ficou sentado aqui por um tempo.
Um amigo respondeu rapidamente, logo tinha também outra voz apoiando-o, concordando com a cabeça. Isso fez Sky suspeitar que após ele ter adormecido, P’Rahu deve ter encenado uma novela para os seus amigos assistirem. Por que tantas pessoas ficaram do lado dele?
— Certo, me desculpa. Minha cabeça está doendo.
Mas ele ainda é o mesmo Sky que responde calmamente, ele se levantou e caminhou para a outra direção. Ele não se importou com os seus amigos e com o homem alto que o seguia.
— Por que você está me seguindo? Estou indo ao banheiro.
Como Pai o seguia passo a passo, Sky se virou para olhar pra ele. Ele perguntou com uma expressão mais séria no rosto, mas ele não tinha certeza se estava fazendo isso para esconder os seus sentimentos.
“Eu estou realmente tão irritado assim como P’Pai?”
O homem mais velho colocou a mão na testa dele, então comparou com a sua própria testa, fazendo Sky virar a cabeça e ir embora.
— Ainda está ruim, mas a febre diminuiu.
Agora não são apenas os seus olhos castanhos que estão em todos os lugares. Conforme ele observava atentamente o seu rosto, suas mãos, que não eram tão grossas quanto o seu rosto, tocaram gentilmente suas bochechas para se certificar de que ele não estava com febre de novo.
Mais uma vez, seus lábios se transformaram em um sorriso de alívio. Sky não conseguia decidir se seu rosto era sincero ou se ele estava apenas fingindo ter um coração mole. Ele teve que considerar a segunda possibilidade, mas seu coração gritava que Pai não estava fingindo. Pai não fingia ser tão bonzinho quanto as outras pessoas que ele conhecia.
“Você tem certeza? Eu achei que meu coração era forte. Mas quanto mais eu olho para essa situação, mais parece que estou mais fraco.”
— Não precisa se preocupar comigo. Só use o seu tempo para fazer alguma outra coisa.
O jovem tentou impedí-lo de fazer o que ele pretendia, mas…
— Nong Sky não tem o direito de mandar em mim.
Ele não deveria ter sentido nada, certo? Então por que quando P’Pai disse que ele não tinha direitos sobre ele, suas pernas não conseguiam se mover? Apesar dele não conseguir se mover, seus lábios se apertaram. Ele aceitou o que o homem disse. Ele não tinha direito de mandar no Pai, ou se ele deve se preocupar com alguém ou não. Mas ele não teve coragem de se virar para olhar para a outra pessoa.
Naphon permaneceu imóvel quando o peitoral extenso de Pai se aproximou dele e encostou nas suas costas.
Ele permaneceu parado até quando os braços de Pai envolveram sua cintura, e seu rosto pontudo se abaixou para repousar em seu ombro.
— Não importa quem eu amo, quem eu gosto, esse é um direito meu.
— Eu… eu sei. Me solte.
Ele poderia ter escapado facilmente, mas ele não fez isso. Ele ficou parado, estremecendo um pouco por causa do toque quente ao redor da sua cintura. Então o homem alto apertou os braços ao seu redor e virou-o para encará-lo.
— Mas eu posso dar esse direito ao Nong Sky, se ele quiser.
Sky levantou a cabeça e viu um sorriso sedutor, enquanto Prapai colocava a mão no seu pescoço, acariciando com as pontas dos dedos a sua pele suave e macia. Um arrepio percorreu a sua cintura, mas não era de desgosto.
Ele podia sentir isso por todo o seu corpo. Seu sangue estava correndo da cabeça aos pés, e dos pés à cabeça, mas ele ainda não conseguia escapar dos olhares daqueles lindos olhos. Então Prapai falou em uma voz doce:
— Você vai deixar eu me preocupar apenas com Sky? Eu posso gostar apenas de Sky?
Aquele par de olhos parou nos seus lábios, fazendo o jovem estremecer. Seu rosto pontudo se aproximou mais e mais, até que a ponta do seu nariz roçou suavemente em seus lábios. Então as vozes dos calouros cantando soavam cada vez mais distantes, como se eles fossem de um mundo diferente.
— Sky…
Seu coraçãozinho estremecia ainda mais. Então Prapai sussurrou:
— Acredite em mim, estou sério sobre nós.
Antes que seus lábios se encontrassem, Sky se afastou e tentou escapar do seu aperto. Sua voz soava completamente calma apesar dos seus lábios estarem trêmulos.
— Estamos na universidade.
Naphon também percebeu que o que ele disse era estúpido. Ele deveria ter dito para soltá-lo, agindo como se isso fosse uma piada de sempre. Mas ao invés disso, ele apenas mencionou o lugar em que eles estavam, como se ele dissesse que eles iriam conversar sobre isso mais tarde.
Por outro lado, Pai não disse mais nada e removeu as suas mãos da cintura dele. Assim que ele o soltou, os pés de Sky correram em direção ao banheiro, onde ele disse que iria em primeiro lugar. Não por causa da dor no seu estômago, mas porque ele queria se salvar daquele homem…
“Isso é mais perigoso do que eu pensava.”
Mas ele nem conseguiu dar o terceiro passo quando Pai agarrou o seu braço.
— Certo, mas nessa noite eu gostaria de ficar até o final. Eu quero me certificar de que você está bem. Então não quero ouvir você me mandando ir embora de novo. Não até que você esteja seguro.
Sky deveria ter argumentado que isso era desnecessário, mas o paciente apenas balançou a cabeça lentamente, olhando para a mão segurando o seu braço, até que Prapai o soltou.
— Mas você precisa prometer que você não vai tentar me levar pra casa até que tudo termine.
“Se você quer ficar comigo, então fique, mas também não me faça voltar para o meu dormitório”.
O falante o encarou, enquanto o ouvinte balançou lentamente a cabeça.
— Eu não iria fazer isso.
O jovem ainda estava esperando, porque ele sabia que o gigante ainda não tinha terminado de falar, já que seus belos olhos ainda irradiavam afeição.
— Se isso é importante para Sky, então não irei te impedir.
De repente, Sky acenou com a mão e se apressou para ir ao banheiro sem olhar para trás. Ele não queria que o homem esperto visse o seu rosto corado, assim como o seu coração batendo acelerado. Ele acha que já ouviu P’Pai falar algo assim, que se algo era importante para ele, então também era importante para Phi, e ele iria prestar atenção nisso.
Às vezes Sky odiava a sua linha de raciocínio. Quanto mais ele pensava, mais trabalhoso o seu coração ficava. Embora a condição de Naphon tenha piorado durante a noite, isso não afetou as atividades planejadas. Após o fim da cerimônia, os calouros estavam sorrindo e chorando. A atmosfera do grupo todo era calorosa, engraçada e cheia de risadas, enquanto eles se desculpavam por tudo que tinham feito aos calouros nas últimas semanas.
Os ex-alunos que já se formaram, seja um ano antes ou até há 10 anos, também estavam lá. Essa era uma noite em que pessoas de fora iriam achar ridícula, mas isso fazia sentido para as pessoas que passaram por tudo isso juntas.
Amizade, amor, e os vínculos se tornaram mais fortes. Parecia que eles eram uma grande família. A família dos estudantes de arquitetura que frequentavam a mesma universidade. Não importa quantos anos tenham se passado, os laços institucionais ainda permaneciam os mesmos e inalterados.
Os sorrisos e lágrimas dos calouros fizeram com que os veteranos sentissem orgulho do seu trabalho duro. Se eles pudessem unir o grupo todo para ficarem mais conectados por trabalharem como um time, isso não seria tão cansativo se comparado ao trabalho implacável que os professores davam quase todos os dias.
Sky pode sorrir amplamente agora.
— Phi.
Ele estava surpreso em ver as calouras que disseram que iriam embora às duas horas da manhã, voltarem para o grupo. Seus olhos estavam vermelhos, parecia que elas tinham chorado muito.
— Oh! Vocês não estavam indo pra casa?
— Não.
As calouras balançaram a cabeça e depois as mãos.
— Muito obrigada.
— Hein?
Sky respondeu rapidamente em estado de choque, ouvir essas palavras fez seu coração palpitar.
— Obrigada pela sua determinação em fazer tudo isso por nós, calouras. Obrigada pela sua dedicação. Estamos muito felizes. Obrigada por nos fazer mudar de ideia para ficarmos até o final. Se tivéssemos voltado para casa, não teríamos tido esse tipo de sentimento.
O ouvinte ouviu a voz trêmula de felicidade da pessoa que mudou de ideia no último minuto por causa dele. Mesmo que ele estivesse cansado, valeu muito a pena todo esse esforço. Esse é o sentimento caloroso e impressionante que só pode ser entendido pelas pessoas que estiveram ali o tempo todo.
— Não, somos nós que queremos agradecer a vocês por conseguirem ficar até o final.
O grupo inteiro de calouras ergueu as mãos em saudação e retornaram para os seus amigos, com traços de cansaço em seus sorrisos. Todas as preparações que ele fez nos últimos meses, ele fez de coração. E valeu a pena ver o mesmo sorriso que ele tinha no ano passado.
— Nong Sky.
Sky se virou para olhar para a pessoa que ele havia esquecido completamente e que estava com ele até o último momento. Assim que sua condição melhorou, ele foi ajudar a preparar a cerimônia de Bai Sri. A cerimônia de Bai Sri é para amarrar um fio ao redor do pulso dos calouros. Ele achou que Pai iria embora, mas o cara alto ainda estava lá, dando um sorriso cheio de felicidade. Pai apenas o olhou e sorriu, mas por que só em ver o rosto daquele homem fez o seu coração ficar mais caloroso do que antes?
— Algumas calouras vieram me agradecer.
Sky não tinha certeza do porquê, mas ele queria contar sobre isso para alguém. E aqui está ele.
— Eu vi. Você está feliz, certo?
— No final das contas, sim, P’Pai. A princípio, eu não achei que ficaria feliz.
Tiveram apenas algumas poucas vezes em que Sky o chamou pelo nome sem ser forçado a isso. Ele o chamou de bom grado, feliz, como se quisesse compartilhar a sua felicidade com a pessoa que se juntou a ele na vigília noturna. Ele permitiu que o homem alto o acariciasse enquanto se aproximava carinhosamente, ignorando o fato de que ele se inclinou para beijar sua bochecha amorosamente.
— Bem, ver o Nong Sky feliz também me deixa feliz.
— Oh, eu juro que estou muito feliz. Eu nunca pensei que iria ficar tão feliz assim, os calouros entenderem o quão duro nós tentamos, isso me faz tão bem.
Não importa o quanto você trabalhe para parecer mais maduro do que a sua idade, Sky ainda era um garoto de 20 e poucos anos. E agora ele é mais como um garotinho compartilhando sua felicidade com alguém, enquanto o outro ouve-o atentamente, com palavras que estavam cheias de sinceridade, sem mentiras.
— Eu estou feliz.
— Hahaha. O jovem sorria brilhantemente, não havia qualquer traço da pessoa fria que ele normalmente era.
— !!!
Nesse momento, o homem alto que nunca levava ninguém a sério, esculpiu aquele sorriso no fundo do seu coração. Ele não podia evitar puxar o garoto menor para um abraço apertado para depois o soltar. O jovem nem percebeu que foi atingido por um toque que é mais quente do que qualquer outro.
— Isso é ruim.
— O que você está fazendo, Phi?
Sky levantou as sobrancelhas novamente, mas Prapai continuou repetindo as mesmas palavras, aproximando sua mão para acariciar o seu rosto.
“Isso parece muito ruim.”
Se ele não conseguisse manter aquele sorriso vivo, isso significava que o seu caminho para a felicidade chegaria a um beco sem saída.
— Se você não dormir, isso será ruim para você.
Prapai nunca pensou que chegaria um dia em que ele se sentaria e encararia uma pessoa a noite toda, sabendo que não tinha a menor possibilidade de conseguir algo em troca. Mas ele fez isso hoje. Ele seguiu Payu até a cerimônia de encerramento e apenas ficou sentado lá, observando os calouros dele a noite toda.
O único que ele ficou observando se sentou ao lado dele quando estava doente, mas assim que se sentiu melhor, desapareceu em meio as outras pessoas. Ele estava impressionado com a sua própria paciência.
Os calouros, Sky, Payu, e Rain tinham coisas a fazer. Mas Pai ficou lá apenas matando mosquitos. Mesmo que ele pudesse fazer amizade com vários amigos de Sky, a pessoa que ele mais queria ver não veio vê-lo.
Algumas vezes ele quis desistir, ir para casa e dormir, mas esses pensamentos fugazes desapareceram assim que ele viu Sky sorrindo.
“Droga, Pai!”
A princípio, ele seria paciente apenas para poder enfraquecer o coração do garoto, mas isso se transformou numa flecha apontando contra ele.
Quando Sky pareceu aliviado ao ver os sorrisos dos calouros, a frustração de Pai desapareceu assim que viu o sorriso aberto dele. Portanto, a ideia de ficar sentado observando-o a noite toda em troca de um sorriso valeu muito a pena. Isso deveria ter passado pela cabeça dele, certo?
Conforme Pai pensava sobre isso, ele se amaldiçoava. Como é que um estudante de administração poderia aceitar esse tipo de perda de bom grado?
***
Após todos se separarem e irem para casa, Pai se ofereceu para dar uma carona a Sky. Ele concordou instantaneamente. Assim que ele abriu a porta do quarto, o jovem se jogou na cama e caiu num sono profundo. Algumas horas depois, ele ainda não tinha acordado. Parece que ele irá acordar apenas algumas horas depois.
Prapai podia sentir que Sky tinha começado a acreditar nele, mas ele sabia em seu coração que ele ainda não acreditava realmente nele, ou que esqueceu completamente sobre seu passado.
Ele queria deitar ao seu lado, mas deveria ser cuidadoso porque Sky estava sempre de guarda. Pai chegou com um propósito, não era para ser apenas um suporte de travesseiro. Antes de começar a perseguir Sky, ele precisa convencê-lo de que isso é real, que ele não está brincando. Ele quer algo sério, ele realmente quer flertar com ele, ele realmente quer ser o seu namorado. Mas verdade seja dita, ele só teve essa certeza há algumas horas atrás.
— Eu morreria por você.
Ele não dormiu a noite toda, mas agora ele não consegue dormir. Não é porque ele não está com sono, mas olhar para o rosto de Sky o deixava tão feliz que ele não conseguia dormir.
— Isso é demais para suportar.
O homem suspirou, mas não desistiu de acariciar a bochecha do garoto e brincar com ela. Pode estar um pouco vermelha por causa da doença, mas é macia e ótima de tocar. Tanto que Pai usou as costas da sua mão para acariciar e apertar as bochechas e o nariz dele. Então ele deslizou as pontas dos dedos nos seus lábios beijáveis enquanto deixava um rastro. Isso o fez querer abaixar a boca para tocar naqueles lábios.
“Se você quer isso, então esse é o momento certo.”
[N/T: ALERTA DE GATILHO!]
Sky ficou deitado de bruços por uma hora. A roupa que ele estava usando subiu acima da sua barriga, fazendo com que qualquer um que o olhasse quisesse acariciá-lo fortemente, sugando-o, deixando marcas na sua pele. Mas ele ainda esperava pacientemente.
Sim, afinal de contas, todo mundo tem seus próprios limites. Mas e quanto ao homem que nunca tinha esperando tanto assim?
Da última vez, ele desistiu sem falar nada porque viu que Sky estava com febre alta. Mas agora sua febre diminuiu.
Depois dessa linha de raciocínio, Prapai levantou a ponta da camisa de Sky. Seus olhos brilhantes semicerraram. Ele não pôde evitar lamber os lábios impacientemente, vendo a delicadeza que aparecia bem diante dele. Após o homem ter levantado a camisa dele, o que havia fascinado-o há meses estava bem diante dos seus olhos. Aqueles mamilos super sensíveis e pálidos.
Ele engoliu em seco.
Ele não era o tipo de pessoa que fazia algo tão ruim assim. Vamos apenas dizer que essa era uma punição por fazê-lo ficar sentado e esperando a noite toda, além dessas quatro horas a mais.
Após encontrar uma desculpa, ele continuou novamente.
“É realmente muito, muito sexy.”
Prapai sempre achou que os mamilos dos homens eram tão sexys quanto os das mulheres. Mas ainda assim, ele nunca conheceu ninguém que fosse tão sensível desse jeito. Então ele ficou muito impressionado com o encontro que ele teve com Sky. Quanto mais ele experimentava, mais ele gostava. Mas o que ele mais gosta é da forma com que a outra pessoa reage quando o aperta gentilmente, enquanto movem os quadris em sincronia.
— Huh.
Assim que seus dedos entraram em ação, o dorminhoco soltou um ruído em protesto. Mas ele não se virou e fugiu furiosamente. A pessoa que estava tocando-o, que também estava em choque, levantou os olhos para ver que Sky ainda não havia acordado.
Então ele voltou a se concentrar na coisa bonita, com seus dedos se movendo pra frente e para trás, em ambos os lados. Seu corpo começou a esquentar, seus olhos encaravam-o, assim como um cachorro encara um osso enorme.
Sim, dessa vez ele concordou que era um cachorro.
A princípio, Prapai estava apenas brincando. Mas a rigidez contra os seus dedos o fez respirar fundo.
Uma sedução irresistível se espalhou pelo ambiente, ele não pôde deixar de trazer o seu rosto para mais perto, inspirar, e…
— Hmmm.
“Droga!”
Assim que a ponta da sua língua lambeu aquele mamilo pálido, Naphon soltou um gemido vertiginoso. Então Prapai extravasou com relação ao que estava errado com o seu corpo por não parar por ali. Ao invés de parar o movimento com a sua língua, agora ele os cobria com os lábios, alternando entre chupar e morder. Apesar dos flashbacks quentes, ele só queria, mais do que nunca, provar mais daquele pirralho agora mesmo.
— Hmmm.
“Só mais um pouco.”
Quando ele ouviu o gemido do outro, o cara que disse que iria apenas provar, montou no corpo do jovem. Ele moveu os lábios de uma parte molhada para outra, assim como quando uma abelha encontra o mel, cheio de sede e saudade. Suas mãos deslizaram ao redor da sua cintura, sentindo a pele macia e sensual que despertava a sua emoção. Quando ele chegou na borda da calça dele…
— EI! O QUE É ISSO?
De repente, a pessoa adormecida que estava deitava, moveu seu corpo com medo e gritou bem alto. Isso fez Prapai levantar os olhos para olhá-lo, apenas para descobrir que a pessoa dormindo já tinha acordado. Suas bochechas estavam corando.
— Phi, o que você está fazendo?
Sky entendeu rapidamente a situação, mas sua voz trêmula estava tão alta e clara que a pessoa em chamas suspirou. Ao contrário, seu cheiro era ainda mais estimulante, um par de olhos brilhavam, e as mãos do caçador que acariciavam o seu corpo macio se transformaram num aperto.
“Eu poderia ter convencido Sky a fazer isso, mas…”
— Me empresta o seu banheiro.
Os olhos assustados de Sky que brilhavam horrorizados o atingiu como se um martelo estivesse batendo bem no meio da sua cabeça. Quando Prapai recobrou o juízo, ele se apressou em direção ao banheiro. Ele fechou os olhos, ele nunca havia ficado tão irritado consigo mesmo por não conseguir seguir as regras do jogo.
Ele foi capaz de suprimir seus maiores desejos, mas agora com apenas algumas provocações e lambidas, ele quase não conseguiu suportar. Ele não queria apenas abraçar Sky, mas também queria mais e mais, infinitamente.
“Pai é muito, muito ruim.”
No mesmo instante, Naphon acordou, suas mãos abaixaram rapidamente as suas roupas. Seus olhos ainda estavam olhando para a porta do banheiro, onde a pessoa alta havia desaparecido.
Ele respirou fundo para acalmar a comoção no seu corpo que havia ficado quente por causa daqueles toques. Mas o que mais o surpreendeu não foi o fato de que ele acordou com um homem emcima ele, mas sim com o alívio que ele sentiu por esse homem ser o Pai.
Por um breve momento, Sky pensou em continuar com isso.
Ele não deveria pensar desse jeito. Ele não deveria se sentir assim. Mas ele se sente.
— Seu bastardo! Como você pôde pensar assim em relação a uma pessoa que não é confiável?
Sim, seu coração ficou mole.
Ele não sabia quando isso tinha começado. Talvez quando P’Pai veio cuidar dele, ou talvez na noite passada quando ele se sentou e esperou durante a noite toda sem reclamar. Sky percebeu que a parede que ele construiu para impedir qualquer pessoa de entrar no seu coração estava balançando ainda mais, e se tornou frágil assim que Pai decidiu ir ao banheiro para aliviar seu desejo, ao invés de fazer aquelas coisas que eles fizeram quando se conheceram pela primeira vez.
Pai realmente tocou-o, mas ele não fez nada mais do que isso.
O jovem sabia que era um idiota por pensar desse jeito. Ele deveria ter chutado-o ou ter batido nele, porque não importa o quão pequeno tenha sido aquele toque, isso ainda era assédio. Mas ele não estava com raiva.
Ele pensou que um homem que nunca ficou sem ninguém, que suportou isso tudo por meses, deveria ser chamado de bom garoto.
— Não, seu bastardo. Só porque P’Pai veio brincar com você, isso não significa que ele não brinca com outras pessoas.
Mas por que a sua voz é tão doce?
[FIM DO ALERTA DE GATILHO]
Vinte minutos depois, o hospede indesejado saiu do banheiro esfregando sua cabeça, com uma aparência fresca. Seu rosto sério e seu olhar sedutor já tinham se transformado no rosto do cara brincalhão de sempre. Ele não estava com vergonha de exibir seu peitoral nu, enquanto o dono do quarto se sentou na mesa para consertar a maquete que ele precisava terminar, apesar da sua concentração estar bem distante.
— Obrigado por me deixar usar o banheiro. Eu me sinto mais refrescado.
— Eu não disse que você poderia usar.
— Qual é, não seja mesquinho. Eu só pedi permissão para usar o banheiro.
— O banheiro tudo bem. Mas eu não esqueci de como eu te encontrei quando eu acordei.
Sky semicerrou os olhos em desdém. O homem alto sorriu suavemente e caminhou para se sentar na beirada da cama, longe da mesa.
— Qual é, não seja mesquinho. Eu aguentei isso por meses.
Prapai repetiu a mesma coisa e apenas mudou a última parte. Mas isso fez com que a pessoa que se sentou para finalizar a maquete que ele precisava entregar ao professor na segunda-feira, se virar para olhar pra ele em descrença.
Pelo jeito que ele o olhou, ele certamente aguentou.
— Você quer saber?
— Não.
O jovem olhou para aqueles olhos maliciosos, então virou sua cadeira para que não caísse numa armadilha.
— Mas eu quero te contar, okay? Eu vou te dizer. Desde que eu fiquei com você há alguns meses… Oh! Já foram mais de três meses. Como eu poderia suportar? Já se passou um longo tempo. Eu não me envolvi com mais ninguém, porque eu posso ser um homem bom e honesto. Acredite em mim.
Sky não era estúpido, mas ele se virou e Pai falou de novo:
— Eu estou falando a verdade.
— …
Sky não respondeu. Ele só usou os seus olhos para encará-lo, fazendo o homem alto abaixar ligeiramente a cabeça e esconder o seu sorriso.
— Certo, eu dormi com outras pessoas.
— Uhm.
— Okay, duas vezes.
O dono do quarto apenas balançou a cabeça e se virou novamente para corrigir a maquete. Ao mesmo tempo, Pai repetiu:
— Okay, vou falar a verdade. Foram três vezes, okay? Após dormirmos juntos, eu dormi com apenas 3 pessoas diferentes, mas não me pareceu certo. E isso foi há meses atrás. Ao menos nesses mês eu não fiquei com ninguém.
Dessa vez ele estava mais sério, então ele deitou na cama com fatiga.
— Então por que eu me confessei?
— Exatamente. Eu nem queria saber.
O homem que estava deitado olhou para as costas da outra pessoa e riu.
— Okay, na verdade eu queria te contar, e parece que você só ouve quando estou brincando.
O garoto não se virou para olhá-lo. Ele estava fingindo estar ocupado com o seu trabalho, apesar do seu cérebro estar processando a ideia de que P’Pai não transou com mais ninguém durante todo esse tempo. Ele teve que colocar sua mão no queixo… para que ninguém visse o seu sorriso.
— Então me escute. Eu devo estar ficando louco agora.
— Você não é louco há muito tempo?
Dessa vez o homem mais velho sorriu maliciosamente.
— Eu acabei de descobrir que tenho fetiche por mamilos. Oh! Especialmente por aqueles que já tiveram um piercing antes.
[Barulho]
— Ai!
O rosto de Sky ficou vermelho. Ele jogou um lápis no homem alto e mordeu os lábios com força, depois olhou para a pessoa que agia como se estivesse reclamando, mas na verdade ele estava sorrindo tanto que era possível ver seus dentes. Onde estava a voz doce que mexeu com o seu coração?
— Olha só, eu também posso fazer o Nong Sky ficar com vergonha.
— Droga, quem está com vergonha? Eu vou tomar um banho.
Em seguida, ele deu alguns passos leves até chegar ao banheiro. Sky ignorou a voz atrás dele que dizia que ele devia estar com febre novamente, porque seu rosto estava muito vermelho!
Não foi a febre que o deixou queimando, mas sim porque o psicopata ama seus mamilos.
— Porra!
Até quando ele olhou para o seu próprio reflexo no espelho, ele xingou e levantou as costas da mão para cobrir a sua boca. Além das suas bochechas estarem coradas, seus olhos pretos também estavam trêmulos.
Isso não era apenas medo. Ele está com medo de que seu inconsciente comece a se abrir para outra pessoa.
Se ele não sentia nada, então como não conseguia controlar as suas emoções?
***