Capítulo 12 – Humor Ansioso

• Tradução: Mananan
• Revisão: Mananan

Ed passou a noite inteira na sala, cercado de fumaça. De manhã cedo, Matthew se levantou e viu que a pessoa que deveria estar dormindo estava sentada no sofá como uma estátua. Ele se apressou e falou sobre os perigos de ficar acordado até tarde e fumar. Ed assentiu distraidamente. Ele não pretendia subir para dormir. Perguntou cuidadosamente: “Você… Há algum conflito com Lorde Augus?”

Originalmente, de acordo com a identidade de Augus, as pessoas do lado imperial estavam muito confusas sobre como chamá-lo. Era realmente desrespeitoso chamá-lo diretamente pelo nome. Deveriam chamá-lo de major-general? Mas ele não era um major-general do Império. Começaram a chamá-lo como qualquer outro adulto após o comando de Ed.

“… Não.” A voz de Ed estava um pouco rouca, e ele amassou metade do cigarro que tinha na mão no cinzeiro.

Matthew ignorou completamente a negação, como se achasse que Ed estava apenas chateado, e continuou a aconselhar: “Você deveria se lembrar de que o mestre e a esposa sempre brigavam antes, mas sempre se reconciliavam logo. Ninguém nunca tem um temperamento ruim, só…”

“Não fale deles.” Ed balançou a cabeça e fez um gesto para Matthew não dizer nada. “Não foi bem uma briga. É… algo a ver com o Império.”

Matthew decidiu não dar ouvidos à sua tagarelice. Teve que recuar e mandar a cozinha preparar o café da manhã. Ele disse: “Você não estava assim antes, como o Império é grande…”

Durante o café da manhã, Ed recebeu um olhar confuso. Augus também parecia normal. Ele não perguntou sobre os eventos da noite anterior. Além disso, a equipe era competente, agindo como se estivesse se misturando ao ambiente. Este café da manhã não poderia ser mais normal, exceto pelo silêncio estranho da sala. Ed ficou tão chateado que foi para o quartel depois.

A princípio, ele queria levar Augus para casa pela manhã. Afinal, estava um pouco incomodado por não haver proibição na velha casa. Mas agora, depois desse incidente, simplesmente não deu importância e deixou Augus ficar na velha casa. Independentemente de ser proibido ou não, se Augus quisesse fugir, podia fugir, o que era melhor do que sua obediência exagerada.

“Ei, general, por que você está com essa cara tão feia?” Johnny, que por acaso entrou no elevador com Ed, ficou surpreso com a aparência dele. Achava que não havia nada com que se preocupar no quartel e perguntou em voz baixa perto dele: “Você está apaixonado?”

“Vai se foder.” Ed não o empurrou.

Johnny estalou a língua, sabendo que Ed estava realmente de mau humor, e se afastou racionalmente.

Então, aqueles que entraram e saíram hoje sabiam que o general estava de mau humor e avisaram a todos para tentarem evitar aparecer na frente dele, ou estariam apenas pedindo para morrer.

Alfred soube o que estava acontecendo assim que ouviu. Foi até o escritório de Ed e o visitou. Ao entrar, viu Ed olhando fixamente para a tela de luz. Nela, havia informações sobre os planetas atacados no dia anterior e o status das estrelas próximas.

“Alguma novidade?” Quando Ed viu que Alfred estava chegando, ele de repente ficou nervoso.

“Não, eu só estou aqui por me importar com você. Você não quer ser um soldado em qualquer lugar?”

Ao ouvir isso, Ed pareceu não ter interesse em conversar. Sentou-se novamente e olhou para a tela de luz. “O que você acha disso? O departamento de defesa da fronteira enviou mais pessoas para lá. A terceira equipe também está a caminho. A situação da guerra lá não tem nada a ver conosco no momento.” Ed suspirou: “Ontem à noite, pensei que, se o lado da União realmente viesse negociar, eu me candidataria para ir até a fronteira.”

Alfred ficou chocado por um momento, e então entendeu por que Ed teria tal pensamento: “E você? Está mesmo preso?”

Ed não disse nada sobre isso, mas respondeu: “Quanto a mim, não quero ter nenhuma comunicação cara a cara com a União no futuro”.

“Você já pensou que, como Augus agora é um ômega, mesmo que volte para a União, ele não poderá continuar lutando como major-general? No máximo, ele só poderá ser um civil.”

“Eu pensei nisso”, Ed se virou para olhar Alfred cuidadosamente, “mas não quero vê-lo novamente, mesmo que seja possível.”

Não quero vê-lo com o uniforme da União, parado oposto a mim, com a mesma expressão indiferente no rosto.

“Não tenho ninguém na minha família, é a mesmo para todas as coisas.” Ed transferiu mais algumas informações sobre as principais estrelas.

“Bem, você ainda tem um lar aqui. Acalme-se.”

“Se é isso que se chama de lar. A única coisa que tenho é, na melhor das hipóteses, uma casa. Depois disso, posso ser um aristocrata dedicado e, então, posso levar a pilha de coisas que meus pais deixaram para trás para morar lá por um longo tempo.”

Alfred demorou muito para recuperar o atraso depois de ouvir essa série de planos. “Você… Que noite!”

Ed deu um sorriso irônico e disse para si mesmo: “Sim, é como desertores. Não acho que o inimigo tenha me levado a sério.”

“É difícil lidar com esta situação. Não pense nisso. Deixe estar.” Alfred frequentemente via Ed assim. Ele não conseguia fazer nada além de confortá-lo. Ed estava obviamente apaixonado por Augus.

O que Félix fez?

A captura de Augus não havia sido divulgada. Os envolvidos na transformação podiam ser contados nos dedos de uma mão. Com exceção de Alfred, outras pessoas não sabiam como Ed estava ultimamente. Assim que mudava de humor, ele explodia. Depois de voltar para casa à noite, Ed fingia ser uma pessoa normal e não queria que Augus percebesse sua anormalidade.

“Ah, ah, não!”

Devido aos empurrões bruscos de Ed, as pernas de Augus tremiam. Nesse momento, a parte superior do seu corpo estava pressionada contra a pia de mármore e seu abdômen estava frio. Ed o segurou por trás, lambendo e mordendo a glândula na parte de trás do seu pescoço.

“Por que você está louco hoje… Hum…” Augus sentiu que Ed não estava em seu juízo perfeito desde alguns dias atrás. Não se tratava apenas de sair depois de entrar no quarto naquela noite. O humor de Ed estava anormal, mesmo quando ele comia e fazia sexo.

Assim como naquele momento, desde a primeira vez, Ed raramente fora tão rude. Cada vez que ele o penetrava, era como se estivesse se esforçando ao máximo para perfurá-lo. Além disso, a interação dos feromônios também indicava a Augus que Ed estava muito ansioso agora.

“Augus…” Ed murmurou o nome do homem em seus braços, Augus, que estava tão perturbado com o estado anormal de Ed naquele dia, já que ele não parava de bater em seu traseiro. Havia um grande espelho à sua frente, e sua postura em relação a Ed estava claramente refletida nele.

Augus, de costas para Ed, não conseguia ver a expressão do outro com clareza. A cabeça de Ed no espelho estava enterrada em seu pescoço, e ele estava dedicado em lamber aquela parte.

“Augus, chame… meu nome…” Ed de repente diminuiu o ritmo, inclinou-se até a altura do queixo de Augus e o beijou no rosto.

Augus torceu o pescoço com o pênis de Ed ainda em seu ânus, e a respiração de Ed atingiu suas orelhas e rosto já vermelhos.

“O que você está fazendo…” Augus ficou constrangido. Ele jamais teria concordado em fazer aquilo naquele lugar se não estivesse excitado pelos feromônios. A atitude de Ed estava anormal ultimamente. Ele ainda fazia esse tipo de coisa, como fazia agora, o que o fazia se sentir sufocado.

“Olhe para o espelho”, disse Ed no ouvido de Augus, sacudindo-o. “Você está no meu quarto agora, sendo abraçado por mim, me envolvendo dentro de você…”, disse ele enquanto o penetrava duas vezes.

Forçado a se olhar diretamente no espelho, Augus sentiu-se envergonhado. Por causa de seus músculos abdominais salientes e ombros largos, ele podia ver que seu corpo não era o de um ômega normal naquele momento. Suas nádegas eram continuamente estimuladas e, mesmo que ele não tocasse a parte da frente, seu pênis já estava ereto e secretando líquido excitadamente.

Atrás dele, Ed parecia estimulado pela expressão tolerante de Augus. Reagindo ou não, ele empurrou Augus de bruços e penetrou fundo.

Sem saber quanto tempo fazia desde que Ed tinha gozado, Augus percebeu que Ed tinha acabado de sair, mas estava de pau duro novamente. Arrastou-o para o chuveiro e gozou novamente. Duas pessoas, com o corpo todo quente, se enroscaram na água quente que jorrava do chuveiro por um longo tempo. Augus sentiu que ia desmaiar. Como resultado, voltou para o quarto depois de tomar banho, mas foi pressionado novamente por Ed.

Depois de várias rodadas mais intensas do que o normal, Augus não conseguia nem mexer os dedos. Se ele estivesse no cio naquele momento, até mesmo o físico de um ômega seria capaz de se adaptar ativamente antes de começar a se sentir cansado. Augus não tinha forças para perguntar a Ed o que estava acontecendo. Ele ofegou na cama e olhou para o teto. Ed estava deitado ao lado dele, retornando ao estado de não saber o que estava pensando.

De repente, na cabeceira da cama, o telefone de Ed vibrou duas vezes. Ed olhou para ele inconscientemente e sentou-se em choque.

A tela dizia:

[Há notícias do lado da União.]

O cérebro de Ed ficou em branco por um segundo, então ele imediatamente desligou a tela e vestiu o roupão ao lado da cama.

Augus sentiu Ed se sentar de repente e virou a cabeça para olhá-lo. Viu apenas [União] no telefone, que então apagou a tela. Sentiu o coração falhar algumas batidas. Era provável que a anormalidade de Ed ultimamente estivesse relacionada a isso. Viu Ed se virar com o roupão e sair. Também deixou uma frase apressada: “Alguém está me procurando, por favor, durma primeiro”.

Augus assentiu em silêncio, mas suas orelhas se levantaram e ouviram os passos de Ed fechando a porta. Depois de pensar um pouco, vestiu o roupão e saiu silenciosamente.

Continua…