Love Sky - Capítulo 08
[…Como estão os seus sintomas hoje?]
[…Se você ainda estiver se sentindo mal, me ligue…]
[…Eu estou preocupado com você…]
Naphon ficou parado e apenas encarou o seu telefone, sem saber se deveria rir ou se sentir irritado. A pessoa que escreveu essas mensagens é ninguém mais ninguém menos que… o gigante negro, cujo número ele claramente já havia bloqueado antes.
Inicialmente, ele pretendia acordar cedo para ir para as aulas da manhã, mas ele acordou com dor de cabeça e dores por todo o corpo, então desistiu e voltou para a cama, após isso, acordou quase ao meio-dia já se sentindo mais revigorado e pronto para ir para a “Noite da cerimônia”, que será realizada nesta tarde e seguirá durante a noite toda até a manhã seguinte. Ele jurou para si que no ano seguinte as coisas não seriam assim. Nunca fez parte da sua natureza despejar suas responsabilidades sobre outras pessoas.
Apesar de não ter tantas pessoas no conselho estudantil, todos estão prontos para ajudar a fazer a diferença. No entanto, ele não conseguiu evitar em se sentir culpado. Então Sky prometeu a si que iria se envolver mais no ano seguinte e não iria estragar as coisas novamente desse jeito.
Portanto, ele apenas viu essas mensagens quando estava prestes a ligar para o seu melhor amigo.
— Um celular pode se desbloquear sozinho? Vamos apenas dizer que isso é uma espécie de compensação.
O garoto balançou rapidamente a sua cabeça, encarando seu telefone com um olhar sombrio, pois o seu celular não é mega tecnológico o suficiente para desbloquear sozinho o número e o LINE dele. Alguém deve ter feito isso enquanto ele estava doente. E Sky tinha certeza de que mesmo que Rain tivesse vendido-o, não havia a menor possibilidade dele contar para alguém a senha de desbloqueio do seu celular.
Parece que o golpista adicionou a sua própria impressão digital para poder desbloqueá-lo. Sky estava tentando decidir se ele deveria ficar irritado ou não com aquele que agora tinha acesso ao seu celular, porque quando ele o abriu, o contato que antes estava nomeado como “P’Psicopata”, agora tinha mudado para “Rahu, aquele que é muito lindo”. Esse apelido autoproclamado o fez rir alto. Bem, algumas pessoas admitiriam que o gigante negro tem um rosto lindo.
[Vrr]
Antes de chegar a uma decisão, o telefone em sua mão estava tocando, então ele atendeu apressadamente.
— Alô?
— Cara, você já levantou? Estou aqui embaixo.
— Certo, já vou descer.
Sky assentiu e pegou as suas coisas, fechou a porta e desceu as escadas para encontrar Rain, que estacionou o seu carro e esperava por ele.
— Na verdade, você não precisava vir me buscar. Eu poderia ir para a universidade sozinho. Sky disse assim que entrou no carro com o ar-condicionado ligado.
— O sol estava muito quente, então você poderia desmaiar na rua. Eu tive que vir te buscar.
Seu amigo baixinho retribuiu com um meio sorriso fofo, fazendo seu rosto se transformar numa expressão sombria.
— Se você estava tão preocupado comigo, como é que outra pessoa veio cuidar de mim?
É isso, quando ele chegou ao ponto, o rosto sorridente se transformou num olhar de culpa e ele balançou a cabeça.
— Estou brincando. Eu sei que você não queria me deixar com outra pessoa.
Como ele poderia não compreender? Eles estavam fazendo as avaliações das matérias e malmente tinham tempo para dormir. Como ele poderia ter tempo para cuidar de uma pessoa doente?
Já foi bom o suficiente ele ter conseguido encontrar alguém para cuidar dele. Mesmo que tenha sido alguém que Sky estava evitando, ele não podia negar que… Prapai realmente cuidou bem dele.
— E P’Pai não fez nada com você, não é? Vou falar com P’Payu para mantê-lo sobre controle.
Sky estava se perguntando se alguém conseguiria controlar uma enguia viscosa como P’Rahu.
— Não precisa. Como você pode ver, estou completamente bem.
Rain aproximou sua mão para tocar na bochecha dele, ele não estava com vergonha, era mais uma tristeza. Quando seu amigo o repreendeu, ele tinha acabado de perceber que alguém devia ter tirado suas roupas para limpá-lo. E ele tinha certeza de que ele estava a salvo? Segurar uma pessoa doente pode ser algo muito constrangedor. E P’Pai não foi uma escolha tão ruim assim.
O garoto franziu a testa. Por que ele tem que dar desculpas para justificar sua decisão de chamar aquele cara?
— Então, você vai voltar para o dormitório esta noite?
— Não.
Quando seu amigo estava prestes a fazer outra pergunta, Sky explicou com firmeza:
— Se os calouros podem ficar acordados a noite toda, então eu também deveria.
Passou-se um ano desde a última noite dos calouros. Eles sabem quanta paciência foi necessária para isso. Não importa o quão difícil isso seja, você precisa conseguir ficar acordado a noite toda, mesmo que esteja com calor, cansaço ou sonolência, é algo bem difícil.
Mas assim que Sky entrou no conselho estudantil, ele poderia trabalhar com os veteranos. Ele sabia que em meio ao cansaço dos Nongs, os veteranos estavam ainda mais exaustos porque eram eles que faziam todo o trabalho.
Eles estavam fazendo uma reunião para discutir vários tópicos: consultar os professores; chegar a um conceito; resumir os resultados, e eles estavam trabalhando nisso desde as férias do último semestre. Se os outros sêniors poderiam ficar acordados a noite toda, então ele como sênior também deveria fazer o mesmo.
Isso foi o que manteve a equipe unida.
Os Nongs estavam cansados e ele também. Mas ele nunca pensou em dar desculpas de que havia acabado de se recuperar. Além disso, ele estava disposto a transmitir as tradições que ele herdou dos seus veteranos, com a esperança de que as próximas gerações seriam tão impressionantes quanto as dele.
Ele não poderia fazer isso sozinho, mas ele tem amigos que tem os mesmos tipos de pensamentos.
— Eu sabia que você não perderia isso por nada nesse mundo.
Rain disse a ele que entendia muito bem. Essa era a única coisa que importava.
— Ainda bem que você ficou doente até ontem. Se você ficasse doente hoje, então você provavelmente iria chorar, porque você colocou todo o seu coração nesse evento desde o começo, seria uma pena se você não visse os resultados.
Ele ficaria desapontado, mas definitivamente não iria chorar. Ele tem certeza disso. Sky não chorava há um longo tempo. No máximo ele estaria lá de manhã para assistir os calouros cantando.
— É claro.
Talvez ele tenha se recuperado mais rápido do que ele pensava porque ele teve um enfermeiro ótimo.
Sky se inclinou no banco do passageiro e deixou seu amigo contar o que tinha acontecido nesses último dias. Seus amigos estavam preocupados com ele (mas não conseguiram encontrar um tempo para visitá-lo porque eles ainda não tinham acabado com os trabalhos deles).
Os veteranos também estavam perguntando por ele, e ele podia ver isso pela grande quantidade de mensagens no LINE perguntando como ele estava. Alguns deles eram até de números desconhecidos. Mas Sig disse a ele que não precisava ligar para ninguém de volta porque seu amigo baixinho já respondeu a todos no seu lugar.
Enquanto deixava a sua mente vagar, Sky pegou o seu celular, olhou-o por um tempo, então abriu a conversa que ele nunca tinha clicado antes. Ele leu cada uma das mensagens que Pai tinha enviado, desde a época em que ele estava bloqueado até agora. Sky alegou que seu coração não estava fraco porque ele ainda não respondeu nada, o que era o que a outra pessoa estava esperando. Ele apenas lê suas mensagens.
Ele admite que não o responde porque suas respostas podem desapontá-lo.
— Do que você está rindo?
— Nada.
Logo após seu amigo perguntá-lo, Sky levou sua mão até a boca em estado de choque.
[…Uau, Skyzinho leu as minhas mensagens…]
Ele está ocioso o suficiente para continuar olhando para o seu celular? Então uma nova mensagem surgiu, fazendo-o levantar involuntariamente seus lábios em um sorriso.
[…Não precisa responder, apenas em você lê-las já me deixa feliz…]
Sky bloqueou o telefone de novo e o colocou no seu bolso, ignorando as próximas notificações porque não queria que seu coração vacilasse… ele tremia de medo.
“Eu acho que isso é apenas algum efeito colateral do remédio.”
***
— Onde estão os lanche do intervalo? Jai perguntou, ele estava responsável por isso.
— Alguém pegue um pouco de água para o meu Nong.
— Ei, um Nong desmaiou! Alguém tem um inalador?
— Vou tirar o meu Nong daqui!
Quando a escuridão cobriu o céu, o barulho das baterias ainda ecoava na sala da prática da celebração, depois dos calouros passarem pela pressão para cantar em grupo.
Do lado de fora da sala de prática estava tão agitado quanto, porque embora a preparação tenha sido feita meticulosamente, ainda tinham algumas coisas que precisavam ser feitas. As pessoas iam e viam, e Sky deveria ser um desses, mas…
— Eu posso ajudar com alguma coisa?
— Tudo o que uma pessoa doente precisa fazer é ficar sentada ali.
Quando ele perguntou a um amigo, ele respondeu apontando para uma cadeira para ele sentar, antes que ele desmaiasse de novo no meio da sala. Eles estavam preocupados um com o outro. Mas ele ainda parecia pálido hoje. Quem se atreve a dar ordens a uma pessoa doente? Sky perguntou a vários amigos, mas todos eles disseram a mesma coisa, e não deixavam ele fazer nada, porque até o próprio Rain veio para ajudar os veteranos. Quanto a ele, que deveria estar ocupado assim como todo mundo, apenas se sentou e olhou para todos com culpa.
— A propósito, tem alguma coisa que eu possa fazer para ajudar?
Quando ele não podia mais perguntar aos seus amigos, ele foi perguntar aos veteranos do 3° ano, que eram o pilar da prática da celebração desse ano. Uma garota segurou sua testa:
Ran: “Você ainda está doente.”
Sky: “Eu estou totalmente bem. Se eu ficar parado, então eu irei morrer.”
Ran: “Hahaha, eu poderia realmente aproveitar a sua ajuda, mas dê meia volta e vá procurar o seu amigo. Ele tem prestado a atenção em você esse tempo todo. E se eu pedir pela sua ajuda, eu acho que ele nunca mais me consideraria a sênior dele. N’Rain vai bater minha cabeça nas partituras que estão nas mãos dele. Vá logo e fique com os estudantes do 2° ano naquela sala e não faça nada que você não consiga lidar. Apenas vá e dê o seu suporte aos calouros.
Sky: “Eu realmente não estou mais doente.”
Ran: “Mesmo que você não esteja, você tem alguém para cuidar de você.”
Sky: “Hã?”
Sky de repente levantou a sua cabeça e semicerrou os olhos. Na sua cabeça, ele encontrou o culpado… Será que Rain o vendeu novamente?
Quando ela olhou para os seus olhos arregalados, a garota riu em um tom de provocação, se inclinou e sussurrou para ele.
Ran: “Eu nem sabia que ele morava no seu dormitório.”
Okay, agora ele tinha um novo culpado.
Sky: “Ele é só alguém que eu conheço.”
Joyce: “Ei, eu nunca disse que ele era o seu namorado.”
Sky: “Eu posso ir logo para ficar com os caras na sala de prática?”
Normalmente Sky nunca entra em pânico e apenas ri quando um veterano está pensando demais. Mas dessa vez, ele continuou quieto enquanto eles provocavam-o, então ele decidiu ir ajudar seus amigos. Ele se uniu a eles na sala de prática. Ele não tinha certeza do porquê ele estar sentindo vergonha sobre o P’Pai. Talvez os sentimentos de estar sendo cuidado por alguém nos últimos dias ainda persistiam em seu coração.
“Isso não é bom. Eu tenho que parar com esses sentimentos, droga!”
Era 1 da manhã e a celebração continuava na sala de prática, apesar da exaustão que claramente aparecia nos olhos dos calouros. Mas nenhum deles disse nada. Tinha apenas um tipo de entendimento mútuo de que todos estavam cansados.
Alguns dos calouros se despedem para ir para cama, mas ninguém protesta. Só porque eles foram para casa cedo, isso não faz deles menos estudantes do curso de Arquitetura. As pessoas tem os seus próprios motivos e os veteranos aceitam isso. Eles estão apenas dando o seu melhor para os calouros que decidiram permanecer por perto. Mas parece que as preocupações aumentavam à medida que ia ficando mais tarde.
Sky: “Elas estão indo embora tão tarde da noite?”
A chuva continuava caindo. Sky, que tinha saído para tomar um pouco de ar, murmurou preocupado, apesar dele mesmo estar doente.
“Olá, Phi.”
Sky: “Olá. Você está indo pra casa?”
Sky se virou para retribuiu os cumprimentos com um olhar sombrio. As quatro garotas pareciam um pouco envergonhadas, então assentiram com medo.
Sky: “Vocês conseguem ir pra casa? Parece que a chuva não vai parar tão cedo. Se vocês forem para casa assim, podem ficar doentes.”
Ele estava preocupado com as jovens que ficariam encharcadas pela chuva às 1h da manhã. Mas ele não disse uma palavra sobre todo mundo que precisaria ficar lá até o fim, então as pessoas do grupo se entreolharam.
“Está tudo bem, nós podemos ir pra casa. Trouxemos um guarda-chuva.”
Não tem como um único guarda-chuva proteger quatro garotas da chuva.
Sky: “Então espere por mim aqui. Eu vou voltar para pegar outro guarda-chuva.”
Sky acabou de ver um de seus amigos andando com um guarda-chuva em direção ao outro prédio. Deve ter mais algum no carro. Então ele sorriu para as calouras e pediu para esperarem por ele. Ele estava prestes a correr na chuva em direção ao outro prédio para pegar um guarda-chuva.
Rain: “Seu bastardo!”
Nesse momento, Sky quase quebrou seu pescoço quando seu melhor amigo o gritou, correndo na direção oposta.
Rain: “O que você ia fazer?”
Sky: “Por que você está gritando? Você me assustou. Eu só estou indo pegar um guarda-chuva para elas.” Disse Sky, enquanto seu melhor amigo cerrava os dentes.
Rain: “Você está louco? Você malmente se recuperou e já está pensando em correr na chuva. Você precisa ficar acordado a noite toda e você definitivamente morreria por dentro. Meninas, você estão indo para o portão na frente da universidade, certo? Deixe-me ir com vocês. Mas está muito tarde, não é perigoso o caminho até a casa de vocês?”
Depois de repreender Sky, Rain se virou para perguntar aos calouros ansiosamente:
“Nós só precisamos de um guarda-chuva até conseguirmos uma carona pra casa. Se vocês estão pensando em nos deixar em casa, iríamos nos sentir mal.”
Dessa vez, Rain assentiu, então olhou para Sky.
Rain: “Então deixe-me cuidar disso. Fique aqui. Você está doente e não parece tão bem assim.”
Então o seu amigo baixinho correu na chuva em direção ao outro prédio. As garotas se entreolharam, então viraram para Sky:
“Você não está se sentindo bem?”
Sky: “Só um pouquinho.”
Sua voz ainda estava rouca, então uma das Nongs que parecia mais corajosa do que as outras amigas perguntou para ele:
“Por que você não volta para descansar um pouco?”
Ao ouvir aquela pergunta, Sky deu um sorriso sincero e disse:
Sky: “Até vocês ainda estão aqui. Por que eu não posso estar?”
“Naphon, P’Ran está perguntando por você. Ela não consegue encontrar o número de Bai Sri. Você tem?”
Sky não conseguiu ver como as garotas reagiram porque ao terminar de falar um amigo o chamou. Então ele disse ao seu amigo para ficar com as garotas até Rain retornar, enquanto ele se apressava para encontrar a veterana.
“Como vocês vão para casa? Após Sky ir embora, seu amigo também perguntou as garotas com preocupação. Então todas do grupo se entreolharam e uma delas respondeu:
“Eu acho que mudamos de ideia!”
Se os veteranos podem fazer isso pelos seus calouros, por que elas não podem aceitar as suas boas intenções?
***
“Droga, de onde veio essa chuva toda?”
Enquanto Sky estava preocupado com os calouros que estavam prestes a ir pra casa, do outro lado de Bangkok um evento de corrida que ocorria na pista principal da cidade era cancelado. O vento soprava a chuva que encharcava o asfalto. Mesmo que a chuva parasse instantaneamente, ninguém iria querer competir correndo risco de sofrer um acidente a qualquer minuto. Prapai era uma das pessoas que também estava reclamando. De acordo com a previsão de tempo, o clima estaria ótimo o dia inteiro.
Não muito longe dali, Payu, um jovem lindo com o cabelo amarrado no topo da sua cabeça, orientou seus homens a pegar as motos gigantes totalmente motorizadas e devolvê-las aos seus lugares de origem.
Essa corrida não era como as outras corridas de sempre. As autoridades estavam em standby para fechar a pista à noite para poder abrir uma pista de corrida para os amantes de velocidade. Pessoas comuns não tem acesso a esse lugar, então tem vários supercarros luxuosos nessa noite. Mas Payu só podia encolher os ombros com indiferença, enquanto se afastava do escritório.
Payu: “Certo, coloque-os no container. Estou com pressa nessa noite.”
Pai: “Você está indo pra um encontro com o seu namorado?”
Payu ergueu um sorriso nos lábios, com seus olhos de águia afiados.
Pai: “Julgando pela sua cara, eu acho que já sei a resposta.”
Prapai sorriu quando lembrou do amigo de Rain. Ele apenas ficou sentado e olhando para o seu telefone o dia todo. Tinha apenas uma mensagem do seu pai quando ele pediu por alguns dias de folga, e ele não reclamou sobre isso.
Ele ainda recebeu mensagens dos seus ex-amantes, mas rejeitou todas elas. Enquanto isso, ele estava apenas esperando aquela pessoa ler suas mensagens sem ao menos respondê-las. Então ele não sabia se deveria se sentir desencorajado ou desonrado. Mas a verdade é que ele estava preocupado.
“Você vai ter pesadelos nessa noite?”
Vendo as expressões de preocupação de Prapai, Payu perguntou:
Payu: “Você quer vir comigo?”
Pai: “Para onde você está indo?”
Pai se virou para olhar para seu amigo, então agiu surpreso:
Pai: “Obrigado pelo convite, mas não sou um grande fã de menage.”
Os olhos impiedosos de Payu de repente se iluminaram, mas Pai rapidamente colocou sua mão em seu ombro.
Pai: “Eu estou brincando. Para onde você está me levando?”
Payu: “Vamos…”
Petch: “P’Phayu, P’Phai, olá.”
Payu não tinha terminado de falar quando ouviu alguém os cumprimentando. Eles se viraram para olhar para algumas pessoas que tinham sumido há um tempo.
Pai: “Oh! Petch, Gun… Há quanto tempo.”
Esses dois também são membros desse evento. Após encontrá-los diversas vezes, Prapai podia sentir que eles respeitavam-o.
Petch: “Não importa quantas vezes eu compita, eu sempre perco, diferente de P’Pai. Você já ganhou quantas vezes?” Ele disse empolgado, então se virou para olhar para seu amigo.
Gun: “Ele perdeu sua dignidade quando perdeu para mim da última vez. Ele é tão chato que nós quase não aparecemos por aqui.”
Petch: “Ei, eu não.”
Prapai riu e não ligou para a expressão do jovem gostoso com um piercing na sobrancelha. Ele não ficava irritado quando eles se xingavam. Porque eles ganhando ou perdendo a corrida, quando tudo acaba, eles voltam a ser irmãos de novo.
Pai: “Isso significa que vocês vão manter suas mãos limpas hoje?”
Eles balançaram a cabeça.
Gun: “Não, P’Pai. Eu não compito há um longo tempo. Eu só quero passear. Não ouso desafiar meus amigos.”
Petch: “Infelizmente hoje está chovendo. Até mais, P’Payu, P’Pai. Vamos embora.”
Em seguida os dois entraram em um carro europeu e seguiram pela outra via, abandonando os outros dois.
O competidor talentoso se virou para olhar para o excelente mecânico que também era um jovem arquiteto durante o dia. Ele perguntou sobre o que eles estavam falando mais cedo.
Payu: “Eu estou indo para a universidade.”
Pai: “Você está indo agora?!” Pai olhou no relógio e eram 2h da manhã.
Payu: “Hoje é a cerimônia de encerramento da orientação dos calouros. Eles ficarão lá até de manhã. Eu não fui no ano passado, mas nesse ano vou amarrar o fio nos pulsos dos meus Nongs.” Payu respondeu com uma expressão calma e olhos brilhantes. Aquele que o ouvia cemicerrou os olhos.
Pai: “Eu acho que você vai amarrar o fio no seu namorado.”
Ele ouviu que Rain estava na mesma fila de códigos de matrícula do Payu. Mas exatamente quando Payu se formou, Rain começou como um calouro. Isso significa que no ano passado ele perdeu a oportunidade de amarrar o fio no pulso do seu namorado, certo? Seus olhos diziam tudo.
Payu: “Então, você vai comigo?”
Pai: “Eu vou.”
É claro, havia apenas uma resposta. Ele não sabia se iriam deixar uma pessoa desconhecida entrar ou não. Mas ele é destemido, então ninguém poderia expulsá-lo.
Obviamente, ele teve um golpe de sorte em que poderia ver o Nong Sky numa noite inesperada.
***
Em poucas horas, o céu irá se iluminar. Os calouros estão cantando enquanto os veteranos estão balançando a cabeça observando-os. Portanto, ninguém percebeu que o paciente que parecia bem mais cedo, está sentando num canto escuro com os braços cruzados.
Ele está inexpressivo, apenas com as bochechas pálicas e suadas. Ele ficou tonto por causa da febre.
“Eu preciso tomar meu remédio.”
Seu cérebro sussurrou para ele. Mas seu corpo se recusou a se mover, então ele apenas se virou e disse para si que ele só precisava descansar. Se ele pedisse aos seus amigos para trazer algum remédio, isso faria eles se preocuparem novamente. Ele pensou que iria apenas descansar um pouco até que ele mesmo tivesse forças o suficiente para pegar.
O show vai terminar em algumas horas de qualquer forma. Faltava apenas a última parte, a que deixa a impressão mais profunda nos calouros, que é quando eles amarram um fio no pulso dos calouros como se pedissem desculpas por tudo que tenha acontecido no passado. Em seguida, teria uma cerimônia de bençãos.
Ele conseguia imaginar a cena toda em sua cabeça, mas seu corpo protestava que era impossível continuar firme até o final.
Pai: “Você está se esforçando novamente?”
No meio de outro ataque de febre, os olhos de Sky se arregalaram em confusão vendo um rosto familiar sentado próximo dele e pressionando a mão na sua testa sem a sua permissão.
“P’Pai.”
Pai: “Fico feliz em ouvir você chamar meu nome hoje à noite.”
Sua boca era debochada, mas seus lindos olhos brilhavam em preocupação, não estavam brincalhões como o de costume.
Pai: “Você já tomou o seu remédio?”
Sky não contou aos seus amigos, mas quando seu cuidador perguntou, ele só teve que balançar a sua cabeça.
Pai: “Eu vou buscar para você.”
Sky: “Não deixe meus amigos saberem.”
Se seus amigos descobrissem, eles não teriam deixado-o ficar lá até o final. Isso fez Prapai ficar com uma cara séria, mas ele assentiu.
Pai: “Espere por mim.”
Após dizer isso, ele levantou e foi até o outro lado. Sky encarou as suas costas enquanto ele se afastava, então olhou ao seuredor e entendeu como P’Pai chegou ali quando viu P’Payu com Rain. Esse evento não é exatamente proibido para pessoas de fora. Ex-alunos viam todos os anos, então P’Pai deve ter seguido P’Payu.
Enquanto pensava nisso, ele inclinou a cabeça na parede para se certificar de que seu melhor amigo não pudesse ver o quão doente ele estava. Ele provavelmente ficará mais ocupado seguindo o seu namorado por aí ao invés de ficar lá dentro. Tanto os veteranos quanto os calouros já estavam começando a encará-lo.
Pai: “Tome o seu remédio primeiro.”
“Essa pessoa é tão incrível.”
O garoto podia sentir que vários olhos encaravam o Prapai com curiosidade. Mas aqueles olhos cor de mel estavam olhando apenas para o seu rosto afim de verificar se ele estava bem. Então ele entregou uma garrafa de água e uma cartela de remédios e o paciente não hesitou em tomar.
Pai: “Qual é o problema?”
Sky: “Nada. Eu vou ficar aqui até o fim.” Ele respondeu, fazendo o ouvinte franzir a testa por um segundo para sorrir logo em seguida.
Pai: “Sim, Sr. namorado, Sr!”
Sky sabia que ele estava provocando-o, mas o que ele quis dizer com “namorado?”
Pai: “Qual é, estou brincando. Não faça essa cara, você vai ficar com dor de cabeça. Só mais algumas horas até isso terminar, certo? Apoie-se em mim.”
Prapai empurrou a cabeça do garoto no seu ombro, mas Sky tentou se sentar direito. Esse não era o condomínio de P’Pai ou o quarto dele. Como ele poderia se sentar enquanto repousava a cabeça em seu ombro e na frente de tantas pessoas? Será que ele não tem um cérebro?
Pai: “Caso contrário, irei te levar pra casa.”
Sky estava prestes a perguntar que direito ele tinha de fazer isso, quando sua mão grande e grossa agarrou o seu ombro. Mas a razão principal do porquê o garoto não ter resistido foi provavelmente por causa da voz tensa que o acompanhou.
Pai: “Não faça eu me preocupar tanto assim.”
Ele deveria ter rebatido e cortado-o completamente, mas ao invés disso… ele estendeu a mão para agarrar a parte de trás da camisa do homem alto.
Sky: “Eu não estou vendo isso como uma piada.” O garoto sonolento sussurrou.
Pai: “Melhore logo e eu tentarei te fazer sorrir.”
Sky: “Não é engraçado”, disse o paciente secamente.
Phai: “Se eu não posso te fazer sorrir, eu acho que seria melhor fazer outra coisa, na verdade.”
Sky: “O quê?”
Dessa vez Prapai não respondeu. Ele apenas riu no seu ouvido, mas Sky não teve forças para perguntar. Ele ficou parado, fechou os olhos, e mergulhou em um sonho que tomou conta da sua consciência quando uma mão grande o acariciou.
Ele não tinha percebido que em apenas alguns dias recebendo esses cuidados, ele já estava ficando acostumado com esse tipo de toque físico. Ele se inclinou contra o corpo de Pai, tentando acalmar seu coração.
Sky murmurou inconscientemente.
Sky: “Obrigado por ter vindo me ver. Obrigado por cuidar de mim.”
Ele não percebeu que essas frases fizeram com que o cara fofo olhasse para ele com olhos ternos. A inquietação que ele sentia anteriormente agora foi substituída por um calor escaldante em seu peito, enquanto observava o garoto inclinar o pescoço branco na sua direção. Então Prapai sussurrou para a pessoa que estava dormindo inclinada nele:
Pai: “Faremos isso ser real, certo?
“Fazer Sky ser o meu namorado”, Prapai pensou enquanto apertava involuntareamente o corpo do paciente.
***