Cutie Pie - Novel - Capítulo 10 - Lian

Lian, Gilayn Wang, cresceu com responsabilidade. Quando era criança, acordava antes do amanhecer para ajudar o pai na fábrica de gelo. As encomendas eram embaladas todas as manhãs bem cedo, porque vários mercados abriam nessa hora. A mãe dele estava sempre ocupada recebendo mais pedidos de gelo. Às sete horas, Lian voltava para casa para se lavar e ir para a escola. Depois das aulas, ele trabalhava na casa de gelo com seu pai novamente, preparando gelo para os restaurantes e bares. Quando o céu escurecia, ele jantava, fazia o dever de casa e ia para a cama. 

Quando era jovem, Lian não tinha o luxo de pensar em outra coisa na vida, exceto nos fins de semana, quando tomava um banho demorado e se vestia bem. Ele escolhia as melhores roupas do armário e as passava a ferro. Sua mãe esfregava sua pele morta com uma pedra-pomes até que sua pele ardesse, e ela penteava seu cabelo, penteando-o para trás. Dessa forma, o menino da casa de gelo ficava com uma aparência mais refinada. Eles faziam tudo isso apenas para os jantares na Mansão Keerati, na cidade velha. 

Seus pais eram cuidadosos sempre que visitavam a mansão. Era o dia mais importante da semana para eles. Eles mantinham à distância a maneira brusca que usavam enquanto trabalhavam e brincavam com seus funcionários na casa de gelo. Gilayn devia ser um jovem mestre perfeitamente bem-educado. A primeira razão era mostrar respeito aos Keeratis, o sangue da família nobre que era respeitada na sociedade. A segunda razão era… ser um bom exemplo para seu jovem noivo.

Sete anos antes do nascimento de Nu-Kuea, Gilayn podia agir como o líder da gangue dos filhos dos trabalhadores o quanto quisesse. No entanto, depois de conhecer Nu-Kuea pela primeira vez, ele percebeu que, a partir de então, deveria ser um homem confiável, um líder, o protetor desse bebê pelo resto da vida. 

Kuea parecia um gatinho indefeso atrás do depósito de gelo. Sra. Kewalin disse a ele que Nu-Kuea seria um bom menino, desde que ele o amasse. O bebê era macio como algodão doce e sua pele era rosada. 

Gilayn Wang, de sete anos, prometeu a Kewalin que cuidaria de Nu-Kuea para sempre. 

Ser o noivo adequado para Nu-Kuea era muito mais complicado do que administrar os negócios dos Wang. Nu-Kuea cresceu bem como descendente da família nobre. Tudo o que Nu-Kuea fazia era gracioso. Suas maneiras perfeitas faziam com que todos o adorassem. A visão de Nu-Kuea ao lado da senhora Kewalin e do Embaixador parecia que ele pertencia a um mundo diferente. 

Consequentemente, Gilayn deu tudo de si para ser um noivo adequado que combinasse perfeitamente com Nu-Kuea. Ele tentou apagar aqueles insultos sobre como ele nasceu de uma família chinesa que fugiu de outra terra. Ele queria que todos olhassem para eles e vissem o casal perfeito. Ele queria que Nu-Kuea se sentisse sortudo por estar noivo dele. Ele queria que Nu-Kuea se sentisse seguro por ser seu parceiro para toda a vida. 

Quem disse que Kuea era o único que se esforçava tanto no relacionamento? Gilayn também dedicou sua vida para ser um noivo digno de Nu-Kuea. O estilo de vida pessoal de Gilayn contradizia o irmão gentil que amava seu irmão mais novo do jeito que ele era com Nu-Kuea.

A primeira coisa essencial no caminho para se tornar Gilayn, de Nu-Kuea, era sua imagem. Como vice-presidente da Gilayn Beverage Company, todos os seus ternos precisavam ser feitos sob medida por uma alfaiataria famosa. Ele se inscreveu no curso de desenvolvimento pessoal quando era adolescente e aprendeu sobre etiqueta à mesa nos estilos tailandês, chinês e europeu. Como Lian não nasceu nobre, ele não estava familiarizado com todas as tradições específicas. 

Outra coisa que ele nunca pôde deixar de fazer era os inúmeros feriados. Todas as surpresas tinham que ser entregues. Os restaurantes tinham que ser os melhores, com ótimo ambiente e comida de alta qualidade, para que Nu-Kuea pudesse postar fotos no Instagram ou enviá-las para sua mãe, Kewalin. Os mais velhos observavam o relacionamento deles de longe. 

Nu-Kuea gosta de comida chinesa. Sempre que Lian deixava ele escolher o lugar, ele sempre optava por um restaurante chinês. Os pratos eram tão repetitivos que Lian parou de perguntar em determinado momento. Ele se cansou de peixe e pernas de ganso em panela de barro, mas a bochecha protuberante de seu noivo enquanto ele mastigava a comida o fazia continuar devorando pratos chineses, e ele lavava a boca com outra coisa no dia seguinte. Apesar de ser chinês, ele não desejava comida chinesa todas as semanas. Lian não se importava com pratos simples ou comida de rua. Ele queria levar Nu-Kuea a um restaurante de hotpot, mas ele não parecia gostar de carne grelhada. 

Gilayn nunca foi um homem romântico, mas tentava ser à sua maneira. Ele seguia tudo o que a internet sugeria ser bom ou o que as celebridades faziam. Tudo o que trazia um sorriso alegre ao rosto de Nu-Kuea não estava além de sua capacidade.

Era por isso que Gilayn sempre parecia imponente quando estava com Nu-Kuea, embora na verdade levasse uma vida emocionante com seu melhor amigo, Phayak Chatdecha Chen. Eles não se dariam tão bem se suas personalidades não fossem compatíveis. A diferença era que Lian se preocupava em proteger a honra da família de seu noivo. Por outro lado, Phayak não se importava com nada. Os Chen eram como mafiosos disfarçados de bilionários. Sua família era a maior revendedora de carros europeus na Tailândia há mais de trinta anos. Yi cresceu na indústria de supercarros. Ele corria e modificava supercarros e, um dia, desejou construir uma pista de F1 para realizar uma corrida internacional. 

Dois adolescentes vigorosos tinham sonhos diferentes. Yi queria sua própria pista de corrida, enquanto Lian desejava construir o Pentágono. Eles viviam suas vidas ao máximo: correndo, viajando, participando de festas para os ricos. Tudo o que os filhos dos bilionários faziam para ganhar conexões, Lian fazia também. Ainda assim, havia um limite que Lian nunca cruzaria. Ele nunca machucaria Nu-Kuea. As elites participavam de festas com celebridades como seus parceiros. Até mesmo Yi trouxe uma atriz de série com ele. Mas o lugar ao lado de Gilayn estava sempre reservado para Nu-Kuea. 

Crescer com Phayak Chen não deixou outra escolha a Gilayn a não ser entrar na indústria de supercarros com seu amigo, da mesma forma que Yi tinha conhecimento sobre o negócio de bebidas. Os Wangs e os Chens trabalharam como parceiros enquanto puderam. As bebidas de boas-vindas nos showrooms de todo o país eram da marca Gilayn. O patrocinador das corridas tinha que ser Gilayn. O logotipo de Gilayn estava impresso nos macacões de corrida. Da mesma forma, Lian comprou os supercarros de Yi. 

O primeiro carro que Yi escolheu para ele não era para um motorista amador. Ele dirigiu um Aston Martin novinho em folha bem na frente da casa de Lian. Como Yi foi tão longe, ele estava disposto a comprá-lo. E com o passar do tempo, Gilayn obteve quatro dos supercarros estacionados no estacionamento subterrâneo do prédio de seu escritório: um Lamborghini, um Maserati, um Aston Martin e uma Ferrari.

Gilayn adorava supercarros e planejava comprar o quinto. No entanto, o retorno definitivo de seu noivo para a Tailândia o fez decidir comprar um Mercedes-Benz, para que pudesse dar carona a Nu-Kuea. A imagem de um vice-presidente confiável, de terno, sentado no banco de trás de um luxuoso Mercedes-Benz, superava a imagem de um homem com camisa estampada, jeans rasgados e sapatos de couro, voando pela rodovia. 

Como ele poderia ver Nu-Kuea naquele estado? Como seu noivo sempre usava uma camisa elegante sob um colete com gravata borboleta, como um jovem mestre gracioso que era, Lian resolveu o problema vestindo seu terno de trabalho. Afinal, eles se encontravam toda sexta-feira. 

O perfil que Gilayn tentou criar para si mesmo era impecável. Ele se comportava bem como noivo do herdeiro da família nobre. Ele trabalhou duro para construir seu próprio negócio e se tornou o jovem zeloso que teve sucesso como proprietário do Pentágono. Os olhos agradecidos de Nu-Kuea eram a recompensa por seus esforços. 

Ele não investiu seus esforços contra sua vontade. Ele fez tudo por Nu-Kuea, mas isso também o beneficiou nos negócios. Suas maneiras e habilidades sociais impediram que ele fosse totalmente rotulado como a ovelha negra. Ele podia gradualmente compartilhar seu estilo de vida, deixando Nu-Kuea conhecê-lo aos poucos. Ele tinha quatro anos até o casamento. Gilayn podia esperar. 

Ele estava esperando para se casar com seu noivo, que era tão frágil quanto uma boneca de porcelana. Ele sabia que um dia se casaria com Kuea. Sua responsabilidade desviou sua atenção de sua vida pessoal. Ele só sabia que tinha Nu-Kuea, que estava ao lado de Nu-Kuea, que estava noivo de Nu-Kuea e que se casaria com Nu-Kuea. Era assim que sempre tinham sido. Era um apego, e ele planejava ficar com Nu-Kuea pelo resto da vida.

Mas tudo deu errado porque Nu-Kuea escondeu um segredo dele. O verdadeiro Nu-Kuea é uma pessoa totalmente diferente. Tudo começou quando Lian estava procurando um músico estrangeiro famoso para fazer um show no Pentágono. Os clientes do Pentágono são pessoas ricas, com bolsos cheios, que buscam um gosto único e sofisticado. Essas pessoas não entendem muito de música. Elas ficam satisfeitas desde que as histórias dos músicos sejam fascinantes. 

Uma das opções que Lian planejava contatar era o baterista misterioso que tocava covers em um canal do YouTube. O canal com seu nome, mas em inglês… KIRIN.

Gilayn tem conexões com o engenheiro de som de uma famosa empresa de música na Inglaterra. Ele os contratava para criar novas faixas para atrair pessoas ao Pentágono. Todos os artistas que ele recomendava eram perfeitos para se apresentar em sua boate. A música moderna e os designs caros acabaram levando o Pentágono a se tornar o principal local de entretenimento. 

Um dos artistas sob a responsabilidade do engenheiro de som é o canal KIRIN. Ele já havia informado a Lian que era difícil entrar em contato com esse músico. O baterista recusava todas as ofertas, exceto as de fazer música de fundo. Ele também só aceitava as ofertas nas quais estava interessado.

Quanto mais difícil, mais desafiador. O Kirin, o logotipo do baterista, em um design gráfico moderno, aparece em todos os vídeos, incluindo o cartão de visita digital com a mesma impressão que você pode clicar. No entanto, as informações de contato mostram apenas seu e-mail e canal no YouTube. 

Ele não recebeu resposta, não importa quantas vezes seus homens entraram em contato com o baterista. Gilayn reproduziu todos os vídeos do canal KIRIN até que o indie rock, o tipo que ele toca com mais frequência, se tornou seu tipo de música favorito. Havia algo intrigante no Kirin que o tornava viciante e familiar. Lian tinha certeza de que havia conhecido alguém com a mesma vibração, embora não conseguisse descobrir quem. 

Até que um dia, o cartão de visita digital apareceu pela primeira vez em versão impressa na boate na cobertura do Gemini Miler! Ele frequentava a boate de Jay há anos. E, de repente, Jay segurava o cartão de visita de Kirin na mão. 

— Kirin?

— Você conhece esse garoto?

— Que garoto?

Lian arrancou o cartão de visita das mãos de Jay. Virando-o, ele quase soltou uma risada. Kirin, que ele tentava encontrar, tinha voado até aqui e estava tão perto dele. 

— Kirin, ele é um garoto.

— Eu não o conheço.

Gemini era cheio de truques. Se Lian admitisse que queria que Kirin se apresentasse no Pentágono, Jay não revelaria a identidade do baterista tão facilmente. Jay poderia até zombar dele, humilhando-o.

— Ele faz covers de bateria no YouTube e tem meio milhão de inscritos. É bastante famoso no mundo do rock indie.

A atitude arrogante de Gemini indicava que ele mal podia esperar para contar tudo.

— Do mesmo tipo que a música da sua boate?

— Sim, esse garoto se apresenta aqui agora. Caramba, tenho muita sorte de tê-lo contratado! Um rosto como o dele não deveria tocar bateria tão bem. Que talento. Ele ainda é jovem.

— O que está tocando bateria agora? 

— Não, não é ele. Essa é a banda de abertura. Ele vai tocar depois. Espere para ver. Ele é incrível.

Gilayn fingiu indiferença, mas na verdade voltou toda a sua atenção para o palco da boate. Na área interna com ar-condicionado havia um pequeno palco para apresentações ao vivo. 

~~~

— Um, dois, três!

Assim que o baterista bateu as baquetas e contou até três, a música animada começou a tocar. Isso acendeu o ambiente noturno emocionante da boate. A banda indie, sem músicas originais, começou a entreter os frequentadores da boate como parte de seu trabalho. O vocalista tinha um rosto bonito, com seu cabelo artístico e eloquência. Ele atraiu a atenção de quase todos. 

Na plataforma baixa, um guitarrista, um baixista e um tecladista estavam em fila, balançando a cabeça e batendo os pés ao ritmo da música. Quem notaria um baterista escondido atrás da bateria na parte mais interna do palco? 

Kuea usava um boné com a aba puxada para baixo para proteger o rosto e uma máscara preta. Ele movia seus pulsos fortes sobre a bateria, enviando as batidas. Se houvesse alguém com conhecimento musical na multidão, saberia… que suas técnicas de bateria eram diferentes das de outros bateristas amadores.

As táticas e truques eram de um profissional.

E como ele estava escondido atrás da bateria, não conseguiu perceber um cliente habitual sentado no balcão do bar no terraço. A aparência diferente de Gilayn era irreconhecível. Ele não usava terno, camisa social e gravata, nem penteava o cabelo para trás como um ator de Hong Kong. Ele havia trocado de roupa e vestia uma camiseta estampada de uma marca famosa, jeans pretos rasgados e sapatos de couro. Ele também não arrumou o cabelo, deixando-o solto e esvoaçante ao vento. Havia uma barba por fazer acima dos lábios, com um cigarro caro entre eles. 

Ele inclinou o copo em uma das mãos, contemplando a vista noturna de Sukhumvit 55 diante de seus olhos. Seu lugar favorito para beber não é o Pentágono, mas um pequeno telhado deste prédio. É o ângulo mais bonito para ver o Pentágono à distância. 

Gilayn pensou que estava enganado. Como seu noivo, a quem ele levou até a Mansão Keerati e ligou para dar boa noite, aquele que desejou ter bons sonhos com uma voz doce, poderia estar ali? Por que Nu-Kuea estava sentada atrás da bateria, girando as baquetas e curtindo a música ali?

A confiança de que ele era um homem que todos invejavam desmoronou. O choque fez Gilayn quase apertar o copo em sua mão e quebrá-lo em pedaços. A verdade diante de seus olhos gerou dúvidas sobre cada ação de Nu-Kuea. Como ele poderia saber que Nu-Kuea não o chamava de idiota por trás daqueles olhos apreciativos? 

Sua preciosa boneca de porcelana havia se transformado em Annabelle. Naquele momento, Gilayn estava tão furioso que teve vontade de agarrar Nu-Kuea e sacudi-lo. Ele ordenou que seus homens investigassem a vida de Nu-Kuea.

Quanto mais informações ele obtinha, mais surpreso ficava.

Sua raiva se dissipou e se transformou em fascínio. Nu-Kuea que ele tentava ser não era seu verdadeiro eu.

Além disso, uma coisa que deixou mais  Gilayn perplexo foi:

Kuea gosta de motos… enquanto Gilayn gosta de supercarros.

Como é possível que o lado de Kuea que ele nunca conheceu tenha tantos gostos semelhantes aos dele! 

O relacionamento pastel que durou um ano precisava de um novo começo. O apego entre Nu-Kuea e Lian é uma coisa, e o interesse de Gilayn Wang por Kuea Keerati é outra. Como resultado, Gilayn elaborou um plano para fazer seu noivo se mudar para sua casa. Ele usou todos os seus métodos até que os anciãos deram permissão. 

Nu-Kuea já era fofo, e Kuea Keerati é igualmente fofo… mas Lian nunca imaginou que ele seria tão fofo dos dois jeito. 

— Como é morar com Nu-Kuea?

Gilayn sorriu para a porta do quarto à direita. Nu-Kuea desapareceu em seu quarto desde que terminaram o jantar. 

— Ele precisa de mais tempo, tia Kew.

— Hum… ele não está incomodado você, está? Nu-Kuea é um menino travesso, Lian. Tenho medo que você o devolva para mim, — ela riu. 

O chilrear da senhora Kewalin arrancou uma risada suave dele.

— De jeito nenhum. Não vou devolvê-lo, não importa o que aconteça.

— Lian, tem certeza de que quer se casar com ele? Receio que você esteja fazendo isso por causa dos mais velhos. Quanto aos negócios dos Keeratis, não se preocupe. Não me parece certo que os Wang tenham comprado nossas terras como dote. Sinto que estamos tirando proveito de você.

Os Keeratis não são tão prósperos quanto no passado. É por isso que o avô de Nu-Kuea deixou a loja de seda aos seus cuidados. Os Keeratis ainda mantêm seu lugar na sociedade devido à posição da senhora Kewalin como esposa de um Embaixador e à posse de grandes propriedades. O pai de Lian salvou os Keeratis de suas dificuldades inúmeras vezes. Consequentemente, a propriedade de muitas propriedades foi transferida para os Wangs. Eles até assinaram um contrato para dar a Kuea a propriedade das terras assim que se casarem. Algumas das propriedades pertencerão apenas a Nu-Kuea, como a Mansão Keerati na cidade velha.

— Não se preocupe, tia Kew. Nu-Kuea não é um estranho para mim. Eu o amo do fundo do meu coração e vou me casar com ele assim que ele se formar. 

— Obrigada, Lian. Nossa, que impaciente.

Gilayn conversou com a Sra. Kewalin por mais algum tempo antes de desligar. Ele se casaria com Nu-Kuea amanhã, se pudesse. Eles estão noivos há muito tempo. Tudo já deveria estar resolvido. 

Ele quer que Kuea Keerati seja sua esposa!

Continua…

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LILITH TRADUZ (@lilithtraduz)