Love Sky - Capítulo 05
Na escuridão que o cercava, o garoto se sentia sufocado, enquanto sentia uma mão áspera acariciar todo o seu corpo. Ele se sentia imundo e enojado, mas não havia nada que pudesse fazer, exceto puxar todo o ar para preencher os seus pulmões, como se fosse uma pessoa se afogando, tentando encontrar a última corda salva-vidas.
— Não! Não! Por favor, me deixe acordar!
Sky murmurava, ele ainda podia sentir a dor de ter o seu coração esfaqueado, e soluçava sem parar.
— Já chega! Para! Estou te implorando! Eu te darei o que você quiser, eu desisto! Me solte! Não! Não, não!
O menino que estava deitado na cama, se levantou e se sentou, tinha suor espalhado por todo o corpo. Seus olhos se arregalaram, como se ele tivesse acabado de ver um fantasma. Sua respiração ofegante estava tão alta que era o único som que podia ser ouvido em todo o quarto. Sky só podia levantar os braços para se abraçar, fechando os olhos para recuperar a consciência após o pesadelo.
— Não, foi só um sonho, apenas um sonho.
Sky balançou freneticamente a cabeça por um tempo, antes da sua respiração normalizar. Ele acariciou o seu rosto, depois percorreu por todo o caminho até a chegar na parte de trás do seu cabelo úmido, exibia uma expressão assustadora em seus olhos.
[Ding]
De repente, o telefone tocou e Sky se assustou, mas ele se esforçou para alcançá-lo, segurou o telefone e descobriu que era apenas uma mensagem de um dos veteranos.
Amanhã todos do conselho estudantil participarão de uma reunião que durará a tarde inteira. O professor havia ligado para dizer que os pais dos estudantes estavam incomodados com a atividade do último dia. Eles não queriam que os Nongs ficassem curtindo a noite toda. Eles vão conversar um pouco mais sobre como resolver essa situação. Ap, um veterano do terceiro ano, deixou uma mensagem. Os estudantes de arquitetura que ainda não tinham ido dormir, por volta das 4 horas da manhã, se mobilizaram e despejaram várias mensagens raivosas no grupo, perguntando quem eram os pais que disseram isso, já que eles já fizeram várias preparações. Essa é uma tradição que havia sido passada de geração em geração. Até que um veterano disse que iria ajudar a conversar com o professor para que o evento não fosse cancelado, então as coisas finalmente se aquietaram.
Sky respirou fundo, o pesadelo desaparecia lentamente. Ele sabe que de amanhã em diante terá que trabalhar duro, pois terá várias reuniões para organizar e garantir que todos ficarão satisfeitos.
Não importa o que acontecesse, ele era uma das pessoas que queria fazer a noite de orientação, porque no ano anterior, quando ele ingressou como calouro, ele ficou tão impressionado que queria compartilhar essa experiência marcante com os estudantes da nova geração.
— Eu acho que não vou conseguir voltar a dormir! Sky murmurou, levantou da cama e foi logo terminar as suas atividades pendentes. Ele precisava participar das reuniões, entregar as suas avaliações e ir assistir a prática de orientação dos Nongs…
Naphon começou a sentir que o seu corpo estava mais pesado. Ele achou que era apenas fadiga, então não voltou a dormir, apenas continuou com as suas atribuições até de manhã, depois foi para a aula.
***
— 6.
Sky viu aquela número no trabalho de inglês e quase derrubou o papel. A avaliação que ele tinha feito recebeu a nota 6. Apesar de quase metade da turma ter recebido a mesma nota, e algumas até menos, Naphon nunca tinha recebido uma nota tão baixa desde que ele havia entrado na faculdade. Sem mencionar que ele trabalhou duro até a exaustão. Não só ele tinha recebido uma nota baixa na matéria, como ele não conseguia responder as perguntas do professor sobre a sua avaliação.
Rain: “Eu consegui uma nota um pouco melhor do que a sua.”
Sky quase o repreendeu. Se ele não consegue consolá-lo, então é melhor nem tentar. Especialmente quando ele conseguiu um razoável 7 (Ele deve ter recebido alguma ajuda). Rain aprende devagar, então precisaria ficar várias noites sem dormir para conseguir terminar as atividades da matéria. E isso também virou um problema do Naphon, porque Rain sempre o estimula a acordá-lo. Apesar de ele se sentir aliviado, porque agora é o P’Payu quem o acorda e ajuda nas avaliações. Porém ele ainda não está satisfeito com o resultado e não sabe como resolver isso.
— Certo, me sairei melhor da próxima vez.
Embora seu cérebro não conseguisse descobrir o que ele havia feito de errado, ele ainda manteve o seu espírito elevado.
— Oh, vamos fazer o próximo trabalho juntos, porque o prazo já é para a próxima semana! Rain disse horrorizado.
Fazia apenas duas semanas que o novo semestre tinha começado, mas os estudantes de todos os períodos reclamavam diariamente porque estavam se sentindo sobrecarregados com as avaliações que continuam atingindo-os como se fossem ondas de tsunami.
Algumas pessoas que namoravam se sentiam felizes porque pelo menos tinham alguém esperando por elas e levando comidas e bebidas. Mas o veterano só podia rir e dizer que se eles achavam que tinham sorte, deveriam esperar até o mês seguinte. Quem iria querer um namorado (a) que nem tinha tempo para ler as mensagens no Line?
Até mesmo Sky não tinha bloqueado o número de Pai antes porque não tinha tido tempo para parar e ler as mensagens na tela.
E como isso já não fosse ruim o suficiente, é ainda pior para uma pessoa ativa como Sky, já que ele era responsável por assistir as práticas dos calouros. Então ao invés de ter tempo para relaxar, trabalhar e estudar, ele tem que ficar até tarde para se reunir com os veteranos, que também não estavam com uma aparência melhor do que a dele.
Depois ele ainda tem que voltar para o quarto para fazer as atividades todas as noites, e quando ele finalmentee vai pra cama, ao invés de ter uma boa noite de sono, ele ainda tem pesadelos que assombram-o há um tempo. Até uma pessoa calma como ele já não estava tão legal quanto antes.
Cansado… esssa palavra poderia resumir perfeitamente como ele tem se sentido nesses últimos dias.
***
Rain: “Você está indo pra onde?”
Sky: “Os veteranos do 3° ano estão me chamando.”
Rain: “Certo, Vamos lá.”
Até numa tarde agitada, o garoto que estava sentado no meio do dormitório bagunçado, cortando moldes com seu melhor amigo, ainda é chamado pelos veteranos para trocar de roupa e vestir algo casual. Ele pediu para que o esperasse no carro para a universidade. As críticas do professor ainda estavam pairando sobre a cabeça de Sky, ele estava andando distraído, até que esbarrou em alguém…
Som: “Sky!”
O dono do nome virou rapidamente para ver se era o estudante do 5° ano… P’Som.
Sky: “Olá, P’Som.”
Som: “É bom te ver. O que andam ensinando aos calouros? Eles não sabem como repeitar os veteranos!”
Sky ainda nem tinha abaixado as suas mãos após fazer um wai (saudação tailandesa em que se levanta e junta as mãos em direção ao rosto), quando o sênior explosivo de sempre, que é ainda mais bonito do que Rain, começou a confrontá-lo, fazendo-o franzir a testa.
Som: “Não só eles não levantaram as mãos para demonstrar algum tipo de respeito por mim, como também esbarraram em mim e eu quase caí, mas não fizeram um mísero pedido de desculpas. Mas que porra vocês andam ensinando a esses pirralhos?!”
A universidade não exige que todos os juniors participem das atividades de calouros, as participações são todas voluntárias. Mas tem sido uma tradição que todo estudante novato aprendesse sobre a hierarquia entre um sênior e um junior, especialmente sobre respeitar os mais velhos. E essa é apenas a 3° semana. Não é de se espantar que os veteranos estão furiosos.
Mas Sky não é responsável por ensinar isso aos Nongs. Essa é uma responsabilidade dos estudantes do 3° ano. E mesmo que os alunos do 2° ano fossem mentores dos calouros, Sky nunca tinha parado em frente a sala de prática da orientação, nem ao menos uma vez. P’Som está tentando implicar com ele?
Sky: “Errr, eu acho…”
Sig: “P’Som, eles devem ter pensado que você tinha a mesma idade deles.”
Sky não é o tipo de pessoa que poderia falar de maneira bajuladora assim. Essa era uma terceira pessoa que havia surgido do corredor e estava com olhos sorridentes.
Som: “Sig!” P’Som murmurou.
Sig: “Sim, senhor! Sigman se apresentando para o trabalho, senhor!”
O lindo estudante do 2° ano levantou as mãos para cumprimentá-lo de maneira brincalhona.
Sig: “Eu te ouvi em alto e bom som, mestre Som. Oh, você é tão pequeno que está perdendo o equilíbrio. Você se machucou? Eu devo te levar ao hospital? Alguém tão fofo quanto você, eu devo ser capaz de te carregar sem muito esforço.”
Os olhos do homem mais velho brilhavam como os de um tigre, ele fingiu que estava prestes a dar um tapa no rosto do garoto bonito.
Som: “Você quer que eu bata em você, não quer?”
Sig: “Eu não quero, você não pode só dar um beijo na minha bochecha?”
Som: “Babaca!”
Som realmente tinha esquecido daquele problema graças ao comportamento de Sig, ele rapidamente se virou e foi embora. Sig virou em direção a Sky e sorriu.
Sig: “Tome cuidado, você é o melhor amigo de Rain. Até Rain já foi repreendido. Agora estou indo embora. Irei provocá-lo de novo.”
Então se virou rapidamente e correu atrás do veterano, enquanto gritava ao mesmo tempo:
Sig: “Você está indo pra onde com tanta pressa? Eu sou o líder do 2° ano. Você pode descarregar a sua raiva em mim. Agora me dê um ano de detenção.”
Ambos desapareceram do seu campo de visão, deixando Sky suspirar de exaustão. Ele levantou o braço e esfregou a testa com raiva.
Sky está disposto a assumir o seu cargo no clube do 2° ano, mas agora ele está pensando no rosto de quem não deveria… enfim!
Sky: “Hmm, por que a minha vida está assim?”
Sua vida estava piorando nesses últimos dias.
“Não me diga que isso tudo é por causa do gigante negro que levou toda a minha boa sorte”.
O garoto espantou os seus pensamentos e disse a si mesmo que iria repetir o que ouviu do P’Som para os veteranos do 3° ano. Embora Naphon agisse como se não pensasse muito nas coisas, o menino que completou 19 anos há alguns meses, tinha muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo.
“Isso irá acabar logo. Não tem como as coisas pioraram.”
Em comparação com o que ele vem passando atualmente, tirar uma nota ruim, ser criticado pelos professores, sofrer bullying do veterano, essas coisas não são nada para ele.
***
Ao menos isso era o que ele pensava na semana passada. Mas vendo a sua nota na avaliação dessa semana…
— 4.
Dessa vez, nem Rain soube o que fazer para consolá-lo, porque ele malmente estava aguentando e quase não conseguia entregar a avaliação a tempo. Além disso, eles quase interromperam as atividades de orientação dos calouros. Apesar de Sky não ajudar a cuidar dos Nongs publicamente, têm muitas papeladas nos bastidores que precisam ser resolvidas. Ele precisa ficar a noite toda porque havia prometido que faria isso e ele não é uma pessoa irresponsável. Mas ainda assim, nada poderia machucá-lo mais do que… o pesadelo. Desde o dia em que Rain perguntou sobre o seu ex, Sky continuou tendo o mesmo pesadelo.
— Droga!
Não é de se admirar que Naphon não estava mais aguentando. Até que numa manhã ele acordou com vários sintomas gripais. Naphon sabia que ele deveria estar doente. Mas hoje tem uma aula que ele não pode faltar. Ele não poderia apenas ficar dormindo na cama, então ele foi se arrastando para o banheiro e deixou a água escorrer, se arrumou e saiu do quarto, até encontrar uma sacola com o café da manhã de um restaurante famoso perto de Yawarat, pendurado na sua porta. O cheiro da sacola fez Sky morder os lábios com força.
— De novo? Você está me dando isso todas as manhãs. Se você tem tanto tempo livre, por que não me ajuda logo com as minhas atividades?
Sky disse com uma voz rouca, porque há vários dias da semana sempre tem um presentinho, como doces ou comidas pendurado na frente ao seu quarto. Não precisa dizer, ele sabia exatamente quem estava enviando isso para ele, e ele ficou com inveja pelo outro ter tanto tempo livre, o que o deixou ainda mais frustrado.
O cara que foi até Rain para conta sobre eles. O cara que deve ser o culpado, porque isso fez com que seu amigo perguntasse sobre seu ex. Então, ele precisa ser tão fraco? E também…
— Quando é que você vai se cansar de mim?
Sky não está tentando brincar com ele. E nem é gentil o suficiente para isso. Mas ele sabia que homens como Prapai se entediam facilmente, e foi por isso que Prapai o procurou. Então por que ele iria concordar em se machucar? Não seria melhor nem começar algo para que ele não precise ver como isso vai terminar?
Então o garoto levou a sacola com o mingau para o térreo, depois foi até a lateral do prédio e despejou todo o conteúdo da sacola para os 3 cachorrinhos e a mãe deles, que correram enquanto abanavam o rabo.
É um desperdício jogar a comida fora, por isso que é melhor dar para os cachorrinhos.
Em seguida, ele alongou o seu corpo cansado e foi para a universidade, ignorando o telefone vibrando com uma mensagem recebida.
“…Pense sobre isso…”
***
Rain: “Sky, você está bem?”
Sky: “Você está agindo como se nunca tivesse visto ninguém nessa faculdade nesta condição.”
Rain poderia ter visto vários mortos-vivos, porque quanto mais eles estudam, piores serão as suas aparências, incluindo a dele mesmo. Mas seu melhor amigo estava em uma condição ainda pior. Talvez seja por causa das manchas escuras embaixo dos seus olhos, ou os olhos vermelhos que faziam com que ele parecesse com uma pessoa doente, ou o rosto pálido que dava a impressão de que ele havia perdido muito sangue, ou seus lábios secos e rachados, ou ainda o cabelo bagunçado, igual ao de alguém que não se preocupa consigo mesmo. Sem mencionar o quão ocupado ele tem estado, seja por causa dos estudos ou pelas outras atividades.
Ele estava se perguntando como poderia ajudá-lo, quando ele mal estava conseguindo dar conta.
Ele não é como P’Payu que se destaca nas atividades acadêmicas e em outras áreas, certo? Esse cara é tão incrível que ele tem tempo para ir as aulas, fazer as atividades, e ainda sobra tempo para os seus hobbies. Dizem que ele tão inteligente quanto o lorde das tempestades, e é respeitado por todos. A princípio, Rain poderia argumentar que seu melhor amigo é tão maravilhoso quanto ele. Mas agora ele não tem mais tanta certeza se Sky pode fazer isso.
“Por ora, vamos levar Sky para o caminho certo.”
Rain: “Sim, mas a sua condição parece…”
Sky: “Nojenta.”, ele continuou com a voz rouca.
Rain: “Não é pra tanto. Mas eu acho que seria melhor se você passasse a noite no seu dormitório e dormisse um pouco. Daqui a pouco vou te levar pra casa.”
Apesar de Rain ainda estar curiso em relação a P’Prapai e o ex que fez seu amigo ficar com um sintoma esquisito, agora ele está preocupado com a pessoa que malmente conseguia manter os olhos abertos.
Sky: “Não, eu tenho uma reunião sobre a atividade do último dia dos calouros, eu preciso estar presente, e eu ainda não terminei o meu trabalho.”
Naphon murmurou, sua voz desaparecia de vez em quando, então ele balançou a cabeça com força.
Sky: “Não se preocupe. Eu irei me sentir melhor quando a noite da orientação dos calouros terminar.”
Rain: “Como eu posso não me preocupar com você?! Ei, você está com febre!”
Rain levantou a sua mão, mas Sky a afastou.
Sky: “Shhh, não grite, minha cabeça está doendo.”
Rain: “Você já tomou o remédio?”
O amigo baixinho diminuiu o tom de voz e perguntou novamente se ele já havia tomado o analgésico ou não, então se virou e tocou na testa do seu melhor amigo. Sky não levantou a cabeça, ele apenas assentiu para assegurá-lo de que tomou o remédio e disse para ele se acalmar:
Sky: “Eu vou melhorar logo.”
Logo após Naphon dizer isso, o professor entrou na sala de aula, então Rain parou de perguntar. Mas ele não se esqueceu de observar atentamente a pessoa ao seu lado o tempo todo. Esse foi o garoto que disse que estava bem? Porque não só a pele dele estava vermelha, como também escorria suor ao redor da sua testa. Sua mão agarrou a jaqueta na área do peito com força. Não importa como você veja, ele parecia doente.
Rain: “Tem certeza de que você está bem?”
Sky: “Hm.”
Rain continuou perguntando de vez em quando. Ele percebeu que seu amigo parecia tonto e desorientado, os seus olhos malmente se mantinham abertos.
Ele hesita em saber se precisa pedir permissão ao professor para levá-lo ao médico ou não, mas tenta se manter calmo até a aula acabar. Assim que o professor saiu da sala, ele se apressou em agarrar o braço do seu amigo e percebeu que a pessoa que disse que tomou o remédio estava queimando de febre. Seus olhos se arregalaram.
Rain: “Vamos para o hospital.”
Sky: “Não, eu não vou chegar a tempo da próxima reunião.”
Rain: “Não seja teimoso. Nessa condição você não será capaz de fazer nada! Sig, venha me ajudar a apoiar Sky. Eu não consigo fazer isso sozinho!”
Rain não hesitou em chamar o seu outro amigo, que apareceu, mas estava confuso. Quando o garoto bonito segurou o outro braço de Sky, seus olhos também se arregalaram.
Sig: “Está tão quente, como você conseguiu sentar aqui e estudar?”
Sky: “Isso não é nada. Vocês podem parar de entrar em pânico?”
Sky disse e fez biquinho, porque barulhos altos faziam a sua cabeça doer. Ele afastou os braços dos dois amigos e ele pegou suas coisas.
Em seguida, o seu corpo caiu na mesa que estava na sua frente. Agora não era apenas as mãos de Rain e Sig que estavam segurando-o, os outros amigos também tentaram ajudar a pessoa que disse que precisava se encontrar com os veteranos.
Eles não tinham certeza se era porque ele não conseguia mais ficar em pé ou talvez fosse por causa da febre, mas eles ajudaram Rain a carregá-lo até o carro, depois Sky levado ao hospital.
No hospital, o médico deu duas injeções no garoto teimoso que insistia que estava bem!
***
Apesar de Prapai não ter planejado ficar longe do garoto frio, ele não é mais um jovem estudante que tem todo o tempo do mundo para brincar. Isso é porque ele está trabalhando na empresa do pai que produz máquinas, e há uma fábrica independente em uma outra cidade.
Então ele andava ocupado com essa fábrica desde a semana passada, ele tinha acabado de voltar para Bankok nessa manhã.
Inicialmente, Prapai iria entregar o presente a Sky pessoalmente. Mas na semana passada, ele teve que pedir para outra pessoa entregar a P’Joy, para que ela pudesse repassar para Sky. Então agora ele estava sentindo muita saudade de Sky.
Quando tentou ligar pra ele, a ligação não completou, logo, não precisava dizer que o número dele havia sido bloqueado.
— Quanto mais você resistir, mais eu irei sentir vontade de te amaciar, sabia?
Disse o jovem com o coração alegre, porque hoje ele passaria um tempo em frente ao dormitório do garoto frio.
As pessoas costumam dizer “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”. Em qual linguagem ele seria capaz de amaciar o coração de Sky?
“E eu quero apertar aquela bunda macia!”
Sky pode não ser a pessoa mais bonita que ele já conheceu, mas Prapai tem certeza de que a sua bunda grande, firme e frágil parecia melhor do que a de qualquer outra que ele havia tocado. Tanto que pediu para que ele tirasse logo as suas roupas.
Nem seu irmão mais novo, que é cosmicamente fofo, se comparava com ele. Embora ele não quisesse que o seu irmão fosse uma esposa também. Só em pensar nisso ele já fica com dor de cabeça. Diferente da pessoa calma e fria que é muito mais interessante. Toda vez que ele está livre, sua mente vagueia o tempo todo pensando naquele Skyzinho.
“Você não me insulta há mais de duas semanas, não é?”
— Qual é a expressão que ele vai fazer hoje?
Só em pensar sobre isso, Prapai fica com vontade de sair do trabalho o mais rápido que puder. Mas por enquanto, tudo que ele pode fazer é pegar o novo celular que ele comprou exclusivamente para esse propósito e escrever uma mensagem.
[…Sky, está tudo bem com você? Estou com saudades…]
Quando o seu número antigo foi bloqueado, ele comprou um chip novo para enviar uma mensagem.
Embora Pai tenha enviado uma mensagem escrito “Estou com saudades”, ninguém iria ler. Então ele guardou o telefone no bolso e começou a trabalhar. Porque apesar dele ser o filho do presidente, seu pai nunca disse que continuaria dando dinheiro se ele não estivesse trabalhando.
“Hoje em dia, eu tenho que trabalhar ainda mais para poder ganhar dinheiro para poder comprar os presentes e pendurar na porta dele”, ele pensou em deleite.
Após um tempo, Prapai viu que a mensagem que ele enviou foi aberta pela primeira vez. Alguém leu. Ele estava ainda mais surpreso quando o telefone, que ele havia comprado unicamente para flerta com o garoto, começou a tocar. Ele quase derrubou o telefone da sua mão, porque a única pessoa que poderia ligar para aquele número era… Nong Sky.
Pai: “Oi, eu senti tanto a sua falta.”
Ele rapidamente ajustou o tom de voz quando atendeu o telefone com um sorriso no rosto, mas…
Rain: “P’Pai? É o Rain.”
Seu sorriso desapareceu de repente.
Pai: “Nong Rain, por que você está usando esse telefone para me ligar?”
Após um tempo, ele se perguntava por que a pessoa que ligava daquele celular era o namorado do seu amigo? Porque o identificador de chamadas claramente dizia “Nong Sky”, e mesmo que ele não tivesse salvo o contato, ele conhecia aqueles 10 dígitos de cabeça.
Rain: “Esse é o telefone de Sky.”
E é exatamente por esse motivo que ele estava perguntando o motivo para Rain estar com aquele telefone.
Rain: “Eu quis dizer que agora estou aqui com Sky, Phi. Eu não sei o que fazer e eu vi a mensagem que você enviou, então liguei para você. Você está livre agora?”
Prapai poderia jurar que ele era um cara inteligente, mas ele ainda não conseguia entender o que o namorado do seu amigo estava tentando dizer. Mas ainda assim, respondeu:
Pai: “Eu sairei do trabalho daqui a uma hora, então estarei livre.”
Rain: “Então hoje você está livre? Eu sei que é um trabalho para você, mas se eu tivesse trazido minha atividade comigo, eu não estaria te incomodando. Mas eu a deixei em casa e ainda não finalizei. Enfim, essa noite eu preciso voltar para a casa de P’Payu para finalizar e…”
Pai: “Pare!”
Antes de deixar o garoto continuar divagando, Pai o parou primeiro e fez uma sugestão enquanto sorria:
Pai: “Por favor, se recomponha para que eu possa entender direito o que está acontecendo. Honestamente, eu não estou entendendo o que você está falando.”
Rain: “É só que…”
A pessoa do outro lado da linha ficou em silêncio por um tempo, então ele disse algumas palavras que fizeram Pai levantar da cadeira:
Rain: “Sky está muito doente. Ele desmaiou na sala, P’Pai.”
Pai: “O que foi que você disse?!!!”
Rain: “Ele não estava se sentindo muito bem, Phi. Ele estava com uma febre alta, mas ainda tentou aguentar, até que desmaiou no meio da sala de aula.”
Pai: “Onde é que você está agora?”
Rain: “Estou com ele no quarto dele.”
Pai: “Espere por mim, estou chegando.”
Rain: “Ei, alô?!”
Prapai não se importou com o argumento do seu chefe de que ele seria demitido se saísse do trabalho mais cedo, ele conseguiu juntar todos os documentos e os enfiou na pasta, dizendo ao seu chefe que ele precisava ir embora por causa de uma emergência, o seu namorado estava doente.
Ele foi até o estacionamento onde seu carro estava, em meio as reclamações do seu superior. Contudo, ninguém iria demitir o filho do presidente.
Nesse momento, o jovem não conseguia pensar no fato de que um caçador de diversões como ele estava correndo atrás de Sky, a pessoa que ele queria como namorado, de forma descarada. Ele estava impaciente demais para pensar nessas coisas. Durante os dias de semana, Prapai raramente pilota na sua moto gigante. Então hoje ele perdeu muito mais tempo nas ruas, preso no engarrafamento, até que finalmente chegou ao dormitório que ele visitou inúmeras vezes.
Mas dessa vez o jovem não veio para exibir o seu charme. Ele está aqui para cuidar de uma pessoa doente no quarto dela. Então sua mão segurou o telefone no seu bolso e ligou para a pessoa que ele veio atrás.
Rain: “Sim, Phi.”
Pai: “Qual é o quarto que você está?”
Rain: “309, no final do corredor do 3° andar.”
Rain sempre ficou quieto quando o assunto era Sky. Só que dessa vez ele realmente queria dar-lhe a informação facilmente. Então o jovem deu passos largos até o 3° andar. Só em pensar no garoto doente já o deixava agitado. Ainda mais quando ouviu que ele tinha desmaiado no meio da sala de aula. Honestamente, ele só quer ver com os próprios olhos que ele está bem.
Quando ele chegou no 3° andar, não precisou desperdiçar um segundo para procurar pelo quarto, porque Rain já estava em pé e acenando no final do corredor, do outro lado.
Pai: “Cadê Sky?”
Rain: “Ei, Phi, me ouça!”
Quando ele tentou abrir a porta, Rain agarrou a parte de trás da sua camisa.
Rain: “Ele está dormindo. Vamos conversar no corredor primeiro.”
Prapai se virou para olhar para ele, e usou os olhos ao invés de perguntar, para fazer com que Rain começasse a sua explicação.
Rain: “Como eu te falei, ele está com uma febre alta. Nessa manhã, eu sabia que ele estava mau, mas ele tentou suportar e me disse que estava tudo bem, até ele desmaiar e nós termos que carregá-lo até o hospital. O médico queria internar ele, mas o bastardo se recusou e disse que ainda não tinha terminado o seu trabalho. Finalmente deram as injeções e ele voltou para casa para dormir. Eu queria ligar para os pais dele, mas ele se recusou. Os pais dele são divorciados. Sua mãe mora no exterior e seu pai mora em Lop buri. Ele não queria contar isso para que eles não ficassem preocupados.”
Rain contou para ele com uma expressão embaraçosa. Não porque ele mencionou todas as informações que guardou para si, mas porque ele está mais preocupado com a pessoa no quarto.
Rain: “Meu amigo já explicou para o professor e ele recebeu o atestado médico, então poderá enviar a avaliação depois. Mas eu não posso. Eu preciso pegar a atividade que eu deixei em casa e finalizar na casa de P’Payu. Se eu dirigir para lá e pra cá, não sei se conseguirei terminar a tempo, mas eu não quero que ele fique sozinho.”
Agora Prapai estava entendendo o que estava acontecendo.
Pai: “Rain, você quer que eu cuide dele?”
Apesar de Rain estar hesitante, no final ele assentiu com um sentimento de culpa.
Pai: “Quando é a próxima dose?”
Ele não ligou quando ele perguntou:
Rain: “De manhã. O médico já deu um remédio para abaixar a febre.”
Pai: “Certo, então eu irei cuidar dele, Rain. Apenas volte e termine o seu trabalho.”
Assim que ele concordou, Rain sorriu aliviado e retirou as chaves do bolso. Mas antes de entregá-las, parou de repente.
Rain: “Eu posso confiar em você?”
Rain semicerrou os olhos como se estivesse observando através do buraco da fechadura. Ele estava tão preocupado que Rain quase pegou as chaves de volta.
Pai: “Mas é claro.”
O menor ainda não tinha entregado as chaves e continuou semicerrando os olhos.
Pai: “Eu achei que você estava com pressa. Vá logo e termine o seu trabalho. Se você continuar parado assim, você não conseguirá terminar. O engarrafamento lá fora está ruim, seu carro pode ficar preso no trânsito também.”
O jovem continuou falando e sorrindo.
Rain: “Me prometa que você não fará nada com o meu amigo.”
Pai: “Se você não acredita em mim, você pode pedir para alguém vir aqui para checar a febre dele.”
O homem alto disse em um tom sincero, mas aquele que o ouviu abriu a boca:
Rain: “Onde é que eu conseguiria encontrar outra pessoa?”
Pai: “Então você ainda está duvidando de mim?”. Disse o homem com uma cara inocente, até que Rain finalmente concordou em entregar as chaves pra ele.
Rain: “Ele vai me matar quando acordar.”
Prapai viu as chaves com satisfação. Ele levantou a cabeça para olhar nos olhos de Rain, que ainda olhava para ele com um olhar acusador. Então ele não hesitou em dizer:
Pai: “Eu prometo que não vou fazer nada com o seu amigo.”
“Hmmm?”
Rain ainda estava surpreso com o que Pai disse. Sua presa estava deitada na cama perto dele e não tem força o sufiente para expulsá-lo. Por que Pai disse algo que praticamente o prenderia na cadeia? Talvez ele não seja tão ruim a ponto de atacar uma pessoa doente e fazer dela a sua esposa. Ao poucos, quando Sky for começando a melhorar, ele poderá ver que ele não é uma pessoa tão ruim assim. Agora é a hora de cuidar da pessoa doente… você prometeu.
O olhar sério no rosto de Rain suavizou.
Rain: “Hmmm, me ligue quando ele acordar, P’Pai.”
O garoto suspirou, olhou para ele e andou em direção as escadas, então virou-se algumas vezes para ver Prapai, sorrindo.
Quando ele sumiu de vista, o seu sorriso desapareceu, ele não desperdiçou mais nenhum segundo para virar-se rapidamente e abrir a porta.
O quarto de Sky é bem espaçoso, mas bagunçado, apesar dessa não ser a maior preocupação de Pai no momento.
Pai correu apressadamente até a cama grande onde a pessoa doente estava dormindo e parou, ele não tinha percebido que na sua ausência durante essas últimas duas semanas Sky já estava nessa condição. Seu rosto pálido e seus lábios rachados pareciam exatamente com os de uma pessoa doente. O homem alto deitou ao lado dele, levantando a mão para acariciar suaveemente a sua bochecha.
Seu corpo não estava tão quente quanto Rain disse, mas sua pele vermelha o deixou preocupado.
Prapai não sabia o que exatamente estava o incomodando. Ele só… não queria ver aquele garoto doente.
Pai: “Hmmm, você me deixou tão preocupado. Acorde e me deixe te punir.”
Embora ainda estivesse preocupado, quando ele viu que Sky não estava ferido em nenhum lugar, com exceção da testa franzida e o do estremecimento de dor, Pai suspirou aliviado e sorriu levemente, movendo a mão para acariciar suavemente o cabelo úmido de suor de Sky.
Pai: “Espera, deixe-me te limpar.”
Dessa vez, Prapai jurou que não tinha um motivo oculto além de querer cuidar da pessoa suada deitada na cama.
Antes que pudesse se levantar, ele sentiu um puxão na parte de trás da sua camisa, de modo que teve que se virar para ver o que era.
Então ele viu aqueles olhos pretos escuros, e os lábios rachados sussurraram as palavras que fizeram o seu coração acelerar:
Sky: “Não vá… Não me deixe.”
***