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Cachorro Na Gaiola - Novel - Capítulo 8 - Zona de Crime

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Heeyeon capturou cada momento que passava pela janela. Graças à hora do rush, o carro andava tão devagar quanto uma tartaruga.

Alguém em algum lugar poderia reclamar do engarrafamento em Seul, mas para ele estavam em boa velocidade. Isso porque ele podia ver edifícios que mudam ligeiramente ao longo do movimento do carro, pessoas andando distraidamente e esculturas em pé na beira da estrada.

Já se passou uma semana desde que andou por estas ruas, mas a paisagem da rua não parecia chata. Além disso, hoje toda a rua brilhava.

As luzes amarelas e brancas lembraram do dia em que conheceu Yeon. A primeira visão noturna de sua casa lembrava aquelas luzes.

— É muito lindo.

Heeyeon murmurou para si mesmo enquanto olhava para o vaso de flores na frente do prédio. Pequenos bustos em torno de uma pequena árvore. A lâmpada, que estava brilhando suavemente, de repente brilhou e acendeu esplendidamente depois. Heeyeon olhou para a árvore cintilante como se estivesse possuído por aquela visão.

Por fora, ele parecia indiferente sem nenhuma emoção, mas Yeon sabia que ele era um rosto assustado e focado.

— Heeyeon-ah.

—  Hm.

Assim que seu nome foi chamado, Heeyeon virou a cabeça. Ele se acostumou a ouvir seu nome na voz de Yeon.

— Vou parar em outro lugar hoje.

— Por quê…?

— Eu quero comprar alguns kokkaot. (N/T: kokkaot 꼬까옷 ou Hanbok (한복). Hoje em dia, geralmente significa roupas coloridas e bonitas para crianças. Antigamente eram roupas no estilo das que o uke de Pintura Noturna usa.).

Mesmo sem saber o que é kokkaot, Heeyeon ao menos pode deduzir que se tratava de roupas. Ele abaixou a cabeça e olhou para sua roupa. O cardigã por fora chamou sua atenção. Com as mangas dobradas duas vezes, era de Yeon, não dele. Ficou largo porque ele não era grande o suficiente para vestir roupas duas ou três vezes maiores que ele.

— Tudo bem.

Heeyeon balançou a cabeça levemente e brincou com as mangas do cardigã com a ponta dos dedos. As mangas cobriam metade das costas da sua mão, mesmo depois de dobrá-la duas vezes porque a peça era muito grande.

Era devido ao problema de controle de feromônio de Heeyeon, ele estava usando as roupas de Yeon, embora tivesse um casaco.

No segundo dia após sair do cativeiro, os dois começaram a frequentar a empresa. E lá, conheceu um médico especializado em tratamento de feromônios.

— O feromônio é bastante instável.

Não importa o quão ignorante era para o mundo fora da cerca, ele só podia saber o fato de que era raro uma empresa ter uma sala de teste de feromônio. Heeyeon retomou sua atenção na conversa entre o médico e Yeon enquanto o médico pendurava os aparelhos em torno de seu corpo.

— Ele nem sabia que estava emitindo feromônios.

— Não é comum, mas também não é incomum. Enfim, com que idade você começou a emitir feromônio?

O médico, que parecia estar na casa dos 30 anos, perguntou com uma expressão suave. Foi uma impressão amigável.

Heeyeon lambeu os lábios por um momento, como se contasse o tempo. Então o médico, Kim Jiwon, que fez a pergunta, aguardou calmamente a resposta.

— Quando tinha cinco anos.

Os olhos de Jiwon se arregalaram com a resposta que estava muito além das expectativas. Ele ergueu os óculos que caíram com uma expressão de surpresa.

— Talvez seja porque você é dominante? Realmente não é comum. Você se manifestou muito cedo.

— Então é por isso que ele tem problemas?

— Os resultados dos testes não são anormais. O problema é que o controle do feromônio também é ruim.

Jiwon olhou para o prontuário e esfregou a testa enrugada.

— Qual é o seu ciclo de calor? (N/T: Ciclo de calor ou CIO é quando o ômega está com fogo no cu.)

— …ciclo de calor?

Heeyeon se assustou com a pergunta do médico. Levou um tempo para lembrar o significado das palavras. Como a resposta demorou, ele nem percebeu que a sombra no rosto de Yeon escureceu.

— Não sei sobre o ciclo de calor… desculpa.

Quando ele deixou escapar o final da sua resposta, Jiwon fez um som doentio como se estivesse um pouco envergonhado. Talvez ele tenha cometido um erro mas Heeyeon vasculhou suas memórias e conseguiu encontrar informações que podem ser úteis para ele.

— Eu recebia injeções de feromônio regularmente.

— …você é dominante, mas recebeu injeção?

— Sim.

— Você sabe o que é essa injeção?

Heeyeon balançou a cabeça para a próxima pergunta. Naquele momento, Yeon fez uma ligação para algum lugar e saiu da sala de exames. Em vez de se preocupar com o alfa, Jiwon tirou a máquina acoplada ao corpo de Heeyeon e disse.

— Vou prescrever um remédio para você, então leve contigo.

— Ok.

— Ah, e caso você não saiba, é melhor usar as roupas do CEO por enquanto. Você não tem que usar tudo, apenas sua roupa exterior.

Quando foi dito para usar as roupas de outra pessoa, Heeyeon ergueu ligeiramente as sobrancelhas, como se não pudesse entender.

— As roupas do CEO?

— Sim. Vou te dar remédio, mas o efeito varia de pessoa para pessoa, então você tem que esperar alguns dias. Mesmo se o feromônio vazar, as outras pessoas não saberão se você estiver vestindo as roupas do CEO.

O que as roupas têm a ver com os feromônios? Jiwon acrescentou uma explicação gentil caso não tenha entendido a pergunta.

— Se você comparar o feromônio com o beta, é como o odor corporal. Mesmo que o CEO controle perfeitamente seu feromônio, o feromônio não tem escolha a não ser entrar nas roupas, desde que seja o alfa dominante e passe pelo rut. Heeyeon,  como você é dominante, e o CEO também é, então o feromônio dele cobrirá o seu feromônio.

— Ah…  entendi, obrigado pela explicação.

— Tá tudo bem.

— Mas o CEO não vai se sentir mal com isso?

Heeyeon balançou os dedos e perguntou cuidadosamente em voz baixa. Nunca compartilhou roupas com ninguém, então não tinha certeza, mas achou que seria desagradável se pedisse roupas emprestadas porque ele nem é da mesma família.

— O CEO?

— Sim, tudo isso é porque não sou bom em regular os feromônios…

Enquanto estava conversando com Jiwon, Yeon entrou no escritório do médico após o telefonema. Jiwon não deu ouvidos a Heeyeon, e voltou para Yeon.

— Acho que seria melhor para Heeyeon usar suas roupas por enquanto, CEO Yeon.

Heeyeon estremeceu, sem nem mesmo ter tempo de assimilar tudo. Envergonhado, Heeyeon olhou para Jiwon com os lábios ligeiramente abertos. Quando seus olhos se encontraram, ele sorriu e ergueu o polegar. Parecia que Jiwon estava dizendo que estava tudo bem.

— Minhas roupas?

— Mesmo se houver um problema, o feromônio do CEO pode encobri-lo. Em outras palavras, é uma medida temporária.

Heeyeon lentamente se levantou da cadeira onde estava deitado, olhando nos olhos de Yeon. Quando Yeon olhou para ele, seus olhos se encontraram rapidamente.

— Devo adiar a compra de moletom infantil?

Hoje o feromônio tinha se estabilizado até certo ponto. Isso não significa que de repente Heeyeon se tornou proficiente no controle de feromônios. Significa apenas que o remédio que está tomando agora, funciona bem para ele.

— CEO.

— Huh.

Heeyeon chamou Yeon enquanto brincava com a ponta de sua manga. Era macio ao toque.

— É …desculpa.

—  Desculpa?

No súbito pedido de desculpas, Yeon franziu uma sobrancelha.

— Acho que causei problemas ao CEO porque não consegui controlar o feromônio.

Heeyeon olhou diretamente para Yeon e expressou suas preocupações. Seu rosto ainda estava calmo, mas os dedos que saíam das pontas das mangas se contraíram firmemente, como se estivessem ansiosos.

— Heeyeon-ah.

— Hm.

— Você não tem culpa de nada. A culpa é dos desgraçados que fizeram isso com você.

Heeyeon piscou os olhos arregalados quando palavrões vulgares saíram de seu tom suave. Os cílios longos criaram uma sombra escura sob os olhos redondos, então lentamente voltaram ao seu lugar.

— Aqueles desgraçados…?

— Sim, aqueles desgraçados…

Yeon sorriu, rolando cada palavra com precisão. Foi a primeira vez que viu Heeyeon tão envergonhado.

— Como você pode fazer algo que não aprendeu?

— … 

— São os adultos que ensinam.

Em vez de responder, Heeyeon apenas olhou para Yeon. Os adultos que ele conhecia não eram como Yeon. Sempre eram coercitivos e violentos. Achou que fosse normal, mas depois de ouvir esse homem, parecia que tudo o que havia aprendido não era normal.

— A única razão pela qual você é assim é porque aqueles desgraçados são um monte de  lixo.

Yeon percebeu facilmente porque Heeyeon não conseguia controlar o feromônio. O presidente Jeong deve ter forçado deliberadamente tal situação. Assim que se tornasse adulto, planejava vendê-lo para um conglomerado, então era óbvio que o alfa que comprasse Heeyeon, faria um grande uso de seus feromônios.

Não havia um plano plausível.

— Então você não precisa se desculpar comigo.

— Tudo bem…

— E, Heeyeon-ah.

— Hm.

— Já te falei que gosto de coisas que dão trabalho. 

Os olhos do alfa se estreitaram em um instante.

 

***

 

Heeyeon e Yeon entraram no elevador.

— Quer que eu segure sua mão?

— Está tudo bem.

Era divertido provocá-lo desde o primeiro dia, então Yeon perguntava sempre que eles entravam no elevador. Sem mencionar o elevador de sua casa e, era o mesmo quando ia e vinha do trabalho, Heeyeon rejeitou pela quarta vez com as mesmas palavras.

Pode ser irritante quando alguém faz uma pergunta sabendo a resposta, mas desta vez, foi uma recusa sincera, como se realmente estivesse tudo bem. Com a recusa gentil, Yeon riu. A mesma coisa que aconteceu 30 minutos atrás no caminho do trabalho para casa se repetiu.

— Vamos subir.

O elevador começou a subir com um som mecânico. Em vez de segurar a mão de Yeon, Heeyeon mexeu na manga do cardigã e esperou que chegasse ao seu destino. O elevador não parou e subiu direto. Agora percebeu que há apenas um botão.

— Vamos.

Logo a porta se abriu.

Heeyeon seguiu Yeon e saiu do elevador. O corredor silencioso criava uma atmosfera calorosa em vez de monótona. No caminho para este lugar, notou árvores que se pareciam com os vasos de flores que havia visto. Lâmpadas lindamente cintilantes adornavam as folhas verdes pontiagudas.

Heeyeon estava distraído pela lâmpada piscando quando uma pessoa surgiu.

— CEO. Que surpresa!

Heeyeon se assustou com o súbito aparecimento de outra pessoa e deu meio passo para trás. Yeon estreitou os olhos e estendeu a mão como se fosse segurar a cintura de Heeyeon.

— Sr. Personal, parece que está muito animado hoje.

— Ah, perdão. Há quanto tempo.

No peito do homem de terno preto havia uma placa com o nome Choi Yoon. Como Personal Shopper de Yeon, ele encontrou o ômega quase nos braços do cliente e rapidamente analisou suas expressões faciais.

(NT: O Personal Shopper é que permite às empresas realizarem sessões de compras na loja, possibilitando a interação em tempo real com os clientes)

Estava surpreso ao pedir algo diferente do normal, mas é um prazer para ele.

Heeyeon deu passos assim que Yeon o puxou. Quando se virou para onde Choi Yoon saiu, uma sala conectada ao corredor apareceu. O cabide estava cheio de roupas e uma sala com um sofá comprido com uma mesa. A bandeja na mesa de vidro estava cheia de lindos círculos. Ele não conseguia descobrir o que era.

— CEO.

— Sim.

Heeyeon soltou Yeon e seguiu até o sofá e perguntou.

— O que é isso?

Yeon inclinou a cabeça para a pergunta de Heeyeon. Uma manga do cardigã, cobrindo metade das costas da mão, estava apontando para a mesa. Havia macarons monocromáticos na bandeja, tortas e bolos empilhados ao lado.

— Você quer comer?

— …é pra comer?

— Sim.

Heeyeon olhou para o macaron, estreitando ligeiramente a testa. Não parecia que era comestível. Embora parecesse difícil, sentiu repulsa porque a cor era muito bonita. Era muito amarelo, azul e vermelho para a sobremesa.

— Estou dizendo a verdade.

Yeon reconheceu os pensamentos de Heeyeon e sorriu levemente. Estendendo a mão, ele pegou um macaron e mastigou para provar o que estava dizendo. A doçura que penetrou na ponta da sua língua o fez franzir a testa.

Heeyeon olhou para a careta do homem e gemeu. Ele não gosta de doces, isso causou pena, porque Yeon comeu apenas por sua causa.

— Você não precisa comer…

— Heeyeon-ah não confia em mim.

Yeon falou deliberadamente como se estivesse provocando a culpa. Heeyeon bateu os pés como se confirmasse que não confiava.

— Vou comer mais então.

‘O que devo fazer?’ Heeyeon pensou um pouco e agarrou a mão de Yeon. Então ele abriu os lábios para comer o macaron que estava na mão do homem. Os lábios macios tocaram a ponta dos dedos do alfa. Era uma distância curta entre os lábios, com a língua colocada suavemente entre eles. Foi ao mesmo tempo que os olhos de Yeon se aguçaram nitidamente. Logo, o macaron de sua mão desapareceu entre os lábios do ômega.

— É bom?

Yeon perguntou, mal engolindo algo desconhecido que foi contra seus gostos por um momento.

— Doce.

Heeyeon respondeu com uma careta. Os macarons não pareciam muito gostosos. Para Yeon, tinha o mesmo sabor de geleias, mas para Heeyeon, parecia ter uma diferença.

— Ele é seu amante? Acho que nunca vi um antes. 

Choi Yoon, que estava organizando suas roupas, respondeu habilmente com um sorriso digno de vendedor. 

— Amante? 

Yeon olhou para o contato visual de Choi Yoon. Para tirar a doçura da boca, Heeyeon estava bebendo chá verde amargo com um rosto gentil.

‘Amante?’ Heeyeon era muito novo para ser chamado de amante. As pessoas vêem alfas e ômegas como amantes há muito tempo, mas Yeon não tinha tal visão.

— Ele é.

Em vez de negar, Yeon reagiu vagamente, se recostando no encosto do sofá.

Yeon não negou, devido ao fato de precisar espalhar um boato sobre os dois. Ele pretendia espalhar a partir de agora. Rumores sobre ter um ômega ao seu lado. Ninguém sabia que ômega era neto do presidente Jeong. O presidente Jeong que havia escondido, encarcerado e nem ao menos se dava ao trabalho de visitar o neto, não seria capaz de descobrir quem era o ômega mesmo se quisesse.

Portanto, os rumores sobre Heeyeon se espalharam muito lentamente. Ainda mais se for verdade o boato de que o presidente Jeong permanece no exterior. O velho alfa não estava na Coreia e nem sabia que seu neto havia sido levado embora. Foi graças a Yootae, o mordomo que cuidava Heeyeon, que ele acabou nas mãos da presidente Nam.

O homem beta estava inventando um álibi para Heeyeon e relatando a Jeong para pagar suas dívidas com a Nam. Portanto, seria no mínimo, no ano seguinte que o presidente Jeong tomaria conhecimento de todos os fatos.

Yeon acenou com a cabeça ao recordar os hematomas no corpo de Heeyeon.

Heeyeon apareceu vestindo roupas que Choi Yoon escolheu. Era um casaco elegante, jeans escuro e uma malha marfim claro. Yeon apenas revirou os olhos enquanto se inclinava no sofá e olhava Heeyeon da cabeça aos pés. Parecia que podia entender vagamente a mente da presidente Nam de que brincar de boneca com seus amante era um hobby.

— Gostou?

Os lábios de Heeyeon instalaram enquanto pensava no que dizer, mas continuou olhando para Choi Yoon sem dizer uma palavra.

— Você está muito bonito.

— Ah, obrigado.

Apesar do elogio, Heeyeon se curvou em vez de corar. Com a resposta direta, Yeon caiu na gargalhada.

— Algo mais?

— Sim. Que tal experimentar mais algumas peças?

Yeon fez ele experimentar várias peças por cerca de uma hora, era como brincar de boneca. Apesar de estar bastante exausto, Heeyeon fez diligentemente como foi dito. Não importa o que usasse, ele tinha um rosto que não mostrava se gostava ou não, mas ainda assim deixava Yeon feliz. 

— Envie tudo.

— Ok! Obrigado, senhor.

Choi Yoon sorriu e começou a organizar as roupas. Ele secretamente olhou para Heeyeon, colocando suas roupas em uma sacola de compras. Vendo que Yeon é tão atencioso, fica claro que são próximos, mas foi a primeira vez que viu ele. Em termos de aparência, era altamente provável que fosse ômega, mas às vezes, betas poderiam se assemelhar com ômegas. Uma coisa era certa que haveria rumores interessantes sobre o CEO Yeon em breve.

— Quer colocar o que estava vestindo antes?

— Ah.

Heeyeon hesitou um pouco com a pergunta gentil. Ele realmente não se importava com as roupas que usava, mas se lembrou do cardigã que estava usando.

Na verdade, Heeyeon gostava de usar as roupas de Yeon. Se lembrou de questionar o médico, se Yeon estava tudo bem com isso. Mas o médico caiu na gargalhada e disse:  — É só que Heeyeon nunca foi exposto a um alfa antes. Feromônios alfa são bons para estabilizar o ômega, — tranquilizando Heeyeon.

— Heeyeon-ah.

O homem, que percebeu suas divagações, chamou Heeyeon em voz baixa. Yeon também sabia que Heeyeon gostava de usar as próprias roupas. Se fosse outra pessoa não teria o porquê fazer a pergunta na frente do dono das roupas, mas o ômega, que carecia de sabedoria social, havia pedido ao médico  um conselho na frente de Yeon. 

A partir daquele dia, Yeon percebeu que suas roupas não eram diferentes de um cobertor preso no corpo dele. 

— Hm.

— Se você  não quiser. Basta dizer não.

— Ah, mas…

— Faça o que quiser. Quer vestir o que estava vestindo antes?

— Sim, vou me trocar.

— Então vá em frente!

Choi Yoon que respondeu rapidamente, organizou sua sacola de compras enquanto Heeyeon estava trocando de roupa, saiu de seu assento primeiro, dizendo que levaria as roupas para o carro. 

Heeyeon, que saiu com sua muda de roupa, sussurrou com uma voz contorcida.

— CEO, não preciso de tantas roupas.

— É um presente de Natal.

Yeon, que levantou, pronunciou a palavra presente enquanto esperava Heeyeon se aproximar.

— Natal?

Em reação a pronúncia da palavra ‘Natal’, Heeyeon franziu a testa ligeiramente.

— Você não sabe o que é Natal?

— Sim.

— É um dia em que Papai Noel dá presentes para boas crianças.

— Sim.

— Você nunca ganhou um presente?

Heeyeon assentiu. A palavra Natal não era desconhecida. Sempre havia uma cor vermelha no calendário de dezembro, e isso era o Natal.

Era apenas um dia normal para ele, mas hoje foi um dia incrível. 

— Então Heeyeon-ah…

Com a voz que se seguiu, Heeyeon olhou para Yeon. 

— Tudo que você nunca ganhou, pode pedir para mim, ok?

Nos olhos lentamente curvados do alfa, Heeyeon ergueu o dedo sem perceber. As pontas dos seus dedos coçaram. 

Talvez por causa da grande vestimenta que cobria metade das costas da sua mão. 

Yeon parou de andar. Foi porque o ômega, que o estava seguindo, parou de andar. 

A menos que ele não estivesse perto de Yeon, os olhos de Heeyeon estavam sempre nele. Quando ele chegasse a um lugar estranho como agora, não apenas seus olhos o seguiam, mas também seu corpo. 

Hoje foi a primeira vez que Heeyeon parou de andar sem perseguir Yeon. 

— … 

Yeon se virou com facilidade. Sapatos pretos pisaram no chão de mármore branco, mudando de direção com flexibilidade.

O que Heeyeon estava olhando era uma grande árvore. Uma árvore que parecia ter mais de 3 metros estava roubando seus olhares.

Yeon seguiu Heeyeon e olhou para a árvore. 

Lâmpadas estendidas em intervalos curtos brilhavam como vaga-lumes. Sob o grande pote que sustentava a árvore, caixas de presente, que obviamente eram de isopor, rolavam cercadas por um papel de embrulho luxuoso. À primeira vista, parecia estar espalhado ao acaso, mas era um ornamento que teria sido colocado sob cálculos precisos. Enquanto virava seus olhos para cima, viu uma estrela dourada bordada no topo da árvore. 

Era uma árvore de Natal comum, sem nenhuma característica especial.

O homem, que olhou para a árvore com olhos pouco empolgados, se voltou para Heeyeon novamente. Um cardigã que se ajustava perfeitamente a ele balançava sob as coxas de Heeyeon. 

As luzes quentes do teto e as lâmpadas brancas brilhando como a luz das estrelas combinavam tão bem com Heeyeon, talvez bem demais. O sol da primavera, que inundaram o céu em alguns meses, pode parecer melhor do que aquela luz artificial.

De repente, houve uma rachadura no rosto sólido do alfa. 

— … 

Yeon sentiu um impulso. Uma necessidade de tirar os olhos da árvore. Uma sede um pouco repentina de si mesmo.

— Heeyeon-ah.

Yeon chamou Heeyeon. 

— Hm.

Devido ao chamado, os olhos de Heeyeon voltaram. Cada vez que ele chamava seu nome, ele também dava respostas.

— Estou chateado.

Uma voz que não estava nem um pouco desapontada fluiu incansavelmente pelos lábios do alfa.

— …por quê?

Heeyeon se virou completamente para Yeon, brincando com sua manga meio coberta nas costas de sua mão. Foi um movimento lento, mas o cardigã, que pendia estreito no ombro, foi suficiente para cair sobre eles. Graças ao braço, o cardigã ficou pendurado em seu antebraço esguio. 

Os olhos do alfa, que estavam focados no rosto de Heeyeon, deslizaram para baixo ao longo do cardigã. O olhar parou completamente depois de ficar no dedo saliente. Dedos pequenos seguraram ligeiramente as pontas das mangas. As unhas pequenas foram todas coloridas nas mãos brancas.

— Heeyeon-ah me deixou para trás…

Yeon esticou os braços e puxou o cardigã por cima do ombro. 

— Estou me sentindo solitário.

Um casaco de lã macio aquece os ombros vazios. Heeyeon percebeu que seu calor foi roubado, mesmo sem perceber.

— Ah, desculpa.

Na verdade, ele era a única pessoa que estava próxima de Yeon. No entanto, Heeyeon não percebeu o tom de humor e deu um pedido de desculpas obedientemente. 

— Uh, ok.

O homem que aceitou calmamente o pedido de desculpas começou a abotoar o cardigã ele mesmo. O toque, que começou de baixo, gradualmente subiu ao longo do botão. Foi um movimento delicado, sem nenhum toque falso. 

Heeyeon parou e olhou para Yeon. Quando Yeon abaixou os olhos para visualizar os botões, a cicatriz em suas pálpebras foram vistas mais perto do que o normal. Era uma ferida que poderia ter machucado seus olhos. A cicatriz amargamente desenhada combinava muito bem com os olhos esguios.

Heeyeon agarrou as mangas com a ponta dos dedos como um hábito. As cócegas, que começaram antes mesmo de descer do andar anterior, pareciam estar aumentando gradualmente com o toque de Yeon.

— Heeyeon-ah.

— Hm.

— Árvore de natal, você gosta?

Com a pergunta de Yeon, Heeyeon virou a cabeça novamente. A árvore sob a luz quente estava brilhando lindamente, não diferente da primeira vez que a viu. Era belo o suficiente para chamar sua atenção. 

— Huh?

Quando Yeon tocou sua bochecha levemente, Heeyeon virou a cabeça em sua direção novamente. A mão do homem já havia caído, como se ele tivesse abotoado os botões e o acariciado naquele curto espaço de tempo. 

— Sim, eu gosto.

— Por que?

— É bonito.

— Bonito?

Heeyeon ficou em silêncio como se refletisse por um momento, então acenou com a cabeça. Hoje foi a primeira vez que viu uma árvore tão brilhante. Sabia que era por causa da iluminação, mas de qualquer maneira, aos olhos de Heeyeon, era bonito.

Os lábios de Yeon ficaram profundamente abertos pela simples resposta de que ele gostava porque era bonito. 

— Eu tenho que trabalhar duro para ser bonito?

— Huh? Por quê?

— Por que?

Yeon franziu a testa quando a resposta saiu, mesmo sendo uma piada levemente lançada. Ele olhou para o rosto de Heeyeon como se fosse adivinhar o que estava pensando, mas como sempre, era um rosto inexpressivo. 

— Mesmo que você não faça nenhum esforço, eu gosto de você…

Heeyeon deixou escapar seus sentimentos sem hesitação. Fazia alguns dias que se conheciam, mas ele gostava de Yeon. Gostava da sua gentileza e gostava que ele era diferente dos adultos pelos quais havia convivido. Foi a primeira vez que Yeon recebeu uma resposta completa, em vez de uma mão erguida quando questionado, ou dizer para fazer o que quisesse.

Quando Heeyeon respondeu em um tom calmo, como se fosse natural, Yeon caiu na gargalhada. Os olhos olhando para ele eram inofensivos. 

— Heeyeon-ah, você gosta de mim?

— Sim. 

O significado de “gostar” que Heeyeon disse teria um significado diferente de “gostar”, que vai e volta entre alfa e ômega. 

— Eu disse para você não ser fofo, mas continua agindo fofo.

Os olhos de Heeyeon se arregalaram com as palavras que ele não sabia o significado. Parece que cometeu um erro novamente. 

Há alguns dias, ele disse ao médico na frente de Yeon: — Gosto de usar as roupas do CEO… Talvez eu tenha um gosto estranho? —  Mas a reação de Yeon agora foi a mesma de mais cedo.

— Não diga isso para outras pessoas.

Como percebesse que Heeyeon não entendeu o que ele quis dizer, Yeon sorriu e tocou sua bochecha macia. 

— Por que?

— Eu disse para você não ser fofo com ninguém.

Heeyeon assentiu baixinho, lembrando do que Yeon havia dito alguns dias atrás.

Nunca experimentou nada de ruim depois de ouvir Yeon, então achou que seria melhor continuar ouvi-lo. O problema era que ele não sabia como não ser fofo.

Enquanto Heeyeon estava pensando no problema, Yeon checou o relógio.

— Você quer ir jantar?

— CEO.

— Sim, Heeyeon-ah.

— Eu quero comer aquilo.

Yeon perguntou se havia alguma coisa que ele queria comer durante toda a semana, e agora ele menciona isso pela primeira vez. 

Yeon ficou satisfeito com a atitude de Heeyeon. Ele estava planejando mudar completamente o ômega que o presidente Jeong criou. Não sabe quanto tempo vai ficar com ele, mas não tinha intenção de deixá-lo como um ômega obediente ao alfa. Heeyeon vai viver sua própria vida sob sua proteção.

— Aquilo?

— Aquilo que o secretário Kim estava almoçando hoje.

— Ok. Você quer comer o mesmo? Acho que não tem bons restaurantes por aqui… quer mesmo comer aquilo?

— E você CEO?

— Huh.

——–

LILITH TRADUZ (@lilithtraduz) (Doado pela Ah-Ri Novel’s 1 ao 51 )

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