Forced Estrus - Capítulo 02
Capítulo 02 – É impossível usar inibidores
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- Traduzido por: Daia
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- Revisado por: Mananan
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- Retradução: Exiled Rebels
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Nos dias seguintes, a vida de Ed estava como sempre e Félix não procurou por ele outra vez, o que indicava que o problema de Augus estava resolvido. Mas ele ainda estava bem preocupado com o comportamento do Terceiro Príncipe. Mesmo que ele tenha dito que o Imperador consentiu o experimento, quem poderia saber se na verdade o Imperador tinha ou não concordado com o experimento e o Félix simplesmente decidiu por conta própria?
Então ele enviou um pedido para encontrar o Imperador no dia seguinte, para tentar descobrir qual a decisão do Imperador, dessa forma ele não acabaria no mesmo buraco que o Terceiro Príncipe.
O pedido foi aprovado no mesmo dia, graças ao fato de que Ed é um visconde além do seu título e representatividade no Exército. O pedido imediatamente avançou. Normalmente, Ed não se preocupava com títulos, mas em momentos como estes se tornava uma vantagem.
“Vossa Majestade.”
O Imperador parecia estar de bom humor e moveu sua mão indicando para ele chegar mais perto. Como sempre, ele primeiro começou a falar sobre as conquistas gloriosas e sobre como os pais de Ed se sacrificaram pelo país e então, lamentando pelo fato de que o filho deles teve que viver até essa idade sozinho sem os pais por perto. Finalmente terminando de relembrar as memórias de todos esses encontros no passado.
Ed não conseguia entrar no tópico também. Primeiro ele reportou sobre a recente situação para o Imperador, e então relatou sobre os prisioneiros e de forma meio implícita mencionou as boas ações do Terceiro Príncipe. Por último, ele se referiu a Félix como alguém que se preocupava pelo desenvolvimento da ciência e da tecnologia do Império.
Não somente com o Imperador, mas toda vez que ele conversava com os aristocratas, Ed não conseguia se sentir como um nobre. De qualquer forma, ele tinha esse título por conta de seus pais.
Desta vez o Terceiro Príncipe não tinha tentado enganar ninguém. O Imperador tinha mesmo concordado em deixar o Terceiro Príncipe fazer o que quisesse. Se ele pudesse conseguir alguma informação, seria melhor. Porém ele não queria que se espalhasse boatos sobre esse experimento inumano por todo o Império. Parecia que, por conta da situação não estar tão tensa quanto antes, o Imperador não estava se preocupando mais com assuntos relacionados aos prisioneiros e a situação militar da União.
No final dessa rápida investigação, teve muitas palavras educação e elegância e Ed se despediu.
Alguns dias depois, Ed recebeu uma ligação do responsável pelo laboratório enquanto ele estava no exército, perguntando se ele poderia enviar alguém para buscar Augus. Como ele não podia sair no momento, Ed pôde somente enviar alguns de seus subordinados de confiança que eram betas. Eles se conheciam há bastante tempo, então não foi preciso explicar muita coisa. Contudo, por conta da peculiaridade do problema, ele acabou escondendo a verdade, apenas dizendo que era um objeto de experimento de grande risco. Após pensar por um momento, ele acrescentou:
“Eu vou precisar de alguns inibidores para alfas e ômegas também.”
A curiosidade dos subordinados estava prestes a explodir. Era normal pedir inibidores para alfas. Esta não era a primeira vez que Ed tinha utilizados esses inibidores. Mas porquê o General, que até então só se aproximava de betas e nunca nem sequer encontrou um ômega, precisava de inibidores para ômegas? Para quem? Para o quê ele iria utilizar? Por que ele precisava disso?
“Você quer saber porque eu quero inibidores para ômega?”
Ed perguntou, com um leve sorriso no rosto.
“Esse subordinado não tem o direito de questionar.”
Mas dava pra ver na cara deles que eles estavam “procurando por fofoca”.
“Hum, vocês ainda possuem consciência.”
A expressão de Ed mudou rapidamente para uma cara séria.
“Mas isso é um segredo do Império e eu não vou comentar mais sobre isso.”
Ed encolheu os ombros após deixar com sucesso seu grupo de subordinados. O que ele disse era verdade.
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Augus acordou com um sobressalto.
Estava quente.
Nos últimos dias, Augus havia passado a vida em um estado de semicoma. Ele não sabia o que essas pessoas loucas vestindo jalecos brancos tinham feito no corpo dele, mas ele sabia que não era uma operação normal, pois ele sentia que tinha algo a mais dentro de seu corpo. A dor que ele sentia de dentro pra fora, o tornou incapaz de levantar as mãos.
Estava escuro à sua volta e Augus podia ouvir claramente sua respiração. Tentando ignorar a sensação quente e seca de seu corpo, ele finalmente percebeu que o foco era em lugar atrás nele.
Esse tipo de feromônio era uma característica do Cio de um ômega. Augus sempre foi uma pessoa calma. Sabendo que a União não tinha respondido ao seu aprisionamento, ele nunca se preocupou com o caso de que o pior acontecesse na sala de tortura, ou seja, sua morte. Mesmo que mais tarde ele tivesse sido jogado fora e não sabia o que fazer, ele não disse uma palavra quando estava em coma*. Mas agora ele estava completamente transtornado e um medo o qual ele não podia controlar continuava aumentando.
*Nota: Na novel diz que ele não disse uma palavra enquanto estava em coma. Acredito que seria os poucos momentos que ele acordou antes de voltar ao coma, como ele estava em estado de semicoma. Afinal, não acho que alguém possa falar algo quando se está em coma.
Isso é impossível! Os sintomas de Cio de um ômega são únicos e não apareceriam no corpo de um alfa! O que eles fizeram com ele dentro daquele laboratório?
Mas logo, quando seu corpo ficou ainda mais quente, ele não tinha mais nenhuma chance de tentar entender o que estava acontecendo.
Naquela noite quando Ed chegou em casa, ele viu um caixa com formato parecido de um caixão, no chão do porão.
Ele sabia que esse container podia bloquear os feromônios de escaparem por um curto período e, cautelosamente, tomou uma injeção de inibidor antes de abrir. Sem saber o que estava acontecendo dentro daquela caixa, ele se preocupava com a ideia de ao abrir, receber uma explosão de feromônios de ômega em sua cara, levando-o a perder o controle e encher o outro de marcas feitas por um alfa faminto.
Assim como ele imaginava, ao abrir a caixa, os feromônios de ômega se espalharam rapidamente.
Avaliando a situação objetivamente, Ed realmente pensou que o Terceiro Príncipe era imoral. Augus era o Major General da União e, mesmo que ele se suicidasse, seria em nome de seu país. Por conta dos atos perversos e da ideia súbita que Félix teve, o alfa, que uma vez foi admirado no campo de batalha, tinha se transformado em um ômega, que agora tinha sido colocado em uma caixa e enviado para casa de um alfa enquanto enfrentava os sintomas do Cio.
Ed, que havia utilizado o inibidor, estava ainda extremamente racional. Ele estava planejando discutir sobre algumas coisas antes, quando o Augus voltasse ao normal. Então ele separou o inibidor para ômega que tinha preparado anteriormente e injetou diretamente em Augus. Apesar de que ômegas quando já estão no meio do Cio não voltam ao normal utilizando inibidores, pelo menos isso poderia ajudar a adiar o Cio por tempo.
Acostumado com a escuridão, Augus não conseguia abrir seu olho por conta da luz. Ele sentiu que alguém o tinha puxado. Apesar de que ele ainda possuía um pouco de racionalidade para resistir, seu corpo se estremeceu ao ser tocado por causa da sensitividade e ele se inclinou fracamente nos braços da outra pessoa e o rubor do seu rosto se espalhou de seu rosto para seu tórax.
A mão de Ed estava no corpo de Augus e ele sentiu como o outro estava quente no momento.
“Você injetou em mim… O quê…”
“Não se preocupe, é um inibidor.”
Os olhos de Augus mal se acostumaram com a luz quando ele conseguiu enxergar vagamente a cara da pessoa que estava na sua frente.
“…Você?”
Os dois tinham se encontrado várias vezes durante discussões de negociação, ou à frente do comando de navios de guerra durante confrontos. Augus continuou encarando aquele rosto familiar por um bom tempo até se lembrar a quem pertencia.
Ed realmente queria olhar para Augus como se fosse um inimigo para deixar claro que aquilo não tinha nada a ver com ele. Mas ele não acreditava que Augus pudesse ouvi-lo no momento. Ele pôde apenas sussurrar:
“Até você se sentir melhor.”
Entretanto…
Um minuto.
Dois minutos.
Cinco minutos passaram.
Não havia dúvida que o Cio de Augus ainda não tinha sido reprimido. Ed confirmou que o inibidor tinha sido injetado e concluiu que havia apenas uma possibilidade para isso, o próprio inibidor apresentava problemas.
Ou seja, inibidores para ômega não fazia nenhum efeito em Augus.
Isso podia ser que, talvez alfas que se transformavam em ômegas não podiam utilizar inibidores de ômegas, ou isso poderia ter sido por conta de alguma falha durante o experimento. Resumindo, não importa qual fosse a causa, o resultado era que os feromônios de Augus estavam ficando cada vez mais fortes. Em pouco tempo, alguém por perto poderia perceber que havia um ômega na casa do General, emitindo feromônios como se estivesse chamando “venha até mim” em todos os lugares.
Era verdade que o estado em que Augus se encontrava estava se aproximando de seu limite e, seus instintos de ômega estavam clamando para que o alfa na frente dele pudesse entrar em seu orifício traseiro e o marcar. Mas o pouco de respeito próprio que o restava o impedia de pedir para que seu inimigo o fodesse.
Ed não hesitou em marcar Augus temporariamente, já que seria muito pior se isso continuasse. Ele se sentou no chão ergueu Augus, apoiando as costas em seus braços, uma mão segurando a cabeça, e a outra mão movendo o cabelo preto e fino de pescoço, revelando a nuca de Augus.
Diferente de um ômega natural, a pele de Augus não era branca, porém tinha uma atração mortal que esquentava a cada momento. As glândulas exalavam um distinto aroma através da pele. Ed se aproximou e cheirou antes de colocar sua língua para fora indo e voltando em sua pele o lambendo duas vezes. Quando o corpo de Augus se estremeceu por conta de sua sensibilidade, ele não hesitou em abrir sua boca e perfurar a glândula, decisivamente para marcar o outro temporariamente.
Assim que a marca foi estabelecida, os feromônios de ambos os lados se tornaram completamente diferentes. Após Ed terminar a marcação, suas mãos continuaram a percorrer o corpo de Augus incontrolavelmente. Ele sentiu que o outro estava tremendo levemente por conta da excitação e que o cheiro do corpo do outro estava completamente coberto por seus feromônios. Seus desejos possessivos naturais de um alfa imediatamente ficaram extremamente satisfeitos. Em ordem de evitar problemas desnecessários, ele costumava apenas procurar por betas, até mesmo quando era contrato. Embora ocasionalmente, ele acidentalmente os marcava e se sentia muito confortável naquele momento, entretanto aquilo era completamente incomparável com o que ele estava sentindo nesse momento.
Ser marcado temporariamente por um alfa aliviou significativamente os sintomas do Cio de Augus. Apesar de que seu corpo ainda estava sensível ao ser tocado por Ed e ele estava “excitado”, ele não podia deixar de querer ser penetrado. Depois de retornar a sua sanidade, a racionalidade de Augus aos poucos retornou. Ele percebeu que não só ele estava com vontade um momento atrás, como também tinha sido marcado por Ed da mesma forma como se fosse um ômega. Seu palpite mais relutante tinha sido confirmado e seu coração se encheu de desespero.